Revista: Atlante. Cuadernos de Educación y Desarrollo
ISSN: 1989-4155


A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Autores e infomación del artículo

Gilmar Ferreira de Aquino Filho

Luiz Henrique Amaral

Juliano Schimiguel

Universidade Cruzeiro do Sul

g.aquinofilho@gmail.com

Resumen
As novas tecnologias trouxeram, a partir da segunda metade do século XX, inovações que provocaram um grande impacto na sociedade. É a chamada “era da informação”. Neste início do século XXI aumentaram as instituições de nível superior, os cursos de graduação e pós-graduação em Educação a Distância, favorecidos pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9394/96. (Art. 80). Os cursos de Educação a Distância têm como objetivo a inclusão e a acessibilidade ao ensino. A EAD assume um papel relevante no contexto educacional, fazendo com que o professor assuma novos papéis e seja indispensável para que haja um bom desempenho dos alunos, o que exige do mesmo uma boa formação e um perfil adequado a essa modalidade. O crescimento contínuo dessa modalidade de ensino é, também, de interesse da ABED (Associação Brasileira de Ensino a Distancia), o que a leva a realizar contínuos Censos, como o de 2012/2013 para observar, através de pesquisa exploratória, essa evolução.
Palabras claves: Educação a Distância, Professor, cursos, novas tecnologias, Censo



Para citar este artículo puede uitlizar el siguiente formato:

Gilmar Ferreira de Aquino Filho, Luiz Henrique Amaral y Juliano Schimiguel (2015): “A importância do professor na educação a distância”, Revista Atlante: Cuadernos de Educación y Desarrollo (Mayo 2015). En línea: https://www.eumed.net/rev/atlante/04/educacion-distancia.html


1 INTRODUÇÃO

O processo de ensino – aprendizagem vem recebendo várias contribuições, no decorrer dos anos, que favorecem o conhecimento, novas tecnologias que trabalham a favor da educação.

Pedagogos e outros estudiosos buscam novos caminhos para direcionar, adequadamente, a relação entre professor e aluno, ainda que sem a sua presença física.

O ano de 1996 constituiu-se num marco para a Educação a Distância (EAD) no Brasil, que lhe concedeu legitimidade e visibilidade.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) n. 9394/96. no seu Art. 80, refere-se à EAD e ao papel do Poder Público: “O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância em todos os níveis e modalidades de ensino e de educação continuada”.

A EAD foi, oficialmente, regulamentada em 10 de março de 1998, por intermédio do Decreto n.2494/1998.

A EAD é uma forma de ensino que ganhou força depois da elaboração dessa lei com a intenção de desenvolver práticas que tornem possível que a educação seja oferecida a todos. Em vista disso, cada vez mais, os brasileiros se matriculam em Ensino a Distância.

Para Moran (2002) “a Educação a Distância é o processo de ensino – aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados, espacial e temporalmente”.

Para dar uma visão melhor à importância do professor nessa modalidade de ensino se explicará o crescimento da EAD, como deve ser o perfil do professor e o seu papel na EAD, a necessidade da educação continuada desse professor e se a formação desse professor para mediar e avaliar a aprendizagem no ciberespaço está de acordo com o crescimento da Educação a Distância.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 O crescimento da EAD

A modalidade de ensino EAD chegou ao nosso país em 1904 e hoje vem alcançando grande progresso com o advento da Internet (rede mundial de computadores).

Atualmente, fazer uma graduação a nível superior é uma conquista para os estudantes das diversas classes sociais. O Ensino a Distância (EAD) é a modalidade que mais cresce hoje no Brasil e se multiplica a cada ano. Isso acontece em vista de grandes diferenciais que são oferecidos por ela.

A EAD é vista por muitos como a educação do futuro porque veio para encurtar distâncias, poupar tempo e estar ao alcance de todos. A tecnologia da educação evoluiu e, portanto, não é a mesma a maneira como se ensina e como se aprende.

Santos (2010, p. 29) diz que “a cibercultura vem promovendo novas possibilidades de socialização e aprendizagem, motivadas pelo ciberespaço e, no caso específico da educação, pelos ambientes virtuais de aprendizagem”.

Silva, Pesce e Zuin (2010) comentam que

a educação na modalidade on-line é uma realidade, cada vez mais reconhecida e globalizada. Seu crescimento vem junto com o crescimento da web e toma uma dimensão tal que a faz diferenciar-se, essencialmente, da modalidade nos meios unidirecionais, radio e televisão.

A educação foi sempre um grande desafio enfrentado pela sociedade brasileira.

Nonaka e Takeuchi (1997) argumentam que “estamos em uma época que o conhecimento se tornou fundamental para a sociedade produtiva, sendo o divisor que demarca a diferença entre a sociedade industrial e a sociedade pós-industrial no mundo contemporâneo”.

O crescimento, expansão e barateamento do acesso às novas tecnologias fez com que organizações afastadas da EAD passassem a encara-la como um desafio a ser vencido. Estão crescendo as redes nacionais, regionais e estaduais de universidades públicas e privadas e consórcios de particulares para criar e oferecer cursos à distância, o que mostra uma mudança de modelos e mais abertura e possibilidades para os estudantes que necessitam de uma educação a nível superior.

A implantação da Internet criou uma facilitação para a educação a distância, pois os estudos não se realizam mais, através de materiais impressos de forma nacional. A rede de computadores e outros avanços proporcionados pela era tecnológica proporcionam materiais e a comunicação on-line professor-aluno é fornecida por meio de palestras, fóruns, videoconferências, onde dúvidas são resolvidas e novas idéias são repassadas.

O crescimento da EAD tem o potencial de ajudar o Brasil a se consolidar como potencia econômica global. Daí, portanto, a necessidade de formar profissionais qualificados em educação superior, para que possam crescer junto com o país.

A EAD é uma modalidade de ensino, cujo crescimento está associado às novas ferramentas multimídia, ao crescimento do número de ofertas de cursos virtuais e à expansão dos cursos de graduação e pós-graduação.

Com o uso da internet ligada às plataformas virtuais de aprendizagem, tais como (Moodle, Dokeos, Teleduc e BlackBoard), o ensino se torna dinâmico, interativo e prático. Para o aluno é uma oportunidade de continuar seus estudos e melhorar sua qualidade de vida.

As transformações provocadas pela tecnologia vêm ocorrendo em vários lugares, em várias áreas e a cada instante, numa grande velocidade, atingindo todos os setores, inclusive, a área educacional e, com isso, cresce, também, a modalidade EAD.

Com a expansão da EAD, o mercado de fornecedores de conteúdos e materiais didáticos se amplia a cada ano. Em 2006, houve um crescimento significativo da oferta de conteúdos terceirizados para as instituições de ensino (ABREAD, 2007).

Atualmente, há editoras especializadas na criação de conteúdos e customização de livros para EAD, gerando, inclusive, bibliotecas virtuais específicas.

As novas tecnologias podem ser utilizadas de diversas maneiras na EAD para trazer soluções favoráveis em projetos que envolvem a participação ativa dos alunos no desenvolvimento de atividades da prática educacional.

O importante é fazer com que os alunos usem a tecnologia para chegar às informações que são úteis ao seu estudo. Vive-se numa sociedade informatizada, onde o uso da mesma é rápido e dinâmico e, portanto, o indivíduo precisa muito dessa ferramenta.

A EAD está se consolidando por meio de técnicas cada vez mais avançadas e que acompanham o progresso da sociedade atual. Dentro das universidades brasileiras ela tem crescido bastante e isso pode ser notado já que, universidades de renome oferecem cursos nessa modalidade e, com isso, aumenta o número de profissionais no Brasil que se formam através desse método de ensino.

Levy (1999) comenta:

No atual período formado pela intervenção tecnológica, a Internet e as ferramentas de TIC têm sido os pontos-chave de transformação enquanto processo inovador e capaz de estabelecer novos conceitos de interação social. Elas trouxeram à organização social uma maior liberdade em que, o sincronismo e o tempo real substituíram o espaço e a interconexão substituiu, praticamente, a questão do tempo.

A Educação a Distância permite visualizar boas perspectivas para os próximos anos porque a adesão vem aumentando e a qualidade dos cursos tem se aprimorado e, com isso, a EAD deve desenvolver um papel democratizante. Isso pode ser observado através do Censo 2012/2013 realizado pela Associação Brasileira de Educação a Distancia.

2.2 O objetivo do Censo 2012/2013 da ABED

O Censo EAD Br. 2012/2013 tem por objetivo disponibilizar informações, tanto quantitativas como qualitativas, sobre as ações desenvolvidas no Brasil, no âmbito da Educação a Distancia. Abrange todos os níveis educacionais do sistema formal de ensino, bem como algumas iniciativas do ensino informal.

A coleta de dados para compor esse Censo envolveu instituições educacionais. Empresas que fornecem produtos e serviços e profissionais que desenvolveram atividades, direta ou indiretamente, ligadas à EAD, nesse ano.

A pesquisa realizou-se através de um questionário específico para cada tipo de situação e as respostas foram analisadas com cuidado para garantir a legitimidade das respostas.

Esse Censo contou com 284 respondentes, sendo 231 instituições formadoras, 21 fornecedores de produtos e serviços de EAD e 32 professores independentes. Esse Censo foi desenvolvido para conhecer o crescimento da EAD no país, preocupando-se em conhecer o perfil das instituições, número de matrículas, cursos oferecidos nas áreas privadas e públicas, quantidade de concluintes desses cursos em iniciação profissional e aperfeiçoamento.

Essa pesquisa que dá uma plena visão do crescimento da EAD e pode ser consultada: http://www.abed.org.br/site/pt/midiateca/censo_ead/.

Baseando-se nisso, fizemos uma pesquisa entre nove professores de vários níveis (Ensino Fundamental, Ensino Médio e Superior) e obtivemos respostas para o levantamento estatístico que segue abaixo:

Qual modalidade de ensino leciona:

Gráfico 1 - Modalidade de Ensino.

Quando foi realizado o ultimo treinamento:

Gráfico 2 - Atualização.

Foi realizado na modalidade a distância:

Gráfico 3 - Modalidade.

Conteve conteúdo de EAD:

Gráfico 4 - Conteúdo.

O ensino a distância tem a mesma qualidade que o presencial:

Gráfico 5 - Qualidade.

3 O perfil do Professor

O professor assume novos papéis no EAD. Ele precisa ter algumas características como ser capaz de fazer leitura dinâmica durante a aula. Precisa ser, antes de tudo, um mediador, além de ter o domínio do conteúdo ministrado e habilidades específicas, ligadas à tecnologia.

Precisa, ainda, ter conhecimentos básicos de informática e estar atento aos vários diálogos que precisa estabelecer com, os diversos alunos porque a troca de mensagens exige rapidez.

A inclusão da Internet na vida diária é um fenômeno que cresce de maneira rápida, favorecendo uma nova maneira de interação e de comunicação entre as pessoas.

De acordo com Belloni (1999)

Na EAD, a interação com o professor é indireta e tem que ser mediatizada por uma combinação dos mais adequados suportes técnicos de comunicação, o que torna essa modalidade de educação bem mais dependente da mediatização do que a educação convencional, de onde decorre a grande importância dos meios tecnológicos.

É indispensável que o professor dessa modalidade de ensino, onde a sala é virtual tenha uma boa motivação e uma vontade de mudar, que seja capaz de transmitir confiança aos alunos.

Nessa modalidade o professor precisa ser, entre outras coisas, um colega, um motivador, um facilitador, o auxiliar da construção do conhecimento. É ainda necessário que tenha uma boa comunicação, clara compreensão da aprendizagem, domine o conteúdo, seja facilitador da construção do conhecimento, por meio de reflexão e empatia com os alunos.

A partir daí, ele deve associar suas experiências, suas práticas educacionais, seus valores e suas concepções para favorecer uma proposta de ensinar e de aprender.

O perfil do professor tutor está relacionado com o relacionamento interpessoal, a compreensão de educação que cada indivíduo constrói internamente e que favoreça a abertura para o diálogo.

4 O papel do Professor

O professor é aquele que colabora para o desenvolvimento das interações e das relações interpessoais produtivas entre os participantes, de modo que, o conhecimento seja partilhado, multiplicado e reconstruído pelos estudantes.

Nos cursos na modalidade de ensino EAD o professor assume diferentes papéis que vão desde a gestão administrativa de cada projeto, sua atuação como conselheiro, orientador e monitor até a sua atuação como professor virtual nas teleconferências.

O professor que se responsabiliza por certo conteúdo não tem necessidade de ser um especialista em tecnologia, no entanto, deve saber oferecer propostas inovadoras e apresentar mudanças de atitude diante do novo.

Na EAD. a nível superior, o professor tutor é quem atende o aluno, diretamente, no pólo, que o orienta nas atividades, ajudando-o a organizar seu tempo e seus estudos. Normalmente, tem uma formação generalista ligada à área do curso. Ele é o encarregado de tirar as dúvidas dos alunos, relacionadas com o conteúdo. É a pessoa mais próxima do aluno.

De acordo com Belloni (1999) “algumas capacidades, tais como orientar a aprendizagem, motivar o aluno, conhecer as ferramentas tecnológicas, ser aberto a críticas, entre outras, são essenciais para o seu bom desempenho”.

O professor enquanto formador acompanha a disciplina no período em que esta está acontecendo. É o responsável pela elaboração das provas e outros instrumentos de avaliação e orienta os professores-tutores nos objetivos e obstáculos pertinentes ao conteúdo.

O professor gestor é o que tem a função de transformar o material desenvolvido para a linguagem EAD. É o que orienta tutores e professores formadores no processo de aprendizagem, gerencia o ambiente virtual na forma pedagógica e todas as ferramentas tecnológicas que são utilizadas em cada curso. ´

O professor gestor, também, atua diretamente com os alunos e os técnicos e observa os obstáculos que acontecem no decorrer do processo de aprendizagem, sugerindo diversas estratégias e realizando avaliações seguidas, durante o processo.

5 A formação do Professor em EAD

A velocidade com que acontecem as transformações nos diversos setores da vida social influi na vida de todos os envolvidos, direta ou indiretamente: é hoje uma realidade seja na economia, nas relações com o poder, nas relações com o conhecimento, com a tecnologia, etc.

As transformações tecnológicas são provocadas pela criatividade e pelas necessidades advindas dessas outras relações.

Castells (1999), apud Belloni (1999) comenta: “a tecnologia da sociedade e a sociedade não pode ser entendida ou representada sem suas ferramentas tecnológicas”.

Atualmente, a sociedade em que se vive é chamada sociedade da informação. Uma participação ativa dos indivíduos se torna possível através das redes sociais: debates na internet e debates nas teleconferências que provocam a interação entre os sujeitos.

Existe uma cultura escolar que exige uma seguida necessidade de acompanhar as novidades tecnológicas e, com isso, o professor precisa adequar-se a esse desafio. A internet criou um caminho complexo na educação e a informática educativa tem possibilitado a aplicação da rede de computadores para fins pedagógicos e vem influindo na formação inicial e continuada do professor.

O Ensino a Distância (EAD) possui, então, um papel de importância na educação e atinge, de maneira especial, a formação dos professores, porque um bom ensino envolve diversos processos e exige preparação para sua realização. Porisso é indispensável uma formação com bastante base.

Há uma necessidade de mudança da formação tradicional que era oferecida ao professor e que é a de valorizar o papel das novas tecnologias. Os professores que foram formados pelo ensino tradicional precisam se adequar à era digital (imigrantes digitais) porque seus alunos, os ditos “nativos digitais” já cresceram dentro da linguagem digital dos computadores, videogames e internet.

Os professores atentos ao novo ambiente sociotécnico poderão garantir a realização da função social da escola na sociedade de informação, na cibercultura, trabalhando a formação da cidadania no ciberespaço.

Magalhães (2002), apud Freitas (2008) comenta que

há necessidade de formação do professor como um profissional reflexivo, para que possa estabelecer a relação entre teoria e prática, entre pesquisa e ensino, tornando-se ele mesmo pesquisador da sala de aula e um profissional que conhece as teorias da aprendizagem, o contexto onde atua e as necessidades dos alunos.

Para conseguir que aconteçam essas transformações é necessário que o professor compreenda o seu trabalho como uma prática política, ligada aos princípios culturais e sociais contribuindo, assim, para a modificação da sociedade.

Os computadores e outras tecnologias inovadoras chegaram à escola muito rápido, sem tempo ao professor para preparar-se para o uso dessas ferramentas. Ainda há resistência no uso dessa tecnologia por parte dos professores, mas aos poucos, muitos vão entendendo, ao participarem de cursos de formação em EAD, que precisam conviver com essa experiência, ao participarem das plataformas.

Esse ambiente virtual de aprendizagem é um espaço que facilita a formação do professor e cria economia de tempo e espaço.

O professor é o centro do processo educacional. Por isso, deve estar equipado com métodos e meios pedagógicos para adaptar o processo a cada momento que perceber uma reação ou resistência do aluno. (CASTILHO, 2011).

5.1. Formação X Crescimento da EAD

Cada vez mais as informações estão em disponibilidade na rede e podem ser encontradas em vários formatos, como: vídeos, textos, jogos, músicas, etc., e estão prontos para serem acessados. As novas tecnologias permitem aulas mais interativas criando recursos que facilitam a transmissão de voz e imagem em tempo real, diminuindo a distância física entre professor e aluno.

Conforme Brunner (2000) Apud Perez (2005) são disponibilizados mais de três milhões de páginas por dia, na internet. “No entanto, a grande quantidade de conteúdos disponíveis cria, às vezes, dúvidas quanto à qualidade da informação repassada”.

Assim, a Educação, ao se preocupar com a produção do conhecimento se conecta à aprendizagem.

Para Lévy (1999) na atualidade, conhecimento, educação, aprendizagem e coletividade estão interligados na Cibercultura.

Para Ricardo (2009) “são muitos os desafios do professor no século XXI, entre eles, o de estimular o aluno para a autonomia, despertando o seu espírito inventivo, auxiliando no desenvolvimento de sua capacidade de refletir e criticar a realidade e de expressar-se por meio de sua autoria”.

A Escola vive hoje no mundo da informação, por isso, é preciso implementar mudanças culturais no ambiente escolar, introduzindo novos elementos e conceitos que exigem uma adaptação mais rápida do professor, para acompanhar o ritmo acelerado da sociedade atual.

A escola hoje passa do desafio de, com seus desktops e sites, passar do modelo 1.0 de educação para a escola 2.0, na qual as redes sociais permitem interações coletivas, através de netbooks, celulares e tablets. Hoje é possível compartilhar conhecimentos, também, no Youtube e no Slideshare.

A web 2.0 dá uma base para o trabalho estabelecido na colaboração e essa possibilidade pode chegar à EAD.

A EAD tem crescido muito em virtude dos modelos de interação e tecnologias aplicadas que são muito produtivas, desde que se possa instrumentalizar professores e alunos, para vivenciarem uma educação diferenciada.

Fazendo um curso de Educação a Distância o professor agregará ao conteúdo específico que leciona várias possibilidades pedagógicas que lhe permitam uma atuação mais efetiva, inserida na sociedade de informação e conhecimento.

O professor na sua formação precisa desenvolver a compreensão do processo de ensino e o desenvolvimento do aluno, além de precisar entender quais os fatores sociais, econômicos e políticos que estão no contexto da política pública.

A EAD cresceu muito nos últimos anos. Com isso houve uma mudança significativa em relação ao papel da EAD para a formação e qualificação profissional no Brasil. Programas como Proformação, Pró-Licenciatura e a Universidade Aberta do Brasil, no setor público, vêm se preocupando, por exemplo, em formar professores em várias áreas do conhecimento.

O desafio da EAD é garantir a construção da qualidade do conhecimento e isso depende dos professores.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste início do novo milênio a comunicação e o bombardeamento de informações rápidas estão ao alcance de todos nos diversos meios de comunicação falada e escrita no os quais a internet tem grande destaque.

Sabe-se que o professor, anteriormente, era a pessoa que detinha o conhecimento sendo aquele que possuía a habilidade de transmiti-lo, através da palavra, do quadro-negro e da memória.

Compreende-se que hoje, para acompanhar a velocidade em que se dá o conhecimento, o professor precisa se adaptar a essa realidade e por isso precisa de uma nova formação para continuar a ser presença importante no âmbito escolar e útil a seus alunos.

Cursos em EAD a nível Superior permitem, não só a formação inicial dos novos professores, como a educação continuada dos professores em exercício. Essa formação nunca foi tão necessária.

Entende-se, portanto, que no atual contexto de educação, em que se utilizam as novas tecnologias em que o conhecimento ultrapassa o domínio e o controle das instituições, o professor tem ainda um papel relevante na formação do homem.

Acredita-se que, ao incorporar os novos recursos tecnológicos à sua didática, o professor estará indo de encontro aos novos interesses dos alunos, proporcionando-lhes, através da motivação, o acesso à informação, relacionando-se, favoravelmente, com eles e construindo o conhecimento, conjuntamente.

Considero que o professor é um profissional que deve estar à frente do seu tempo, pois dele depende a formação cidadã do indivíduo na sociedade.

REFERÊNCIAS

ABREAD – Anuário Estatístico de Educação Aberta a Distancia. Associação Brasileira de Educação a Distancia. SP: Instituto Monitor, 2007.

BELLONI, Maria Luiza. Ensino a Distancia. Campinas: Autores Associados, 1999.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.9394/96, Art.80, 1996.

BRASIL. Decreto n.2494/1998 – regulamentação da Educação a Distancia, 1998.

CASTILHO, Ricardo. Ensino a Distancia – EAD – interatividade e método. SP: Editora Atlas S/A., 2011.

CENSO 2012/2013 – crescimento da EAD. Disponível em http://www.abed.org.br/site/pt/midiateca/censo_ead/

Acesso em 17/09/2014.

LITTO, Fredric; FORMIGA, Marcos (orgs.). Educação a Distancia – o estado da arte. SP: Pearson Education do Brasil – Empresa Cidadã. 2ª. Edição. Vol.2, 2012.

Publicado: Mayo de 2015
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