SOCIOLOGIA DA PROSTITUIÇÃO
BIBLIOTECA VIRTUAL de Derecho, Economía y Ciencias Sociales

 

ÉTICA E SOCIEDADE

Luiz Gonzaga de Sousa

 

 

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SOCIOLOGIA DA PROSTITUIÇÃO

Inicialmente, pergunta-se: o que é prostituição? Será que é somente a mulher vender seu corpo para ganhar a vida? Será que é uma questão moral que os religiosos desinformados pregam com tanta severidade? Será que são débitos do passado, como dizem alguns espíritas, considerando o lado instintivo? Ou, será o que, finalmente? Como se vê, é uma problemática difícil de análise, tão pouco de solução, ao se observar que existem conotações sociológicas, a princípio; depois, aparece o econômico, para sobrevivência, e finalmente, tem o lado instintivo-espiritual que fala bem alto naquelas pessoas que não se dominam. A finalidade deste pequeno ensaio é levantar estas questões para a meditação para aqueles que se preocupam com o bem-estar da humanidade, pois este é um tema que necessita de uma apreciação maior, quanto a origem e dinâmica da prostituição.

Prostituição aqui está se empregando pelo lado da mulher que passou de seu estado de virgem, com todo aconchego dos pais e familiares, para o estado de mulher pervertida, no uso pleno de sua sexualidade, criando em seus familiares uma repulsa incontrolável, alimentando o ódio, e o desgosto paternais. Neste sentido, entra a problemática da sociologia, a convivência social que o ser humano passa a ter na nova vida, relegada pela sociedade, criando uma nova classe social, fomentando uma nova forma de ganhar a vida, que é vender seu corpo. A prostituição foi por muito tempo, uma forma de lepra que contaminava com a maior facilidade, que a sociedade fazia questão de atirar pedras, e expulsá-la de perto das virgens que não conheciam os prazeres da carne, e não podiam ser incitadas para tal fato.

A prostituta era conhecida pelo seu vestir, pela sua maneira de vida, e sua compostura diante dos homens, que não se saciavam sexualmente, perfilando nos cabarés para conseguir um pouco de prazer a suas satisfações eróticas, e que não tinham coragem de praticá-las com sua esposa, intocável. A prostituição normalmente conhecida consistia em aquelas mulheres que viviam nas ruas esperando o seu parceiro, e tomavam cachaça para compartilhar do vício daqueles que procuravam viver a sua outra face da vida, que eram as farras nas noites de orgia. As prostitutas tinham que acompanhar estes momentos de embriaguez, sendo depois insultadas, molestadas e degradadas para a mais profunda insignificância de sofrimento e inferioridade, sob o crivo da pornofonia, e pancadaria nunca vista antes.

Mesmo no passado existiam dois tipos de prostituição, primeiro, a vindo da pobreza, que se levou pelos impulsos da carne e a conversa do namorado; e, segundo, a que se originou na rica, quando a jovem era expulsa de casa, mas mantinha uma situação mais qualificada por sua imposição educacional. A pobre filha que se desvirginou, e não casou é expulsa e jogada nos cortiços, sob o acolhimento de casas formadas por prostitutas. Agora, sem pais, vão ter que pagar quarto e comida para viver e comprar alguns ornamentos, para chamar a atenção de seus clientes. Por outro lado, a filha rica recebe uma atenção diferente, quando lhe acompanham seus pertences, e seus amigos entre aspas, que vão poder, enquanto jovem, satisfazer seus instintos, sem que haja algum problema de repressão sexual, antes protegida pela virgindade da moça rica.

A psicologia explica que os órgãos genitais do ser humano devem ser plenamente exercitados sob pena de criar alguns distúrbios com conseqüências graves para aqueles que foram atacados pelo seu não uso, criando doenças mentais, assim como forçando a prática incontrolável da sexualidade. Isto quer dizer que o namoro é uma efervescência dos órgãos que compõem o corpo humano, conduzindo a pessoa que não tem auto-controle a levar-se pela excitação mental provocada e proposital, pelo namorado inconseqüente. Neste sentido, travava-se a vigilância forte sobre as filhas de menor idade, que não conheciam os efeitos do uso do sexo antes do tempo, com prejuízos grandes para a jovem propriamente dita; e, em segundo lugar, para os pais que traziam a fama de não saber educá-las para uma boa vida futura.

Sem dúvida, existiam as jovens que eram vigiadas vinte e quatro horas consecutivas e caiam no precipício da sensualidade. No entanto, existiam aquelas outras que viviam na libertinagem, que levavam uma vida aberta, e nem sempre caiam claramente no mundo da sexualidade que culminava com a prostituição. A prostituição era participada tanto por filhas de pais rígidos, preocupados com o seu futuro quanto às filhas de pais liberais, que as deixavam em plena liberdade, não para o ato sexual, mas para viver a sua vida de ser humano. Com isto, não se prova que a prostituição seja fruto de repressão dos pais, nem tão pouco de pais liberados, que deixam as filhas ao bel-prazer dos galanteios de jovens e homens inescrupulosos, que querem satisfazer os seus desejos sexuais, não querendo saber com quem.

No mundo moderno, a prostituição conhecida do passado, isto é aquela que está abertamente sendo apresentada à sociedade como uma classe à parte, dentro do processo de discriminação e indiferença, quase já não existe, devido ao surgimento de uma abertura que a disfarçou e encobriu os seus efeitos. Pois, os abnegados pais já não expulsam mais as suas filhas quando se tornam mulheres, e não têm o respectivo parceiro que assuma o seu novo estágio de vida, em nome da moral, da liberdade e do progresso que a juventude desinformada tanto prega em seu dia a dia. A índole de um povo não se dá pelo processo libertário de uma vida sexual ativa, quando a consciência não está construída para assumir o desgaste diante de uma vulgaridade incomum, e que não é sinônimo de desenvolvimento, nem tão pouco da cultura.

As Igrejas têm combatido ferozmente a libertinagem de uma juventude que se joga aos prazeres do sexo, a pretexto de um modernismo que não tem idéia qual seja, e quais os seus efeitos positivos que podem advir para que a sociedade cresça igualmente sem prejuízo de ninguém. Sempre é importante a contribuição dos ensinamentos cristãos, considerando que os seres humanos com níveis de concepção diferentes, não possam compreender a sua participação frente aos problemas do mundo que necessita entender o real sentido da vida. Com esta visão de abertura, o número de filhos sem pai é muito grande, desde jovens de dez anos de idade, até uma juventude de vinte e cinco anos, quando está começando a descobrir os mecanismos da vida, sendo tarde para se viver consciente.

Hoje, os cortiços e os pequenos cabarés foram extintos. Somente os motéis de luxo e de médio porte, é que perduram para abrigar aqueles que se aventuram em busca do sexo, numa exigência instintiva de crianças e jovens muito novos, cujos prazeres já se apresentam, mas a atuação da razão ainda não lhe aflorou. Alguns equipam seu automóvel para que, dentro dele seja instalado o motel preferido pela sua mente eivada de instintos inferiores do impulso da carne, em que o controle não é factível, e as filhas alheias não sejam vistas pelos porteiros das casas do sexo. É um problema sério, decorrente de uma falta de cultura, tal que dificilmente se conseguirá o controle necessário para que o sexo seja apenas um complemento para a vida, e não a razão maior de alguém viver como se faz normalmente pelo impulso da matéria.

A prostituição dentro do ponto de vista espírita tem outra conotação que muitas pessoas não querem entender, nem tão pouco prestar a atenção à realidade que agora se apresenta, porque é a verdade real da vida que tem que se ter sempre na cabeça de cada um indivíduo. Somente o processo das múltiplas encarnações é que justifica a índole da busca incessante pelo sexo ou não, onde ainda criancinhas já se iniciam as aptidões pelo namoro, de acalentar bebês, de olhar para o garoto com objetivos pervertidos de sensualidade desvairada. Não é simplesmente uma boa formação que vai direcionar a conduta reta de uma jovem que se avança em busca da prática da convivência com o sexo oposto, é claro que há uma ajuda muito grande a conduzi-la a um caminho certo, mas a qualquer momento pode explodir.

A reencarnação e o grau de inferioridade do ser humano é que direcionam o instinto daquele que se encontra ligado ao sexo, cujo início de vida se envereda pela prostituição onde os pais não conhecem a realidade que se encontra dentro de cada um, levando à revolta de todos os familiares. É por isso que a pessoa levada por este caminho, precisa e muito de ajuda para procurar se auto-controlar, na medida do possível, para não se enveredar pela senda da perdição que constitui a prostituição dos tempos modernos, vivendo em um mundo a parte. Deve-se considerar também que a prostituição não diz respeito unicamente à venda do sexo feminino, mas também a venda do sexo pelo lado masculino, isto significa dizer os homossexuais passivos e ativos que querem satisfazer o seu instinto animal bastante forte.

Em resumo, a prostituição é um tema que merece ser muito bem estudado, tanto pelos espíritas, como pelos psicólogos, pelos sociólogos, e pelas demais religiões que condenam sem entender as suas reais causas, muito menos de como sair de tal problema, que maltrata toda uma humanidade de ontem, e de hoje. Não há como jogar pedras nas pessoas prostituídas de qualquer forma, mas de tentar compreender, sobretudo, com muito amor. Assim, trazer para o seio da sociedade que as jogou na lama, e tem o dever de limpar as marcas de seus sofrimentos e suas dores. Portanto, observe mais um pouquinho, e veja que claramente a prostituição é a marca inferior de quem não se libertou das amarras de seus instintos animalescos do libido que é apenas um instrumento de reencarnação, e nunca um elemento de prazer desvairado.

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