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Economia Industrial
Luiz Gonzaga de Sousa


 

CAPÍTULO III

 

CAPACIDADE OCIOSA

 

 

          Os custos industriais estão em função direta ao excesso de capacidade, que gera uma produção diferente, caracterizando-se em produção real, ou efetiva que não coincide com a produção ideal, visto que todos os fatores de produção não estão plenamente utilizados em um sistema imperfeito de produção e comercialização do produto gerado. Assim sendo, não se está no sistema que se chama de equilíbrio walraseano da harmonia total de uma economia. Entretanto, numa economia imperfeita, não se tem um sistema de mercado que viva numa estrutura bem organizada, onde tudo se ajusta de acordo com a mão invisível (invisible hand) de Smith, ao considerar que o equilíbrio de longo prazo não se dá, com uma demanda perfeitamente elástica, com a igualdade de preço e custos médios de longo prazo. Desta maneira, é preciso compreender o por quê deste fato, isto significa dizer o diferencial entre produção real e a ideal e as causas da formação do excesso de capacidade, própria de uma economia industrial imperfeita, especificamente oligopolista.

          A produção ideal é aquela que foi efetivamente conseguida, dadas ás condições de produção em que o sistema está submetido, incluindo a competição desleal e espúria que alguns poucos dominadores proporcionam para continuar exercendo o seu poder monopolista de ditadura e usurpação que utilizam na competição moderna. O processo de propaganda e promoção muitas vezes camufla de forma peremptória um produto de má qualidade que se escondeu numa publicidade que mexe com a sensibilidade humana, numa modificação do psiquê de um consumidor que se deixou se levar pelas primeiras informações, adquirindo um produto de altíssimo custo. Os altos custos da propaganda são, como se fosse uma substituição da mão-de-obra direta pelo processo de divulgação de um produto que tenta suplantar os seus concorrentes com ludibriação e falsa emotividade de uma propaganda bem feita ás custas dos consumidores desconscientizados.

Nas economias oligopolistas ou num sistema de competição monopolista, são comuns os excessos de capacidade, isto significa dizer não se produz no mínimo da curva de custo médio de longo prazo, tal como pode se ver no gráfico abaixo. No eixo horizontal fica a produção V e no vertical os valores $ correspondentes. A curva Di significa a demanda da indústria e CMeL a curva de custo médio de longo prazo. Com uma demanda Di, existe um lucro econômico ou extra-normal muito alto, que provoca a entrada de novas firmas, forçando um aumento de oferta, numa queda relativa na demanda para di. Com isto se tem uma produção á venda de v* e um preço p* depois de todas as entradas e saídas no processo comercial no mercado. Como resultado de tudo isto, gera-se um excesso de capacidade de v**-v* que os economistas atribuem a gastos com propaganda, publicidade, oferta de brindes, amostra grátis, e, muitas outras formas de ter o preço em um mercado imperfeito maior do que o custo marginal, que visa cobrir esse processo de competição intensivo.

           O diferencial da produção ideal frente á produção real gera o excesso de capacidade negativa, isto quer dizer, produzir menos para ser vendido a um preço bem maior pelo seu poder de monopolização que o empresário tem em mostrar que seu produto é diferente dos demais competidores, culminando com capacidade ociosa. Os custos operacionais que envolvem a produção, a divulgação, a publicidade são muito altos, levando a que os gerentes/diretores possam aplicar um preço oligopolístico e por que não dizer monopolístico, no sentido de manter a sua empresa sobrevivendo ás intempéries dos competidores desleais participantes do sistema econômico. Quando estes ganhos ultrapassam a faixa de sobrevivência aparecem as economias de escala que fomentam condições de dominação na formação de cartéis, forçando a que outros competidores não possam participar daquela conjuntura de altos lucros, que incita a ganância e o deseja de sempre querer ganhar mais e mais.

          O excesso de capacidade exerce participa também, como folga administrativa no processo de decisão empresarial para que proporcione força a um processo competitivo mais forte e mais estratégico diante daqueles que querem dominar o mercado a todo custo, quer seja individualmente, ou através da formação de cartéis, ou conluio. É neste sentido que cada empresário tem a sua própria estratégia de atingir o consumidor, dependendo das condições que estão ás mãos daquele que busca abocanhar uma parte do mercado que ás vezes está muito difícil a uma melhor participação mercadológica. Em resumo, o excesso de capacidade gera uma diferenciação do produto para um poder monopolizador muito grande, culminando algumas vezes com uma diversificação da produção que faz alguns crescerem rapidamente e outros se enveredarem pelo processo de falência, dando ao monopolista, poderes plenos de atuação.


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