PROPUESTA DE BASES PARA EL DISEÑO DE UN SISTEMA DE GESTIÓN ESTRATÉGICA DE INFORMACIÓN PARA LA DIRECCIÓN DE ENERGÍA RENOVABLE DEL MINBAS

Cleber José De Oliveira

1.2 - Rubem Braga e a crônica modernista 

           
            Nascido no Espírito Santo, passou por Belo Horizonte, Recife e São Paulo, mas achou-se mesmo foi no Rio de Janeiro.
Carlos Drummond de Andrade, que também se “achou” no Rio disse uma vez que elementos típicos da crônica como sensualidade, ternura, tédio, poesia e humor podem ser “manipuláveis por qualquer um”.  Mas, quando operados por um escritor como Rubem Braga, “formam um composto que até dispensa assinatura”. Rubem Braga é o cronista brasileiro por excelência; nos temas e na forma.
            Realmente Rubem Braga é um caso único de autor que entrou para nossa história literária exclusivamente pela sua obra de cronista. Com uma visão entre lírica e irônica da vida, e um estilo admiravelmente dúctil e pessoal, logrou ele, como ninguém, dar nobreza literária ao gênero. Conferiu ele tanta nobreza ao gênero que este passou a ser tratado em condições quase iguais ao seu "irmão mais elevado", o conto. As crônicas de Rubem Braga são reconhecidas pela objetividade da linguagem. De maneira clara e espontânea, o escritor usava palavras simples e textos breves para fazer o leitor refletir sobre situações corriqueiras. Toda a sua produção é carregada de forte lirismo e relacionada ao compromisso inegociável com o transitório.
            As temáticas trabalhadas por Rubem Braga cobrem o passado interiorano, em que conta como era a vida na cidade pequena do interior em comparação aos grandes centros onde morou; a luta contra a repressão getulista, em que rememora como eram as idas e vindas durante o Estado Novo e a luta pela liberdade política; a crítica social, em que fala sobre os conflitos entre os que nada têm e os mais privilegiados; a vida nas grandes cidades, obras em que expõem com bastante realidade a vida urbana do século XX.
             É importante dizer: não foi Braga que inventou a crônica brasileira. Quando, em 1936, surge seu primeiro livro de crônicas, o gênero já tinha uma longa e fértil história nesse país. No entanto, na obra de todos os escritores citados acima, de José de Alencar a Antônio de Alcântara Machado, a produção de crônicas figura sempre como uma parcela de menor valor, como uma produção efêmera e secundária. Braga sempre escreveu de forma metalisguistica como nos mostra o trecho de sua crônica “A palavra”:

Tanto que tenho falado, tanto que tenho escrito - como não imaginar que, sem querer, feri alguém? Às vezes sinto, numa pessoa que acabo de conhecer, uma  hostilidade surda, ou uma reticência de mágoas. Imprudente ofício é este, de viver em voz alta.
Às vezes, também a gente tem o consolo de saber que alguma coisa que se disse, por acaso, ajudou alguém a se reconciliar consigo mesmo ou com a sua vida de cada dia; a sonhar um pouco, a sentir uma vontade de fazer alguma coisa boa [...] (BRAGA, 1959)
             
Braga mostrou, pouco antes de sua morte, em sua coluna da Revista Nacional (1989), uma de suas facetas mais criticas sobre o ofício a que dedicou toda a vida, o de cronista:

Respondo que a crônica não é literatura, e sim subproduto da literatura, e que a crônica  está fora do propósito do jornal. A crônica é subliteratura que o cronista usa para desabafar perante os leitores. O cronista é um desajustado emocional que desabafa com os leitores, sem dar a eles oportunidade para que rebatam qualquer afirmativa publicada. A única informação que a crônica transmite é a de que o respectivo autor sofre de neurose profunda e precisa desoprimir-se

           

Volver al índice

Enciclopedia Virtual
Tienda
Libros Recomendados


1647 - Investigaciones socioambientales, educativas y humanísticas para el medio rural
Por: Miguel Ángel Sámano Rentería y Ramón Rivera Espinosa. (Coordinadores)

Este libro es producto del trabajo desarrollado por un grupo interdisciplinario de investigadores integrantes del Instituto de Investigaciones Socioambientales, Educativas y Humanísticas para el Medio Rural (IISEHMER).
Libro gratis
Congresos

15 al 28 de febrero
III Congreso Virtual Internacional sobre

Desafíos de las empresas del siglo XXI

15 al 29 de marzo
III Congreso Virtual Internacional sobre

La Educación en el siglo XXI

Enlaces Rápidos

Fundación Inca Garcilaso
Enciclopedia y Biblioteca virtual sobre economía
Universidad de Málaga