PROPUESTA DE BASES PARA EL DISEÑO DE UN SISTEMA DE GESTIÓN ESTRATÉGICA DE INFORMACIÓN PARA LA DIRECCIÓN DE ENERGÍA RENOVABLE DEL MINBAS

Cleber José De Oliveira

2.2: Crítica e nostalgia

Ciente de que o Brasil não é como nos anos 60, período em que se dá o fracasso e, ao mesmo tempo, o auge das utopias modernistas, Jabor vai pensar o seu presente tomando o Brasil daqueles anos (os 60) como modelo. Nesse sentido, contudo, vemos seu esforço para manter um diálogo com alguns preceitos modernistas. Nesta esteira, pode-se dizer que o cronista em Arnaldo Jabor se configura como um modernista tardio, daí o motivo de muito de seus textos apresentarem um sentimento de depreciação da sociedade contemporânea como podemos constatar em muitos fragmentos de suas crônicas: “estou enojado dos dias de hoje” (JABOR, 2004, p. 67), “hoje o mundo é solitário, sem afetos profundos. Hoje já não há mais o velho herói dos anos 60, que carregava a dor do mundo” (JABOR, 2004, p.192); “que estranho presente é este que vivemos correndo sempre por nada. Antes tínhamos passado e futuro; agora a vida contemporânea é uma ejaculação precoce” (JABOR, 2006, p.163). Sob estas perspectivas, pode-se dizer que as crônicas de Jabor são permeadas por questões essenciais do mundo contemporâneo tais como os modos de vida social, as relações afetivas, a influência tecnológica na vida social, o homem como um ser cada vez mais distante do outro, entre outras. Tudo isso se da em comparação com as décadas do auge do projeto modernista (os 50 e 60),  que na visão de Jabor é o ideal de projeto social de nação.
Nesse sentido, ainda que contemporâneo Jabor é um modernista tardio. Alguém que nutre uma profunda admiração pelo mundo modernista, alguém que de fato viveu nesse mundo, suas utopias, seus heróis; alguém que critica esse mundo, para melhor se adequar a ele – mas que não o perde nunca de vista. Este mundo modernista está sempre à mão quando o caso é mostrar a desagregação do mundo contemporâneo em que o cronista está. Tardio no conteúdo, tardio também na forma. Jabor não deixa aquela vocação do cronista modernista, vista em Braga, que é a de ser um tradutor do mundo erudito e literário para o consumo em porções palatáveis do leitor contemporâneo. Também Braga, tentava levar uma porção de literatura, de consolo simples a seus leitores. Lembremos o quanto a crônica foi e ainda é uma pílula de leveza no cotidiano áspero e pesado da vida do leitor de jornal, que tem que se haver com as arestas das páginas policias, com seus crimes e seu sangue; com as páginas da política, com sua irreparável corrupção; com as páginas econômicas com seus momentos de inflação ou de recessão, etc. Jabor, como Braga, traz a crítica ao mundo contemporâneo quase sempre traduzida por literatos do mundo moderno ou modernista, como vimos. Aqui e ali, Dante ou Graciliano são salpicados. O paladar do leitor de Jabor deve estar afeito a esses autores de literatura. Se não está, Jabor sai com o crédito de ter feito seu leitor mais “culto” – e aqui as aspas são válidas: a autoridade dos grandes homens de literatura já não é mais aquela. Quando pode, Jabor traz o lirismo, a poesia, as belas imagens cunhadas pelos “grandes autores”; mas isso é raro. O que o leitor quase sempre vê é um Jabor cáustico que usa o passado literário para enfatizar até a náusea as mazelas de um presente (a vida brasileira contemporânea) decaído.

Volver al índice

Enciclopedia Virtual
Tienda
Libros Recomendados


1647 - Investigaciones socioambientales, educativas y humanísticas para el medio rural
Por: Miguel Ángel Sámano Rentería y Ramón Rivera Espinosa. (Coordinadores)

Este libro es producto del trabajo desarrollado por un grupo interdisciplinario de investigadores integrantes del Instituto de Investigaciones Socioambientales, Educativas y Humanísticas para el Medio Rural (IISEHMER).
Libro gratis
Congresos

15 al 28 de febrero
III Congreso Virtual Internacional sobre

Desafíos de las empresas del siglo XXI

15 al 29 de marzo
III Congreso Virtual Internacional sobre

La Educación en el siglo XXI

Enlaces Rápidos

Fundación Inca Garcilaso
Enciclopedia y Biblioteca virtual sobre economía
Universidad de Málaga