BIBLIOTECA VIRTUAL de Derecho, Economía y Ciencias Sociales

ENERGIA, ECONOMIA, ROTAS TECNOLÓGICAS. TEXTOS SELECIONADOS

Yolanda Vieira de Abreu y otros




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8.2.2. Resultados a partir da POF 2002 e POF 2008

Os cálculos foram realizados tanto a nível nacional, quanto por regiões brasileiras apresentados a seguir:

a) Energia útil mensal das residências urbanas para cocção = (despesa urbana com GLP/preço do botijão) x peso do botijão x poder calorífico inferior do GLP x eficiência do fogão a gás.

b) Parcela da energia útil mensal das residências rurais para cocção atendidas pelo gás = (despesa rural com GLP/preço do botijão) x peso do botijão x poder calorífico inferior do GLP x eficiência do fogão a gás.

c) Energia útil mensal atendida pela lenha rural = (a – b).

d) Energia final mensal atendida pela lenha = (a –b ) / eficiência do fogão à lenha.

A tabela 2 e a tabela 3 resumem os resultados para o Brasil e regiões, para o ano de 2002 e 2008.

Como podem ser observados, os resultados obtidos para o consumo mensal de lenha estão sensivelmente abaixo das estimativas da tabela 1. Observa-se uma redução do consumo de lenha em 2008, nas regiões Nordeste, Norte e Sudeste, mesmo com o aumento do preço do GLP, devida, provavelmente, à redução da oferta de lenha em função do aumento da procura por carvão vegetal na siderurgia e mesmo como lenha na indústria. Em contrapartida, nas regiões em que a oferta de lenha aumentou ou não foi tão pressionado por outras formas de uso, o consumo de lenha domiciliar aumentou caso das regiões Centro-Oeste e Sul. No Brasil, na média, observa-se um discreto aumento no consumo. As figuras 1 e 2 mostram a evolução do consumo mensal de lenha nos domicílios rurais no Brasil e regiões. Os valores intermediários entre 2002 e 2008 foram obtidos por interpolação geométrica.

8.3. CONCLUSÃO

Não se solidificou, até o momento, um procedimento metodológico aceito de forma consensual, para a estimativa do consumo de lenha residencial, nas regiões rurais brasileiras, em virtude das características, diversidade e especifidade desta fonte de energia. Sua importância é indiscutível na matriz brasileira e portanto, presença obrigatória no planejamento energético nacional e regional. A presente proposta metodológica de cálculo pretende ser uma contribuição para se atingir uma modesta forma de síntese, certamente não no sentido da dialética hegeliana, uma vez que, tanto a tese quanto a antítese não foram ainda estabelecidadas na discussão deste processo.

REFERÊNCIAS

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