BIBLIOTECA VIRTUAL de Derecho, Economía y Ciencias Sociales


NOVAS TRAJETÓRIAS ENERGÉTICAS

Sinclair Mallet Guy Guerra y Mariana Pedrosa Gonzalez



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CONCLUSÃO

Frente ao quadro de crise que vivenciamos constata-se a formulação de inúmeras propostas baseadas no desenvolvimento ambientalmente sustentável. Todavia o termo parece se ancorar em diferentes matrizes teóricas e possui a intencionalidade de objetivar os interesses de todos. Apesar do requinte dos discursos ambientalmente sustentáveis - tomando como base que a relação trabalho e meio ambiente está subjugada supremacia do capital – estes se mostram incoerentes dada à superficialidade das discussões. Não tocar no ponto central da crise – as fundamentações históricas desta forma societária – social/ambiental é perder-se na banalidade. Sendo esta uma sociedade que carrega consigo o vírus da sua própria destruição (SACHS) a compreensão histórica elimina a ilusão que é possível arquitetar um mundo igualitário sem a superação do capital. Como afirma Marx no trecho em que discute a forma destrutiva do modo capitalista de produção:

“a produção capitalista acumula, por um lado, a força motriz histórica da sociedade, mas perturba, por outro lado, o metabolismo entre homem e terra (...) tanto na agricultura quanto na manufatura, a transformação capitalista do processo de produção é, ao mesmo tempo, o martírio dos produtores, o meio de trabalho como um meio de subjugação, exploração e pauperização do trabalhador, a combinação social dos processos de trabalho como opressão organizada de sua vitalidade, liberdade e autonomia individuais.” (O CAPITAL, VOL 1, pg. 47).

Tomando como base a categoria marxiana, apresenta-se, de forma crucial, a compreensão da relação entre trabalho, homem e natureza. Na perspectiva da transformação das bases que sustentam o modelo hegemônico de produção, trabalho e consumo em detrimento da natureza. A ausência desta reflexão privilegia alguns grupos e torna os sujeitos culpados pela sua situação no mundo e pela degradação do meio ambiente (desemprego, precarização do trabalho, exclusão energética, social).

Desta feita, o tripé capital, trabalho e Estado se fundam em uma unidade indissociável e dirigida pelo primeiro, como afirma Mészáros. Assim não nos parece possível incumbir a empresários e organismos internacionais ou á sociedade civil a tarefa de impor limites ao capital, pois assim eles teriam que optar em atender as necessidades humanas ou aquelas que promovem a sua existência/reprodução. Não é possível pensar coletivamente vive-se em um abismo de aspirações, interesses, necessidades, etc.

“A dimensão coletiva da vida social está completamente perdida: o individuo é reduzido ao mesquinho burguês que tem a razão na carteira de dinheiro e o coração na caixa registradora” (TONET, 2004, pg.46).

Faz-se necessário – e urgente - superar a concepção do desenvolvimento sustentável, uma vez que os movimentos do capital não conhecem limites, e daí relatórios como este serem cosméticos por não questionarem a essência da lógica existente. As idéias relacionadas à sustentabilidade apresentam-se equivocadas frente aos objetivos que propõem realizar, por não ser possível a efetiva relação homem-natureza numa sociedade onde imperam as “...relações materiais entre pessoas e relações sociais entre coisas...” MARX (1988, p.82).


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