BIBLIOTECA VIRTUAL de Derecho, Economía y Ciencias Sociales


INFRA-ESTRUTURAS EM ENERGIA E TRANSPORTES E CRESCIMENTO ECONÔMICO NA CHINA

Elias Marco Khalil Jabbour



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II.1.9 – Inauguração metroviária em Shenzen e expansão em Guangzhou

Entre os vários meios de auferição para identificar o nível de desenvolvimento de um dado país, sem margem para dúvida, a quantidade de cidades com mais de 1 milhão de habitantes que são providos de linhas de metrô é um meio. Por quê? Porque a construção metroviária, como tudo na teoria do desenvolvimento econômico, independente da matriz política ideológica, é parte de um todo muito mais amplo: ela requer grandes recursos financeiros, o que demanda ao país executor de obras desse tipo a necessidade de ter viabilizado um sistema de intermediação financeira (leia-se bancos de desenvolvimento, mercado de capitais) com capacidade de mobilizar tais recursos; demanda mão-de-obra especializada, ou seja, engenheiros, técnicos, investimentos em centros de pesquisa e demonstra necessidade de mobilização de mão-de-obra.

O caso chinês lança outra luz para entendermos tais empreendimentos: a centralidade do Estado nacional em todos os níveis – seja no planejamento, na execução ou também na operação. Vale, em momento oportuno, comparação entre os casos chinês e brasileiro nesse sentido.

Pois bem, a expansão de novas linhas de metrô pelas cidades do país obedece a algo concreto e é concernente ao estágio de acumulação atingido pela China desde 1978. Suas cidades costeiras recebem trabalhadores provenientes do interior, a expansão automobilística aumenta o tempo de deslocamento nos centros urbanos valorizados com essas obras, e, valorizados, tornam-se mais atraentes para investimentos.

Abaixo segue algumas considerações acerca dos investimentos que estão ocorrendo em Shenzen e Guangzhou.

Shenzen 75: há vinte anos atrás, era uma vila de pescadores do rio homônimo, que faz fronteira com Hong-Kong. Com a implementação de 5 Zonas Econômicas Especiais em 1980, aproveitando-se da proximidade com Hong-Kong tornou-se a mais dinâmica das ZEE’s.

Atualmente conta com 7 milhões de habitantes. A mobilidade de mão-de-obra foi beneficiada com a construção de um massivo sistema de construção ferroviária.

Em 1995 foi formada a Companhia do Metropolitano de Shenzen com a missão de construir e gerenciar linhas de metrô que, conforme o planejamento, deverão chegar a 230 km, construídos no ano de 2049.

A primeira fase da linha 1 do metrô de Shenzen terá 20 km de extensão com 18 estações. Sua construção foi iniciada em 1998 com término programado para 2005. Custará US$ 1,23 bilhão e será financiada em 70% pela prefeitura municipal e os outros 30% por bancos locais – demonstrando, assim, uma auto-suficiência financeira com relação ao governo central, além de deixar claro o papel do capital financeiro no desenvolvimento urbano (vale comparações com outras cidades da periferia do capitalismo).

Empresas estrangeiras – principalmente japonesas (Mitsubishi) – foram convidadas a participar do processo de licitação de equipamentos, mas não participarão da construção da obra que nesta fase contemplará a ligação da zona econômica especial com Hong-Kong e baldeação com a ferrovia Pequim-Kowlonn.

Guangzhou 76: Capital da província mais rica da China, Guangdong, beneficiária do que se convencionou chamar de joint-venture entre Hong-Kong e Guandong, tamanha a quantidade de unidades produtivas outrora hongkonesas, hoje transferidas para a província. A linha 1 foi inaugurada em abril de 1999 com 18,5 km de extensão. A linha 2 está em construção desde 1999 com término para o final de 2003. Serão 23,3 km e 22 estações com custo previsto de US$ 1,3 bilhão.


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