BIBLIOTECA VIRTUAL de Derecho, Economía y Ciencias Sociales


INFRA-ESTRUTURAS EM ENERGIA E TRANSPORTES E CRESCIMENTO ECONÔMICO NA CHINA

Elias Marco Khalil Jabbour



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II.1.7 – França e Alemanha disputam a obra

Saindo um pouco do específico, que se relaciona com a obra em si, e embarcando em fatores de ordem mais geral – o processo que envolve a tecnologia do trem de levitação magnética –, a desistência temporária da China em encampar grandes empreendimentos desse tipo, entre outras coisas, está relacionada com o modo de ela encarar suas relações com os países cêntricos.

De forma mais rasteira podemos dizer que a China joga um país contra o outro, pois conta com imensas reservas de mercado em várias áreas. Outro fator a seu favor é o momento de crise vivido pelo capitalismo – propício para a aquisição de tecnologias, pois empresas como Alston e Siemens, estão à procura de grandes negócios, trabalham com grande capacidade ociosa em sua linha de produção. Esse recado vale para o Brasil que atualmente discute investimentos em infra-estruturas e imensos lobbies se formam no campo interno para beneficiar empresas estrangeiras nas chamadas Parcerias Público-Privadas em detrimento de empresas nacionais com capacidade de absorção de novas encomendas. Podemos estar assistindo a mais uma desnacionalização, agora voltada para as nossas infra-estruturas estranguladas.

Voltando ao ponto, para a China o que interessa nesse empreendimento é quem vai fazer a obra com o melhor preço e quem vai transferir tecnologia. É ponto passivo: sem transferência de tecnologia não há acordo. Por isso, como já dissemos anteriormente, o Japão, por motivos políticos, se colocou fora da disputa.

Sobram a Alemanha e a França. A outro elemento geopolítico devemos atentar: tratase dos dois grandes rivais na União Européia. Nada simbólico, é um jogo de xadrez.

Tanto a França quanto a Alemanha têm grandes negócios na China em várias áreas. No caso do trem, repetimos, que pode alcançar 300 km/h, a França conta com a tecnologia TGV (Alston) e a Alemanha com a ICE (BWG, Pfleiderer e Siemens), no que concerne a técnicas de controle e a Alemanha na parte de transmissão 65.

Todos esses dois países aceitaram transferir tecnologia.

A questão fica no preço e não dispomos de informações precisas sobre isso.

Do ponto de vista pessoal a França leva vantagem nessa disputa, pois além de já ter transferido com sucesso tecnologia TGV para Espanha e Coréia do Sul, os laços políticos entre ela e a China estão cada vez mais fortes desde a visita realizada pelo presidente chinês Hu Jintao a aquele país em março de 2004.

Mas nessa disputa também existe espaço para a Alemanha que já saiu na frente na disputa pelas ferrovias de alta velocidade na província de Guangdong.


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