BIBLIOTECA VIRTUAL de Derecho, Economía y Ciencias Sociales


INFRA-ESTRUTURAS EM ENERGIA E TRANSPORTES E CRESCIMENTO ECONÔMICO NA CHINA

Elias Marco Khalil Jabbour



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II.1.2 – Enfrentando o desafio

Uma das soluções imediatas implementadas pelo governo central para a reestruturação do setor ferroviário foi a introdução de contratos de responsabilidade, que já haviam trazido resultados muito satisfatórios na agricultura.

Tais contratos foram implementados em 1997, entre o Ministério das Ferrovias e recém-criados 14 birôs ferroviários e corporações. Eles estimularam o dinamismo e a vitalidade do setor a partir da divisão de esforços em converter prejuízos em ganhos; da manutenção do valor dos ativos de propriedade estatal; da redução dos custos operacionais; da gestão austera dos custos corporativos; e da divisão das cotas de seguro das operações, do pessoal e os ativos correspondentes a cada um dos sub-birôs.

A política de pessoal foi revista com a separação entre a gestão empresarial e a gestão governamental. O Ministério das Ferrovias diminuiu seu pessoal, entre 1997 e 2000, de 809 para 398 funcionários, e, até 2001, todo o setor ferroviário havia dispensado 260.000 dos 3,2 milhões de trabalhadores 43.

Como nota ilustrativa vale registrar conversas ocorridas com funcionários de bordo das linhas Pequim-Tianjin, Xangai-Yichang e Chongqing-Pequim. Em todas as observações colhidas ficou clara a idéia de desafio e divisão de responsabilidades entre Estado e birô e entre birô e trabalhadores.

Todos os trabalhadores não dispensados tiveram seus salários complementados, ou não, de acordo com a eficiência da linha. Segundo o maquinista Yaopeng Ju, da Chongqing-
Pequim, o Estado se comprometeu com investimentos na eletrificação de linhas inteiras (aumento de velocidade, que descreveremos mais abaixo) e com bolsas de estudos em centros tecnológicos criados para a absorção de novas técnicas de manejo de trens de velocidade que variam entre 160 e 210 km/h, com a melhoria das condições de bordo e maciça propaganda induzindo à utilização de trens para viagens ao interior do país.

Aos funcionários administrativos cabia a obrigação de cursos oferecidos pelos próprios birôs – de atendimento ao público a cursos semanais de administração ferroviária e, em alguns casos, até de cursos básicos de inglês (hoje toda estação de trem chinesa deve ter um bilheteiro habilitado em língua inglesa).

E o outro lado do desafio era trazer competitividade ao setor. A primeira tarefa colocada seria a eletrificação do setor, com a finalidade de aumentar a velocidade dos trens.

Cento oitenta milhões de dólares foram investidos em pesquisas e mais US$ 1,6 bilhão, proveniente de dotação disponibilizada pelo governo central, na conseqüente eletrificação de 10 mil km de trilhos entre 1997 e 2001 (9o Plano Qüinqüenal), nos quais a velocidade média passou para 130 km/h, e a máxima a 212km/h. As linhas modernizadas foram: 5 linhas nortesul: Pequim-Xangai, Pequim-Guangzhou, Pequim-Harbin, Pequim-Tanquim, Pequim-
Kowloon (Hong-Kong); e 3 linhas leste-oeste: Lianyungang-Lanzhou, Lanzhou-Urunqi e Hangzhou-Zhuzhu. Assim foram cobertas as principais linhas troncais de todo o país e foi diminuído o tempo de viagem em 38% 44, reaquecendo os intercâmbios regionais do país e promovendo o desenvolvimento econômico.

O aumento da velocidade dos trens é uma grande idéia para se devolver a competitividade ao setor, que obteve entradas em 2001 da ordem de US$ 15 bilhões 45 – o que tem propiciado novas linhas, novos trens e novos horários, além de servir de impulso de demanda para o desenvolvimento econômico nacional.

Tal impulso de demanda se reflete na promoção de setores relacionados, como a Companhia de Locomotivas e Materiais Rodantes, que até 1996 trabalhava com exatos 33% de capacidade ociosa e que, a partir de então, deixou a ociosidade para lograr ganhos anuais de US$ 8 milhões com a transformação tecnológica em grande escala de 839 locomotivas de combustão interna para elétrica e de alta velocidade, e 2.071 vagões de passageiros 46.

Concluída essa breve descrição da retomada da competitividade e vitalização do setor, via reforma gerencial e aumento da velocidade dos trens, passaremos a uma rápida descrição dos grandes projetos concluídos, e em andamento, tanto em ferrovias quanto nos inerentes à expansão metroviária.


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