Comportamento & Moral

Luiz Gonzaga de Sousa
 

 

A VIDA

Uma questão interessante que poucos cientistas abordam é quanto à vida, tendo em vista que ela só dá alegria, prazer, cujos questionamentos ficam para os momentos de tristeza, de depressão, e até mesmo de morte, que elimina os instantes de encarnado, na linguagem comum de quem só enxerga o seu lado ruim e as fantasias que o momento oferece para deleite pessoal. O viço das flores, proporcionando perfume, e suas matizes que brilham aos olhos de quem tem a alegria de querer descobrir tudo, são forças fortes de que a vida é o eterno prazer do movimento, numa poesia incomum que poeta jamais conseguiu arquitetar, para animar os corações e cantar as felicidades que o Criador Maior legou a todos, mesmo os que caminham pela senda da perdição. O verde das árvores no inverno, dá a todos a energia, através do toque que acaricia aqueles que devem se equilibrar diante do calor e do frio, que são elementos fundamentais na sobrevivência de tudo que existe na face da terra e que tenha vida, isto significa dizer, aquele que surge, vive e desaparece, para abrir caminho para novas espécies, na vereda do equilíbrio e ajustamento.

Geralmente se enxerga a vida como sendo o viver simplesmente, todavia, deve-se compreender que ela vai além disto, a fortaleza, o encanto de eliminar o pranto e continuar a jornada de luta, com brilho de um viver feliz, porque ela é a luz que sempre fortificará e nunca se apagará, mesmo diante das torpezas de quem se encontra em difícil situação de sofrimento e dor, cujas esperanças se obscurecem. A vida não é um conceito breve de quem nasce, vive e morre. Ela participa desde processo, como forma de melhorar a grandeza de quem deseja viver bem e cada vez melhor, tendo em vista que ela não se resume em um momento fisicamente constituído, quando a matéria impera sobre a razão e a vida não é matéria, é inteligência, é o livre arbítrio em sua essência. Quando se quer conquistar, crescer na busca do entendimento do amanhã, tentando descobrir o porvir, tem-se o engrandecimento da vida, o viver intensivamente, ao considerar que aquela luz que é o viver está cada vez mais forte, acesa para que ela se complete dentro de um caminho de paz e de felicidade, pois é isto que ela proporciona a todos.

O verde das matas e a beleza das flores é a prova maior da vida, que se apresenta viçosa, proporcionando brilho aos olhos de quem observa perto ou longe o produto do Criador Maior que em sua perfeição, interligou tudo de uma maneira tal que somente a pureza do espírito é quem tem condições de enxergar tal grandiosidade e sentir a sua influência em seu dia a dia. A vida dá as flores tão belas que abrilhantam o campo, com aquele toque colorido que não há pintor que as faça igual, cujo perfume que exala, alimenta a humanidade, trazendo mais alegria a todos que têm oportunidade de presenciar aquele amalgamento entre os partícipes da natureza, dando um canto todo especial, para enobrecer a vitalidade de todos os seus irmãos, que precisam dessa energia. O próprio chão que é terra bruta, quando em tempo de chuva, expira aquele calor do centro do planta, como se fosse uma força maior para fortificar os seres vivos que se encontram dentro ou fora da terra, tal como o crescimento das vegetações, tornando mais viçosos aqueles que já brilham no cenário da Criação Maior para o progresso de tudo que existe, ou vai existir no cosmo.

A vida está em tudo e em todos, desde os matos secos que feneceram até as plantações verdes que conjuntamente com as flores e as rosas dão o colorido fundamental que alegra a vida em uma vontade intransigente de querer viver cada vez mais para conhecer talvez inconsciente tudo aquilo que somente a intelectualidade saberia comentar com tanta sapiência e detalhes necessários. Os animais, os vermes, as flores são elementos da natureza de maneira diferente, mas ambos têm vida e querem vivê-la em seu máximo possível, mesmo enfrentando os sofrimentos e as dores que se apresentam no dia a dia como forma de explicar o processo de evolução que todos estão submetidos desde os animados indo até mesmo aos inanimados. Neste sentido, tem-se a vida como uma luz que deve cresce dentro de todos que já têm essas condições, que adquiriu ao longo do processo de transformação, tal como as metamorfoses da borboleta e outros animais que se camuflam dentro da mata, como uma forma de sobrevivência às vistas dos predadores que não entendem o verdadeiro sentido da vida.

Os seres humanos repugnam os vermes. Mas, o que são vermes se não formas de dar continuidade à vida. É como se fossem anticorpos para que alguns outros seres pudessem viver, porém chega o homem, os mata impiedosamente, com o seu nojo de quem não conhece a relação existente entre tudo que a natureza criou, com a sua prodigiosidade de um ambiente tão belo, estruturado pelo Criador Maior. Tudo que existe é vida e vida participativa de maneira direta ou indireta, desde a lama putrefante e nojeta como todos acham, até a pureza do perfume que atrai as perfeitas narinas como antídoto de podredão que os seres humanos não querem sentir, por estarem distantes de sua causa primeira que é a brutalidade da matéria inerte e fria. A vida é tudo isto e muito mais, porque o Pai de tudo não deu condições ao entendimento completo do ser humano e de tudo que o cerca em sua complexidade, pois essas condições são de descoberta, nunca de se terem as coisas com as melhores das facilidades possíveis, tendo em vista que, tudo faz parte da evolução do espírito, de maneira conjunta com os elementos materiais.

Geralmente, ou quase sempre se atribui a descoberta da vida aos problemas espirituais ou religiosos, como coisa que a compreensão do mundo material fosse coisa da ciência, e o conhecer transcendental fosse da filosofia ou das religiões, por envolver algo que não se apalpa, não se mede, nem tão pouco se têm facilidades na sua percepção clara e evidente de um mundo desconhecido. Por desconhecer a vida, o ser humano criou o científico numa evolução diferenciada do filosófico ou religioso, cujo diferencial transcorre da inferioridade, e dos diversos graus em que vive o ser humano, porém todos esses elementos estão interligados, num processo conjunto de busca das verdades, que se têm que demandar conjuntamente. Tudo isto gera a desarmonia entre tudo que existe na natureza, culminando com as doenças, as mortes antecipadas e tudo que existe nas falsas descobertas do homem, alimentando o egoísmo, a vaidade, o orgulho, a ganância, uma pauta muito grande de inferioridades, que dificulta o conhecer a vida e o seguir sempre pelo caminho do bem, da luz e do amor.

Todos os seres pensantes ao nascerem; iniciam o processo de descoberta em cada momento de seu evoluir, desde as primeiras palavras, os primeiros passos, as partes do corpo, o seu relacionamento com o exterior, com a natureza, tudo isto faz parte do progresso da humanidade, tal como também o crescimento espiritual que muitos com conhecimentos parcos, não podem compreender. Essa mesma incompreensão dessa situação é que fez a diferença entre o que é espiritual ou místico como chamam, e o que é material ou científico como muitos querem, todavia, tudo isto faz parte de quem não compreende a vida, que nada mais é, do que essa trajetória que todos os seres animados e inanimados têm o dever de conscientizar-se. Quando ISSA (Jesus, o CRISTO) esteve no mundo, Ele teria dito claramente: eu sou a luz do mundo. Com isto Ele quis dizer que, vivendo os legados dessa estrela sublime, conseguir-se-ía a vida que é a libertação das inferioridades e a incorporação do livre arbítrio, no viver de quem já conhece tudo e nada de inferior lhe ataca, podendo caminhar por onde quiser, cuja vida lhe permite.

Ao longo dos séculos, o homem tem procurado compreender a vida e os seus mistérios. Mistérios para todos que trabalham a maneira de como desvendar o véu de sua ignorância com respeito a tudo que existe, desde o homem em si como os animais que se dizem irracionais, entretanto, tudo que não se conhece pode ser chamado de mistério, e aí está a vida fisicamente constituída como a espiritual, que são a mesma coisa. Quando já se conhece tal coisa, não se pode chamar mais de mistério e a vida é esta descoberta que alguém descortina mais depressa, no entanto, muitos e muitos outros não têm a mínima condição de em uma vida como pessoa humana chegar à descobri-la, e aí está o mistério que nada mais é do que a ignorância ou desconhecimento da verdade real. Não obstante, a vida que transcende à mente humana é e permanecerá, um mistério por muito tempo, dada a percepção intuitiva que muitos não têm, pois ela é energia, é luz, é prazer que todos sentem ao está em uma festa com amigos, com parentes, com irmãos, com pais e todos que lhe alimentam o ego em uma transposição de energia que lhe aflora a luz.

Muitas pessoas confundem a vida com um momento que se passa aqui no planeta, dentro de um corpo de matéria, cujo findar de cinqüenta ou sessenta anos, as energias começam a falhar, perdendo-se as forças, o gosto pelas coisas da matéria, as festas, as brincadeiras do cotidiano, que constituem elementos participativos dos instantes quando encarnados, satisfazendo aos prazeres da matéria. Os instantes que os espíritos estão na matéria são importantes, porque proporcionam condições de, na limitação de seu corpo físico, poder compreender tudo ou parte de tudo que está ao seu redor, em um princípio de libertação de toda materialidade que existe, dificultando o seu processo evolutivo, ficando estacionados por longos anos. Aí está um retrato da vida que não se resume num período de tempo que se passa aqui no planeta terra, como um fulano de tal X ou Y, mas aquele que atravessa séculos à procura de seu próprio eu, descobrindo como cientista o verdadeiro caminho que deve seguir para entender que a vida vai muito além dos conhecimentos humanos até conseguir a eteridade.

Para se falar da vida é necessário não somente convocar a espiritualidade, sem dúvida, pedir ao Criador Maior permissão para entender a poesia das plantas e das flores, o canto maior dos Querubins e dos Arcanjos para soprar as trombetas sacrossantas do canto maior da alegria que o ser humano, de maneira alguma, pode caracterizar, nem tão pouco definir em sua limitação de espírito tão infantil. Os cientistas podem fazer rosas, flores, plantas em geral, jamais terão condições de colocar vida em suas invenções como faz Deus, pois Michel Ângelo em sua grandiosidade como arquiteto ao insculpir Moisés, viu uma perfeição tão grande que disse: parla ao bater com o pincel em sua cabeça, e a estátua petrificada não se moveu e nem se moverá com os conhecimentos humanos. Isto porque falta o sopro do Criador Maior, cuja vida somente é Ele quem proporciona a todos e a partir de então possa caminhar com os seus próprios pés, adquirindo experiência e conhecimentos para poder se libertar das amarras da materialidade e conseguir a sua liberdade plena que é o conceito verdadeiro de vida, que não precisa de matéria.

Normalmente se diz: os cientistas estão indo a Marte para ver se há vida lá, ou a outro planeta qualquer, para detectar a existência de seres vivos nestes lugares, como coisa que a vida se resumisse num corpo fisicamente constituído, tais quais os seres humanos, os animais, a vegetação e alguns outros seres que têm vida de qualquer forma, esquecendo que a espiritualidade existe e está em todas as partes. Os espíritos são inteligências vivas que estão em todas os lugares, e não estão necessariamente vestidos em um corpo físico, no entanto, têm vida e a vida real, cujos órgãos estão perfeitamente em evidência para ajudar e lenir muitos e muitos que não entendem a etéreo, a presença do Criador Maior em tudo que se ver e que serve como experiência para a compreensão da eternidade. As almas e os espíritos são vidas que devem ser melhor compreendidos, para que não haja tanta inferioridade e maledicência, onde se tem como objetivo fundamental entender o que é a vida, cuja alegria fortalece-a, e a tristeza dificulta o aprendizado para tê-la bem vivida, numa vivência com amor, com paz e felicidade.

A vida é muito mais do que se pensa, é o cantar dos passarinhos, é o passear do beija-flor, é o frescor dos tempos, como se fosse a presença de Deus iluminando a alma de quem não sabe andar com os seus próprios conhecimentos de luz, de canto e de encanto para eternidade, esquecendo de uma vez por todas, aquilo que os humanos chamam de morte que é a tristeza de não a conhecer. O céu cheio de estrelas, e a lua inspirando os namorados do campo e da cidade é a vida que está em toda parte, como uma dádiva Divina que somente um bom Pai proporciona ao seu filho, que esqueceu as suas orientações e perambula pelas ruas, ou pelo tempo em busca de uma mão amiga e de um abraço fraterno para continuar em um corpo físico. Finalmente, a vida é o acordar cedo para receber a luz do sol, cuja energização faz o corpo físico forte, vibrante para a caminhada que necessita de muita luz para suportar as friezas dos umbrais do infinito, poder locomover-se para o aprendizado do bem, e a compreensão da lei do amor que é a paz e a felicidade que todos almejam, mas não se esforçam para consegui-la objetivamente.


Google
 
Web eumed.net

 

Volver al índice de Comportamento & Moral

Volver a "Libros Gratis de Economía"

Volver a la "Enciclopedia y Biblioteca de Economía EMVI"