Artigos de Economia

Luiz Gonzaga de Sousa

 

UMA ANÁLISE ESTATÍSTICA DA BAIXA PRODUTIVIDADE DO TRABALHO E DA TERRA NO ESTADO DA PARAÍBA

RESUMO

O Estado da Paraíba é um dos mais pobres do Nordeste. A ausência de uma indústria diversificada e dinâmica é determinante na situação de desemprego e pobreza do Estado. Mas, como na maioria dos estados e países periféricos a agricultura desempenha um papel preponderante na economia destes Estados. Na Paraíba a agricultura antiquada e com problemas de solo e clima semi-árido não consegue superar os reversos que teve com o sisal e algodão. Com aquele especialmente devido ao aparecimento da corda sintética e com este devido às secas e por fim o aparecimento do bicudo. Aí estão alguns dos problemas ligados à baixa produtividade do trabalho e da terra no Estado.

Para analisar as variáveis envolvidas no problema agrícola foram usadas estatísticas de localização, especialização e intensidade.

Os índices estatísticos usados indicam, mesmo que os produtos que têm poucas exigências em relação ao solo possuem concentração relativamente elevada, sendo que em algumas microrregiões aptas não são produzidos. Para as microrregiões de índice tecnológico maior, de maior intensidade ainda assim há especialização relativamente elevada e monocultura. Isso se por um lado deveria elevar a produtividade da terra em relação a uma cultura, tendo a haver menor intensidade, ou produtividade (renda) da terra em relação à produção global. E a produtividade do trabalho tende a ser baixa pela sazonalidade do trabalho, pela baixa relação capital/trabalho.

INTRODUÇÃO

O Estado da Paraíba é um dos Estados mais pobres do Nordeste brasileiro. A ausência de uma indústria diversificada e dinâmica é determinante da situação de desemprego e pobreza no Estado. Mas, como na maioria dos Estados pobres e países periféricos a agricultura desempenha um importante papel na economia.

O Estado da Paraíba não consegue superar os dois maiores problemas de sua agricultura: o surgimento de substitutos para o sisal (o fio sintético) e os problemas com a produção do algodão (entre estes, destaca-se sua baixa produtividade, devido a secas e deterioração do solo e aparecimento do bicudo). Ambos, sisal e algodão foram destaques na agricultura do semi-árido da Paraíba. Por isso, a agricultura do interior do Estado, do semi-árido não só, não acompanhou o crescimento da população e da economia nacional, como diminuiu em termos absolutos.

O setor agrícola não conseguiu encontrar culturas que substituíssem satisfatoriamente o algodão e o sisal.

Neste trabalho pretende-se estudar a distribuição das culturas e o seu desempenho através dos índices "Coeficiente de localização", "Quociente de localização", "Coeficiente de especialização" e Coeficiente de intensidade".


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