Artigos de Economia

Luiz Gonzaga de Sousa

 

AVALIAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA DO PROJETO GAT

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Frente aos resultados a que se chegou com o cálculo da Taxa Interna de Retorno, pode-se extrair algumas conclusões de grande importância pata os projetos do GAT no semi-árido paraibano. Uma primeira consideração que deve ser fe é quanto ao fato de terem surgido Taxas Internas de Retorno negativas, onde a rigor essas taxas de retorno são positivas e dificilmente se constata casos onde essas taxas são negativas. Estes fatos tem ocorrido, tendo em vista que os custos envolvidos fossem bem maiores do que os benefícios e o fator de atualização dos gastos e receitas correntes não fossem compatíveis com a taxa Interna de Retorno que tornaria o Valor Presente Líquido nulo.

Constatou-se, em segundo lugar, que existem casos onde a Taxa Interna de Retorno começou sendo negativa e, em seguida, tornou-se positiva e com valores crescentes, como se pode observar no quadro demonstrativo que se encontra em anexo. Com isto, fazem-se algumas considerações de fundamental importância sobre este fato: por que aconteceu a negatividade das Taxas Internas de Retorno? E, em segundo lugar, por que aconteceu esta evolução ao longo do tempo de progressão nesta variável? A primeira pergunta foi respondida no parágrafo anterior e a resposta à segunda, vem do fato de que houve algum progresso na implantação do projeto, pois os resultados econômicos surgiram mais rapidamente durante a execução deste trabalho.

Verificou-se em terceiro lugar, que alguns casos não tiveram condições de se calcular a Taxa Interna de Retorno, devido ao fato que alguns projetos não exigirem gastos no início e, portanto, ao se fazer a igualdade do Valor Presente Líquido com zero, fica sem condições de se encontrar a Taxa Interna de Retorno, pelo menos pelo método utilizado neste trabalho. Neste sentido, ficou inviabilizado o cálculo dessa taxa de retorno, mas outras variáveis puderam ser calculadas, tendo em vista que não envolviam as dificuldades que eram inerentes ao cálculo da Taxa Interna de Retorno. Este é um ponto que se deve levar em consideração, tendo em vista a importância dessa taxa e sem a qual não dá para se ter confiabilidade no projeto.

Finalmente, como se observa nos dados que estão no quadro demonstrativo, pode-se ver em alguns casos evolução e, em outros uma queda, ou como se diz em economia, há um movimento cíclico e se pergunta: por que isto aconteceu? Não é fácil, mas pode-se considerar que alguns custos foram implementados durante o andamento do projeto e, por conseguinte, gerando custos adicionais que geraram quedas na Taxa Interna de Retorno, ou em outros casos benefícios maiores que fizeram com que houvesse uma evolução nesta taxa. Em último lugar, pode-se constatar que algumas fazendas tidas como modelo, obtiveram algumas externalidades significantes com a implantação dos projetos do GAT no semi-árido paraibano, pois é justamente isto que se esperava no final das contas.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

EHRLICH, Pierre Jacque. Avaliação e Seleção de Projetos de Investimentos. São Paulo, ATLAS S/A, 1977.

CONTADOR, Cláudio Roberto. Avaliação Social de Projetos. São Paulo, ATLAS S/A, 1981.

MIGLIOLI, Jorge. Técnicas Quanttivas de Planejamento. Rio de Janeiro, VOZES, 1976.

SQUIRE, Lyn e TAK, Herman G. Van der. Análise Econômica de Projetos. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, 1978

LINS, Gerardo Estell. Análise Econômica de Investimentos. Rio de Janeiro, APEC, 1975.


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