Artigos de Economia

Luiz Gonzaga de Sousa

 

AVALIAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA DO PROJETO GAT

ANÁLISE DOS DADOS

Os dados do sub-projeto GAT (Geração e Adaptação de tecnologias) no semi-árido paraibano foram trabalhados com base numa fórmula de avaliação de projetos para os anos de 1984, 1985, 1986, 1987 e 1988. De acordo com os resultados surgidos das fórmulas aplicadas, pode-se verificar se o projeto em questão é viável ou não, contudo, se ele não for viável num determinado ano, mas apresentar tendências a um bom desempenho, ele poderá ser aceito como um bom projeto. E o que aconteceu com os projetos do GAT no semi-árido paraibano? Os projetos existentes nesta região são viáveis, ou não? Eles devem continuar, ou serem imediatamente paralizados? Somente os resultados e uma gestão política é quem irá resolver estas questões.

Os resultados a que se chegou, denotam que os projetos relativos a Santa Luzia, Serra do Pituassu, Campo Redondo, Ypueiras e São João não obtiveram bons resultados, pois as Taxas Internas de Retorno, foram negativas. Alguns projetos, mesmo com Taxas Internas de Retorno negativas devem ser vistos com cuidado, considerando-se que houve uma tendência a sua viabilidade, como foi o caso de Prensa, Poço Redondo, Catolé, Serraria, Forquilha do Rio, Curtume, Ypueiras, Algodão, Lagoa Escondida, Porteiras e Casa de Pedra. Positivamente, pode-se constatar que Riacho dos Alcindos e Santa Isabel, mostraram-se viáveis e numa taxa maior do que a taxa de juros de mercado.

Com estas constatações, observa-se que os projetos do GAT no semi-árido da Paraíba, estão apresentando resultados de fundamental importância para a região, pois mesmo que alguns resultados não mostraram suficientes, mas deve-se considerar que o processo de imitação da circunvizinhança em melhorar a sua atividade já traz o efeito positivo para a região. Observa-se que as fazendas modelos que foram tomadas para servir como espelho das aplicações do GAT, já congregam alguns benefícios inegáveis ao seu acervo tecnológico, constatados pelos incrementos que não existiam antes do GAT e começam a aparecer depois da implantação destes projetos os quais tem o objetivo de melhorar as condições de trabalho e de vida dos pequenos agricultores.

Finalmente, houve casos em que não se pode calcular a Taxa Interna de Retorno, tendo em vista que não aconteceram valores fixos, portanto, sem possibilidade de se chegar ao real valor da taxa que se deseja determinar. Ao se colocar um tracinho no local que deveria ser um valor da Taxa Interna de Retorno, significa que não se obteve resultado econômico, bem como se existiram custos não apareceram os benefícios, portanto, fica inviabilizado o cálculo desta taxa. Pelas condições de pobreza em que vive a região, pode-se observar que muitos fatores envolvem a atividade colocando diversos problemas de fundamental importância nos resultados obtidos dificultando cada vez mais, melhores resultados para o projeto como um todo.


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