Artigos de Economia

Luiz Gonzaga de Sousa

 

PODER DOS MONOPÓLIOS

O PODER DOS MONOPÓLIOS

O poder dos monopólios inicia-se no contexto da economia industrial, que caminha dentro de uma estrutura de economia imperfeita, isto significa dizer, alguns tipos de produtos vivem sob o crivo de um sistema que esteja em condições de oligopólio, ou até mesmo dentro do prisma de uma competição monopolista. Não se pode dizer que o setor industrial está montado num sistema monopolista em sua essência, tendo em vista que as hipóteses que proporcionam o sustentáculo a esse tipo de mercado, não têm sustentação na atualidade da concentração e acumulação de capital. Os mercados que mais explicam a realidade atual são os de dominação de poucos, que são os oligopólios, ou o poderio usurpador de muitos, que tenham as características monopolizantes, isto é, competição monopolista, defendida por CHAMBERLIN (1933) e oligopólio por ROBINSON (1936).

Na estrutura industrial de hoje predominam os grandes grupos nacionais e internacionais que têm como meta a exploração dos diversos pontos do globo terrestre, dividindo a área de atuação dos empresários, determinando o preço e criando técnicas em que subtraem as condições de alguém que pudesse participar. Estes são chamados os oligopólios que buscam a ditadura do poder para formarem as big corporations, que vivem numa constante guerra, quer preço ou extra-preço, para sua sobrevivência e fortaleza, na idéia de usurpar e dominar incessantemente a estrutura mercadológica. Inegavelmente, as grandes empresas levam vantagem sobre as médias e as pequenas, ao considerar os ganhos de escala que elas possuem, em primeiro lugar pelo seu tamanho e segundo por facilidades adquiridas, pelo volume de escala de produção que é gerada na atividade.

Como se sabe, a economia foi organizada pelo prisma da indústria que esteja em competição perfeita, onde tudo era bem organizado ou ajustado, porém Explica BARAN e SWEEZY (1974)36 que “hoje, a unidade econômica típica na sociedade capitalista não é a firma pequena que fabrica uma fração desprezível de uma produção homogênea, para um mercado anônimo, mas a empresa em grande escala, à qual cabe uma parcela significativa da produção de uma indústria, ou mesmo de várias indústrias, capaz de controlar seus preços, o volume de sua produção e os tipos e volumes de seus investimentos (...)”. Este referencial indica claramente o poder dos monopólios composto de grandes industriais, demonstrando a imperfeição de mercado, numa estratificação cada vez mais concentrativa em detrimento de uma competividade, onde todos teriam o seu espaço de trabalho e de desenvolvimento na industrialização de uma região ou de um país.

Um outro ponto que vale apenas levantar é quanto a questão do bem estar adquirido nesta estrutura de poder e daí se perguntar: será que a economia como um todo consegue o bem-estar pleno, estando num sistema oligopolista, ou monopolista, tal como se vive no século vinte? A resposta se tem, ao se analisar a aplicação dos fatores de produção no sistema industrial como um todo, conseqüentemente, ao considerar a capacidade de produzir das empresas, isto é, produzir o máximo possível ao mínimo custo que o processo envolve. Sabe-se que em um sistema de oligopólio ou monopolista, predomina o excesso de capacidade, sendo assim, não há como se conseguir o bem-estar pleno, mas um relativo, dentro do conceito de orgulho e vaidade, tendo em vista que a produção gerada comporta-se bem abaixo da plena capacidade, cujo diferencial é a capacidade ociosa, ou excesso de capacidade negativo, que faz aumentar o preço acima dos custos marginais, sobressaindo lucro econômico.


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