Artigos de Economia

Luiz Gonzaga de Sousa

 

O PAPEL DA MATEMÁTICA NA ECONOMIA

A IMPORTÂNCIA DA MATEMÁTICA

A matemática tem sido até hoje o pavor de uma boa parte dos alunos do ensino básico e até mesmo, nas faculdades, isto porque, os professores não explicam a realidade matemática aos alunos. A matemática deve ser vista como uma matéria simples e objetiva e não aterrorizante, como faz a maioria dos professores de matemática, pois, este instrumento é de valia incomensurável em todo momento da ciência humana, quer seja de saúde, de tecnologia, ou de ciências sociais. Tem-se notado que, quem rejeita a matemática, em sua maioria, o faz por ignorância do assunto e inabilidade em manuseá-la. Na matemática não existe bicho papão, existe, sim, desconhecimento de como a utilizar eficientemente, pois, onde quer que se esteja a matemática é o instrumental básico de suma importância.

Nas palavras de ARCHIBALD & LIPSEY18 (1978), a matemática é um título genérico para qualquer tipo de argumentação lógica realizada com ajuda de símbolos. Como se pode ver, a matemática é uma análise lógica, acima de tudo dedutiva, isto é, parte-se do particular para o geral. Com a matemática se estuda os conjuntos, as relações, as funções, os gráficos, as derivadas, o teorema do valor médio, os logaritmos, as integrais, as séries temporais, etc. Com estes elementos de estudo, procura se aplicar nos diversos ramos da ciência e, em especial, na economia. Pois, de acordo com Jean E. WEBER19 (1976), a matemática aplicada, muitos símbolos representam variáveis observadas no mundo real, isto indica a validade da matemática nas ciências como um todo.

De maneira simpliste e coerente, coloca-se o seguinte: a matemática torna-se útil e, na verdade, indispensável para analisar as relações entre os símbolos, quando estes representam conceitos essencialmente quantitativos20. Este é um conceito que relata claramente o que significa a matemática e já começam-se deixar brechas para aplicação no âmbito de todas as ciências sociais, ou não, pois, o autor deste conceito, Weber, demonstrou que a matemática é um meio e não um fim para melhor explicar a realidade de hoje e de sempre. Neste conceito, pode-se exemplificar que uma função é a correspondência que associa o número f(x), ao número x de acordo com Serge LANG21 (1972) e complementa D'AMBRÓSIO & D'AMBRÓSIO22 (1976) da seguinte maneira, basta que se pense em vários objetos, ou pessoas, ou idéias que por algum motivo, ou algum critério que se queira considerar, isto é, uma mesma categoria, numa mesma classe.

Pelo exposto, verifica-se a importância da matemática na economia quando se fala nas funções de produção, quando se fala na teoria do crescimento econômico, quando se fala nos cálculos da renda nacional, quando se quer demonstrar uma grandeza, ou através dos símbolos, ou através dos gráficos. A importância da matemática não diz respeito única e exclusivamente à economia, mas, sim a toda ciência social, ou não, pois, com este instrumento, ter-se-á uma melhor visualização da realidade, não como proposta de solução ao caso, sim como apresentação do problema. O mais importante na relação da matemática com a economia, é que, a esta trabalha com coisas materiais, do mesmo modo que a matemática também lida com essas coisas materiais, na sua quantificação e na sua exposição.

Não foram os matemáticos que procuraram a economia para ter mais uma aplicabilidade, não. Foram os economistas que prescindiram de seus instrumentos para desenvolverem melhor os seus trabalhos de teoria econômica e hoje com as sofisticadas técnicas de computação, não se pode esquecer a grande precisão com que se trabalha nos tempos modernos. A matemática é a base de tudo, por mais que se recorra ao materialismo histórico para explicação de uma realidade, nunca se deve esquecer os princípios e as técnicas matemáticas, pois, o próprio MARX (1867) foi um exemplar matemático, ou talvez o melhor dos matemáticos de todos os tempos. Pois, bem, alguns autores colocam que foge da matemática, aquele que não aprendeu, ou não se esforçou a aprender a matemática, tendo em vista que ela não tem pátria e nem ideologia, mas, sim, é uma conversão universal que cientista algum conseguiu suplantá-la.


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