Artigos de Economia

Luiz Gonzaga de Sousa

 

ECONOMETRIA: ORIGENS, EVOLUÇÃO E APLICABILIDADE

Aplicabilidade da econometria

O campo de aplicação da econometria é muito grande, com o avanço da informática, esse instrumental tem adquirido aplicabilidades cada vez mais vastas. Ela serve para analisar, ou testar as formulações da teoria econômica; estabelecer diretrizes de política econômica, quer dizer, fornecer estimativas numéricas dos coeficientes das relações econômicas que podem ser usadas para tomar decisões e fazer previsões, isto é, usar estimativas numéricas dos coeficientes a fim de projetar valores futuros das grandezas econômicas. É claro que a econometria deve passar por todos os testes de aceitação, ou não dos fatos que estão sendo analisados.

Dentro da economia, o campo da econometria é muito grande, ao começar pela própria noção de conjunto nas formulações das funções, em seguida, verifica-se uma aplicação generalizada nas regressões simples, múltiplas e até mesmo nas logísticas. Como exemplos gerais, pode-se cr a função de demanda, a função de produção e custos, os cálculos dos números índices, os cálculos da renda nacional, da inflação, do produto nacional, os índices de desemprego e emprego e de crescimento econômico. Observa-se que a econometria está em casa quando se trata de trabalhar com a teoria econômica, por esta extensa quantidade de área que está aberta à atuação desse fabuloso instrumento.

Para a teoria do consumidor, inicia-se pela demanda do consumidor, estruturada da seguinte maneira: f(, onde p são os preços do próprio bem e dos outros bens, é a renda real e é a renda nominal dos consumidores. Em termos de uma função Cobb-Douglas, ter-se-á: onde seus parâmetros proporcionam as elasticidades preço do próprio produto e elasticidade cruzada, bem como as elasticidades renda frente à esse produto. As elasticidades mostram a reação do consumidor ao variar o preço dos produtos e ao variar a sua própria renda. Estes conceitos são muito importantes nas decisões de políticas de preços do país. Quanto à renda do consumidor, E. ENGEL (1857) responde muito bem quando ele mostrou a relação existente entre a renda e o consumo de um bem.

Além das relações de conjunto, pode se indicar de suma importância para a economia as derivadas e as integrais. Para o primeiro caso, verifica-se sua aplicabilidade nos incrementos existentes no sistema econômico, como por exemplos: aumento na renda nacional, no produto nacional, aumentos na demanda do consumidor, na renda familiar, etc,. Quando ao contrário, sendo caso, pode-se indicar como exemplos: saber a renda total de um comerciante, ou até mesmo, a nacional, tendo em vista que, ao se conhecerem as partes, deve-se conhecer o todo e isto se faz com as integrais. Esses e outros campos são próprios da econometria, isto é, formula-se a regressão e desta, explicam-se as metamorfoses da economia.

Para a teoria da produção, em termos de economia matemática, as simbologias matemáticas são as mesmas, quer dizer, estrutura-se uma função de produção da seguinte maneira: f(L,K,W,I,T), ou em termos Cobb-Douglas: , sendo l trabalho, K capital, W terra, I insumos e T tecnologia. Daqui originam-se as produtividades marginais e médias de cada fator de produção, bem como pode se conhecer a tecnologia utilizada em tal processo de atividade. Além destas abstrações feitas com as funções de produção, são de fundamental importância as economias, ou retornos de escala, que são geradas e só a econometria pode identificar esses elementos quantitativos do processo produtivo. Identificadas as funções de produção e as funções de custos, fica fácil fazer o planejamento da produção individual, ou nacional.

As funções de produção, como se sabe, elas não são unicamente do tipo Cobb-Douglas. Existem as Cobb-Douglas especiais que se conhecem com o nome de Elasticidade de Substituição Constante - ESC, tendo em vista que nem todas as Cobb-Douglas tem as Elasticidades de Substituição Constantes. Essas funções de produção são estruturadas da seguinte maneira:

Conhecidas as funções de produção, pode-se conhecer o crescimento econômico de um país, ou até mesmo, como já foi dito anteriormente, o caminho de expansão da empresa. Depois destas aplicações, não se pode deixar de lado o de mais importante nas funções de produção, que é a determinação dos salários do pessoal diretamente empregado no processo produtivo.

Finalmente, as aplicações em números índices e determinação das funções de demanda e oferta de mão-de-obra. Para o primeiro caso, têm-se os números índices próprios para medir a produção nacional, a inflação, o custo de vida e um campo muito vasto de utilização. No segundo caso, mede o quanto os empresários precisam de mão-de-obra e qual a quantidade de mão-de-obra disponível no mercado, para que os salários não sejam empurrados para baixo fora a inflação. Sabe-se diante mão, que o emprego da mão-de-obra é uma renúncia ao lazer e, portanto, deve-se pagar um preço que compense essa desutilidade em trabalhar, pois, sabe-se que o trabalho é um sacrifício.

Quanto à inflação e ao crescimento econômico, pode-se criar uma metodologia própria para o uso econométrico, porém, os números índices e as derivadas das funções de produção são instrumentos eficazes em suas determinações. Quanto à inflação, precisa-se saber a taxa de crescimento do nível de preço e do nível geral de preços atual ser maior do que o nível geral de preços do passado, tem-se então a inflação que constitui um dos maiores problemas da economia atual. Já o crescimento econômico é visto de maneira macro-econômica, isto é, a taxa de crescimento do produto nacional, da renda nacional e do lado da empresa individual, a trajetória que leva à acumulação de capital do empresário.


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