MERCADOS: DA ABSTRAÇÃO À DESIGUALDADE SOCIAL
Luiz Gonzaga de Sousa
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O preço em oligopólio:
Existem duas maneiras de determinação de preço, conseqüentemente sua determinação no mercado, em um sistema oligopolistico: a primeira é dada pela empresa barométrica, e a segunda é pela empresa dominante, não estritamente pela planilha de custos industriais (SCHERER: 1979; pp. 62-72).
A liderança preço pela empresa barométrica, faz-se não pela firma mais poderosa, mas sim pela empresa líder, isto quer dizer, uma empresa anuncia uma mudança no preço de forma conluiada, e as menores a seguem sem restrição.
Para a firma dominante, esta anuncia um aumento no preço de acordo com suas conveniências, e força as empresas associadas ao cartel a seguirem essa determinação, e aí está uma ordem de dominação e não de liderança como no caso anterior (LABINI: 1980; pp. 109-112).
Bem-estar no oligopólio:
Em uma estrutura oligopolista, envolve-se um pouco de monopólio de maneira indireta, e isto faz com que os preços tenham um certo grau de liberdade para o grupo dominante no mercado. No longo prazo, não existe nada que garanta uma produção efetiva ao custo médio mínimo, onde o sistema de competição perfeita estaria atuando.
O oligopolista também deseja gananciosamente o lucro máximo, e o faz onde o preço for maior do que o custo marginal; pois, como corolário o custo médio de curto prazo e de longo prazo serão iguais.
O bem-estar (well-faire) social e econômico é a meta fundamental de toda uma comunidade que trabalha por uma melhoria de renda, e uma melhor distribuição dos recursos da sociedade, para que a produção seja satisfatória e ao menor custo de dispêndio pelo consumidor na sua obtenção para a satisfação de seus desejos.
Desde que o preço seja cobrado acima dos custos médios ou o preço seja maior do que os custos marginais, o bem-estar social e econômico não existe de forma equânime, porque neste sistema sobressai a exploração dos empresários sobre os trabalhadores, ou consumidores.
A competição monopolista e o oligopólio se deparam com uma estrutura econômica e social bem distante da competição perfeita, que é o paradigma ideal na história da economia; porém, o processo de acumulação e concentração de capital está na estrutura de mercado imperfeito, exacerbando o processo de exploração sobre a humanidade, cujo nível de bem-estar ser uma abstração, sem dúvida alguma sem aplicação a uma realidade.