MERCADOS: DA ABSTRAÇÃO À DESIGUALDADE SOCIAL
Luiz Gonzaga de Sousa
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OLIGOPÓLIO
Um outro caso de mercado mais realista é o oligopólio, visto que nas economias modernas, a estrutura de mercado mais freqüente é a de poucos participantes dominando o mercado, com diferenciação de produto muito forte, interdependência, com algumas vezes guerra-preço, e, quase sempre com guerra extra-preço.
Neste tipo de mercado a ganância e a inveja para a obtenção do lucro maior possível, em detrimento dos participantes do mercado, é uma constante, ao considerar que a eliminação dos riscos e da incerteza devem ser a primeira tônica para a sobrevivência no mercado de produção e venda de um ou alguns produtos.
O oligopólio é uma estrutura de mercado caracterizada por um número pequeno de firmas, com alto grau de concentração local, ou de poder de mercado. As políticas adotadas pelos oligopolistas são tomadas de acordo com os efeitos sobre os seus rivais, como por exemplo: têm-se as políticas de preço que influem nos lucros e nas vendas dos concorrentes (AWH: 1979; p. 319-320).
Os oligopolistas sabem diante mão que são vistos mutuamente, devido a pouca quantidade de concorrentes existentes em seu entorno. Alguns exemplos de oligopólios são observados na Indústria Americana de Petróleo, pois oito firmas respondem por 60% da capacidade de refino da indústria.
Alguns exemplos mais comuns nos Estados Unidos são a Indústria Automobilística, formada por três firmas: General Motors, Ford e Chrisler que atuam em plena liberdade na dominação do mercado, visto que nenhuma firma que seja potente ameaça este império.
Ainda mais, a maior parte da indústria de equipamentos elétricos é dominada pela General Eletric e pela Westing house. A Indústria de latas para conservas é controlada por duas firmas: American Can e Continental Can, e isto caracteriza um oligopólio dentro da estrutura de mercado.
Uma rede oligopolista não apenas é formada por grandes firmas, mas também pode ser composta por pequenas firmas, como se ver nas cidades poucas mercearias explorando o mercado mesmo sendo pequenos estabelecimentos relacionados com as grandes firmas dominantes, ou os altos negócios, pois ambos constituem oligopólios.
O oligopólio tem algumas razões de ser, e uma das quais é a economia de escala tendencial, ou vantagens adquiridas pela grande produção (LOOTTY e SZAPIRO: 2002; pp. 54 - 58) . Ao se ter que operar com os custos baixos, isto só é possível, ao existir produção padronizada, que tende a concentração mercadológica em uma média de 70% da produção total do mercado nas mãos de poucos industriais.
As economias de escala são encaradas também pelo lado das vendas com as promoções de venda, e normalmente pela produção disponível, constituindo assim, mais uma fonte de oligopólio. Por outro lado, a entrada livre na indústria, para o caso de oligopólio também pode existir.
A indústria oligopolista pode ser classificada de várias maneiras: o oligopólio puro e o oligopólio diferenciado (LABINI: 1980; p 46). Para o primeiro caso, pode-se definir como uma firma produzindo produto homogêneo como o cimento ou o aço. No segundo caso, tem-se uma produção de produtos diferenciados. E, por fim, tem-se uma firma oligopolista caracterizada por conluio ou ação independentes, formando em sua maioria os famosos cartéis.