MERCADOS: DA ABSTRAÇÃO À DESIGUALDADE SOCIAL
Luiz Gonzaga de Sousa
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ESTRUTURA DE MERCADO
Ao longo dos tempos os mercados assumiram caracterizações diferentes, pois, aqui, tenta-se provar que as desigualdades sócio-econômicas de qualquer país originam-se da forma como funcionam as relações econômicas e sociais no mercado, impulsionadas pela ganância, orgulho, vaidade, e outras questões psico-sociais, não reguladas pelo Estado, de tal maneira que essas patologias sociais deturpam o sentido de mercado liberal, ou neo-liberal dos tempos modernos.
Todavia, o contexto em que consumidores e produtores se encontram para intercambiarem produtos, determina o preço e a quantidade de um certo produto, assim como em outros mercados, cuja integração é inevitável, e seu funcionamento está montado em uma estrutura de mercadologia ideal, ou como se pode dizer abstrata (MILLER: 1981; p. 237).
Este tipo de mercado está fundamentado em uma estrutura perfeitamente competitiva, que significa uma referência à natureza e extensão no comportamento dos elementos participativos, na busca de satisfação das necessidades humanas, quais sejam dos consumidores, e/ou produtores, que estão presentes em alguma sinergia especial de mercado (BILAS: 1975; pp. 197-198).
Esta situação é bastante delicada porque, ao longo da história, a analise mercadológica encontra-se em uma posição crítica, devido a analise tradicional da microeconomia da concorrência perfeita ser um caso ideal organizado pelos filósofos do século XVIII, conhecido como economia liberal (GOMES: 1977; p. 23-25).
Por outro lado, o processo de acumulação de capital fez surgir a competição imperfeita, e uma conotação de mercado que são os oligopólios, e a competição monopolística. Daí existir a grande questão de como se saber em que tipo de mercado se encontra determinado produto, ou grupo de produtos disponíveis ao consumo humano, ou social (MANSFIELD: 1978; p. 279).