QUE É FAZER CRÍTICA
BIBLIOTECA VIRTUAL de Derecho, Economía y Ciencias Sociales

 

ÉTICA E SOCIEDADE

Luiz Gonzaga de Sousa

 

 

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QUE É FAZER CRÍTICA?

As pessoas possuem uma noção errada do que seja crítica. Uns pensam que criticar é falar mal de alguém, ou de algum trabalho. Outros imaginam que fazer críticas é sempre se opor a alguma coisa, pelo fato de ser contra. Entretanto, existem muitas noções erradas do que seja crítica, ou simplesmente criticar, tendo em vista que se vulgarizou mal este termo. É, neste sentido, que se busca neste paper indicar a noção mais correta do que se entende por crítica, ou criticar, ao se ver que muitas pessoas desinformadas usam elegantemente esta palavra, crente de que está usando bem, no entanto, não sabem empregá-la. É importante que, quando se está usando um termo, a sua utilização seja primorosa, consciente, para que ela reflita, em verdade, o verdadeiro sentido da frase e do pensamento emitido.

Esta palavra “crítica” possui sentido, exclusivamente científico, porque diz respeito a um diálogo entre duas pessoas que conhecem bem um determinado assunto, cuja crítica de um, faz melhorar o trabalho do outro. Não obstante, sem essa cooperação, não existe o progresso. Todo trabalho científico passa pelo crivo da crítica, quando se quer avançar nos conhecimentos, e na criatividade, para melhorar o status quo de uma humanidade. Pois, é aí onde entra a crítica para indicar as falhas ocorridas, com vistas ao progresso. As críticas acontecem somente no mundo científico, tendo em vista o grau de consciência existente, no meio da intelectualidade que sabe, que precisa verificar a coerência de seu trabalho, e os progressos conseguidos com a sua arte de escrever.

A ciência só se desenvolve por causa da crítica, quando os companheiros do mesmo nível estiverem sempre participando dos trabalhos que foram executados pelos cientistas de todos os tempos, quer seja da Engenharia, da Medicina, da Economia, e de muitos outros segmentos do mundo da criação, e da inovação, que fazem parte dos avanços que o mundo intelectual tem dado. A crítica é uma contestação consciente dos fatos que estão sendo desenvolvidos. Porém, sem tal experiência e oposição, não se consegue enxergar os erros que facilmente se cometem, cujo sentido próprio do autor, não consegue captar tão prontamente. As coisas só avançam com as críticas que são os fundamentos necessários e suficientes do mundo científico, que necessita que alguém veja os erros para que saiba corrigi-los a tempo.

Não se pode trabalhar com o mundo científico sem a devida utilização da crítica, porque é pela crítica que se conhecem os erros, verem-se as falhas, e se tenta corrigi-los para que se tenham maiores compreensões sobre os assuntos que estão sendo pesquisados. Muitos auto-didatas, leitores de jornais, penetras de conversas de calçadão, não aceitam a crítica, irritando-se quando alguém questiona qualquer posição mal colocada, ou qualquer pensamento mal construído. Todavia, o comportamento de um cientista deve ser o da observação, do ouvir, e saber extrair a melhor posição para o progresso de todos. Sem o saber ouvir, o espírito observador passa por muito distante, portanto, sem condições de participação no mundo da ciência que é simplicidade, humildade, e consciência para com as informações que vão se agregando à intelectualidade.

A crítica não deve ser levada pelo lado pejorativo do caso, por exemplo: uma pessoa sem escrúpulos quer desmoralizar o trabalho, ou a atividade de alguém, inicia-se um processo de degradação dos pontos que não entende, dizendo-se fazer críticas, cuja verdade não procede. Este ato reveste-se de inveja, de ciúmes por não ter condições de praticar tal coisa, e chama-o de crítica que é uma palavra bonita, ou expressão nobre. É uma palavra da intelectualidade, isto é, de quem conhece bem determinado assunto e pode discutir tête-à-tête com quem a construiu. Sempre é bom não confundir um processo crítico, com quem quer esculachar um determinado trabalho, feito com muita investigação, e dedicação para levar à humanidade alguns conhecimentos para a compreensão da vida.

Costumeiramente se ver alguém dizer: fulano de tal é crítico, ele fala de Deus e do mundo, ele comenta impiedosamente sobre as pessoas, ele é um falador, pois bem, este fulano não é crítico. Ele é tudo isto que foi dito, menos crítico, porque criticar significa outra coisa. Seria importante que as pessoas colocassem as palavras nos seus devidos lugares, e não procurassem aplicar qualquer termo em qualquer lugar, tal como se faz no dia a dia dos desinformados, que não querem se apresentar como analfabetos, fazendo pior do que se os fossem. Ouve-se falar normalmente que não se deve criticar ninguém, que se têm que aceitar as coisas tais como elas são, ter a verdade com muita humildade, mas não se pode deixar que isto aconteça em detrimento do progresso da ciência, paralisando a história.

Não se pode deixar que os desinformados, ou até os informados que escrevem, ou proferem palestras possam colocar seus pontos de vista, e que todos os aceitem sem levantar suspeitas sobre tais colocações. Isto significa dizer, ouvir e calar tomando como verdade, aquilo que não se conhece, ou se conhece pouco. Nunca se deve aceitar as coisas como são, deve-se sempre procurar questioná-las, ou para entendê-las bem, ou para criar consciência sobre aquelas verdades, ou para senti-las com a segurança de quem está falando sobre aquele importante assunto. E é aí onde entra a crítica que é sempre salutar para compreender a realidade que cerca a humanidade que vive em um clima de verdades relativas que devem ser sempre questionadas para se tentar pelo menos, ter uma idéia da verdade absoluta, que é a verdade cósmica espiritual.

No mundo atual, onde os jornais e a televisão, bem como o rádio leva ao ouvinte, ou leitor, ou telespectador, as mais diversas mensagens que conseguem nos bastidores da vida, ao serem algumas verdadeiras, e outras denúncias, algumas outras totalmente sem sentido, é que devem ser investigadas detalhadamente. Não há como negar a eficiência da crítica que deve ser feita para se apurar bem os fatos, e se terem resultados verdadeiros, pelo menos na concepção de todos aqueles que não enxergam muito longe em sua frente, dado o seu nível intelectual. Se não existisse a crítica, o mundo seria eivado de fofocas, de leva e traz, de mexeriqueiros, ou quaisquer coisas desses tipos, e isto não é científico, nem tão pouco se pode levar a sério conversas de calçadão, de ponta de rua, ou de comadre conversadeira.

O mundo da ciência é um mundo de polêmicas, de dúvidas e de questionamentos sobre os assuntos que estão sobre polêmica, pois isto é bom, porque a verdade deve ser dita, ou descoberta hoje ou amanhã, tendo em vista que o fio do bigode de um homem como sinônimo de verdade é coisa do passado. Este refrão popular era bastante conhecido na convivência do povão, cuja moral era um ponto forte entre aqueles que faziam questão de andar dentro dos princípios da justiça, da retidão, e da seriedade como forma de cultivar o seu orgulho próprio. Dentro da ciência a antítese sempre existiu, as dúvidas sempre foram e são freqüentes, devido o caráter científico de tudo aquilo que aparece nos livros para ser verdades inconfundíveis, e aceitas por todos sem restrições.

Costumeiramente vê-se alguém desinformado dizer isto é científico, entretanto, sempre não suporta, quando alguém faz uma crítica a qualquer assunto que diz respeito a um tema que ele não gostaria que fosse criticado. Isto parece dogma que deve ser rejeitado por aqueles que pensam. A inteligência do ser humano é uma louvação da criação de DEUS, e foi legado como princípio, considerando que o homem deveria questionar todos os problemas que existe, já que no mundo, planeta terra, não existe a verdade verdadeira, ou absoluta. Ao acreditar que DEUS é um assunto axiomático, é algo que vem como fé, o ser humano deve ser crítico por natureza, devido ao seu raciocínio, tal como delineou DESCARTE (1637): cogito ergo sum, pois a liberdade de pensar do ser humano começa a aparecer quando se utiliza bem o princípio da crítica.

O cientista na expressão da palavra, não deve ter melindres, não deve ter vaidade de expor uma descoberta que é provisória, não deve ter orgulho de uma criatividade que não é de apenas uma pessoa, mas de muitos e muitos pensadores que questionaram e criticaram determinado assunto. O cientista critica com o objetivo de aprender, porque criticar significa observar, por em prática uma experiência, indicar o caminho menos não verdadeiro que um outro cientista está tomando, devido as suas inconseqüentes conclusões. Não dá para entender quando alguém diz que algo, que é uma verdade relativa, e não poder fazer crítica. Todavia, isto significa confissão de fé ao aceitá-la sem discussão, deve ser respeitado como ser humano que possui seu ponto de vista, e não quer que alguém lhe combata mesmo usando de seriedade.

Finalmente, tentou-se com este artigo proporcionar alguma orientação quanto ao real sentido do termo crítica, tendo em vista que, o seu emprego, não tem a devida conotação indicada pela ciência, que é o de questionar, sentir as dificuldades de alguém, e mostrar os caminhos corretos de solução. O pensamento desenvolvido neste trabalho foi levantado por leitura, observação da lógica, e algumas intuições reflexivas sobre como as pessoas empregam este termo, os discursos contra o termo em análise, e o sentido real desta palavra. Finalmente, o importante é que aquelas pessoas que trabalham com ciência, que pregam nos diversos grupos de religião possam compreender o que é criticar, e possam, a partir deste paper, utilizá-lo em seu sentido verdadeiro, de contribuição para a ciência de todos os tempos.

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