VIOLÊNCIA, NÃO
BIBLIOTECA VIRTUAL de Derecho, Economía y Ciencias Sociales

 

ÉTICA E SOCIEDADE

Luiz Gonzaga de Sousa

 

 

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VIOLÊNCIA, NÃO!

Chegou-se ao século XXI e, para tanto, o mundo trilhou as diversas idiossincrasias de todos os povos, desde os mais mansos, os neutros, e os mais bravos. Os séculos passados foram marcados pelas contendas de raças, em que nações buscaram expandir suas riquezas pelos saques e guerras nos mais longínquos pontos da terra. E o tempo passou. A própria formação do ser humano, quando na busca de sua própria sobrevivência, como foi o caso dos pithecantropus herectus, dos primatas, ou dos homens macacos que se encarregou da transformação. Em épocas primitivas, as lutas eram constantes entre os seres humanos e até mesmo entre os animais que inconscientemente procuravam a todo custo, manter-se na face do planeta, pois esta herança chegou até aos dias atuais e caminhará pelos séculos.

Por causa desta herança, o homem é levado aos instantes de fraqueza emocional, que muitas vezes culminam com os momentos terríveis de violência. A humanidade nunca se esqueceu das épocas de servidão em que os fracos estavam submetidos aos fortes. Da inesquecível fase histórica do escravagismo que violentou legalmente os frágeis seres humanos de tal fase evolutiva. E quando se fala em escravismo, chega-se de imediato ao retrato dos gladiadores da Roma antiga. Inegavelmente, foi a época mais cruel que a humanidade já passou. Entretanto, não se deve negar que essa época passou, mas continuam os escravos no imperialismo capitalista, e socialistas, do primeiro mundo moderno. Isto indica o nível de violência que já imperava naquela época, todavia, isto não justifica a sua permanência na atualidade.

A violência campeia, e se expande de maneira assustadora. A história relata cisudamente, as explosões em Hiroshima e Nagazaque. Foram momentos de apreensão, desespero e dor que marcaram aquela população violentada pela guerra que só maltrata os povos. Mas, quem pensa que aquele gesto não marcou a humanidade está enganado. A violência continua, não unicamente nas guerras, entretanto, existem outros instrumentos violentos utilizados pela humanidade para ver sofrendo seus filhos, que vivem sob a tensão dos distúrbios econômicos e políticos que o mundo atravessa na atualidade. Na economia, tem-se a violência que as recessões causam aos povos, e na política, a briga é pelo poder que causa mortes e mortes de grupos que lutam pela dominação em qualquer regime político.

E a violência continua. Ela se desperta em todos os lugares. Nas escolas, no lar, nas ruas e, em todos os recantos onde surgem os contrários, tais como: patrões e operários; ricos e pobres; homens e mulheres, e os a favor e os contra. Além destes, as discriminações raciais são um tipo de violência que aparece de maneira sempre fechada e algumas vezes abertas. Como exemplo, têm-se as discriminações raciais na África do Sul, nos Estados Unidos da América, e muitos outros países que possuem racismos abertos. Por outro lado, existem aqueles que são fechados, onde a violência talvez seja maior, tendo em vista que não aparecem, no entanto, de maneira sutil existem. Os negros são maltratados e banidos do convívio da sociedade que os adotou, no entanto, nada é feito para coibir tais atos.

Neste nível, a violência continua e indiscriminadamente. A prostituição configura-se como um dos pontos mais patentes de violência que a humanidade pratica desde o começo do mundo. A prostituição é uma violência maior em um sistema desigual que alicia a juventude feminina a buscar o prazer, em troca de algum dinheiro para a sobrevivência. E, neste antro de prostituição, os parceiros não as tratam como seres humanos, mas sim, como expurgos da sociedade que não servem para nada, no entanto, jogam-nas nos mais degradantes recantos de depravação e nogenteza. Mas, o que é a prostituição? É o resultado de uma sociedade injusta e violenta que abusa dos sonhos que a juventude alimenta, e que não consegue pôr em prática. E esse desejo de ganhar a vida, aflora-lhe de maneira decepcionante e frustradora.

Os meninos de rua. Este é um outro problema, em uma visão de curto prazo, difícil de solução. A prostituição, os meninos de rua, e a degradante pobreza, fazem parte de uma mesma engrenagem de violência que a sociedade convive e conviverá até muitos e muitos anos, nesta trajetória histórica. Tudo isto, são pedaços de um jogo político/econômico que tem desviado a sociedade para viver na eterna dualidade que se repudia, mas não se acaba. É neste processo de violência que surgem as favelas, os grupos de assaltantes, acima de tudo, os pedintes que vivem a esmolar de casa em casa. Isto é violência. E violência que só um trabalho de conscientização muito grande, é que, minorará esse status quo, todavia, sua erradicação só acontecerá ao longo de muitas e muitas décadas.

Assim tem-se caminhado a humanidade, sob os tropeços da violência. Hoje em dia, ela aumenta assustadoramente. As inchações nas cidades grandes, as incitações de agentes políticos, sobretudo, os crescimentos desmedidos das megalópolis modernas. O egocentrismo tomou conta da humanidade, criou as neuroses em cada ser humano que no trabalho e nas ruas, ao fim de uma atividade profissional, não suporta qualquer tipo de insinuação contra sua pessoa quando, em seguida, forma-se uma discussão, uma briga, às vezes com a morte. As tensões são grandes e se pode até dizer que isto já constitui o mal do século, porque tal mal, é criação sui generis da Revolução Industrial do século XVIII, que pôs a Inglaterra na frente de todos, como centro de neuróticos do mundo moderno e, aí, a violência é maior.

E o que se tem feito pela humanidade, que se encontra neste estado de choque neurótico? Vê-se que nada, em absoluto, tem se praticado para, pelo menos, minorar esta situação. As igrejas, principais agentes confortadores dos povos, têm buscado única e exclusivamente, desviar as mentes humanas, em uma espécie de teleguiamento, para satisfazerem as suas necessidades de porta-vozes do capitalismo monopolista. Campanhas e campanhas têm sido feitas, mas só servem como paliativos ou aceitação de fatos, como que DEUS resolvesse tudo, e o homem deveria aceitar de cabeça baixa. DEUS nunca pregou este tipo de coisa. Os sacerdotes participantes dos esquemas tradicionais e arcaicos, é que criaram esses princípios que apenas oficializam a violência.

É esse o mundo em que se vive. Não se pode mais andar nas ruas. Os roubos são constantes e isto é fruto de quem? Os roubos, em sua maioria, não constituem ato pensado sofisticadamente. São instintivos. É a necessidade urgente que deve ser suprida, e o único caminho mais rápido é o furto. O roubo é praticado em seu início, por crianças que o sistema imperialista conceitua de delinqüente, que se perpetua até sua morte. O próprio sistema se encarrega de aperfeiçoar esse instrumento que proporciona insegurança à população. Agora, um ponto é verdade. Quem é culpado com a formação dos roubos e furtos? Assim sendo, uma coisa é certa, a própria sociedade, na qual a população violentada vive é a única culpada por este tipo de violência que nada se tem feito para demoli-la.

No mundo atual, a megalomania tomou conta da população atacada pela violência, e é neste meio que surgem os seqüestros, tanto a níveis políticos como corriqueiramente se ver, e os a pessoas civis. Enquanto os seqüestros eram políticos, o nível de violência era suportável. Mas, agora que eles passaram a atingir a população civil, simplesmente pela ganância de conseguir altas fortunas, a coisa muda de figura e passa a ser o nível maior que a violência tem conseguido. Não se pode viver neste clima de insegurança. Não se pode continuar com a dualidade ricos e pobres da maneira como a que aí está. Ricos e pobres podem coexistir, contudo, sem a deplorável discriminação massacrante entre os seres humanos, porque mesmo marginal participa da irmandade universal.

E o que se deve fazer para eliminar a violência que impera no planeta terra? No curto prazo não há solução. Talvez no médio também. A questão é muito difícil, porém envolve um trabalho de conscientização muito grande entre os povos. Na hipótese de que a violência tem origem na ira, no ódio e no egoísmo, o primeiro passo a executar é demolir a exploração entre os homens e, em particular, entre os homens sobre as mulheres. O segundo é mostrar a necessidade de acabar com o egoísmo entre os seres humanos e, em especial, o espírito burguês, próprio do ser vivente no sistema explorador capitalista de Estado ou privado. E, finalmente, não responder a uma violência com outra violência, mas sim, com amor e compreensão, coisa que dificilmente vai acontecer neste mundo.

O importante é que a união de todas as associações de base é fundamental, com o objetivo de minorar este estado de violência que se vive na atualidade. Os sindicatos, as associações de bairro, as associações profissionais, as associações de conjuntos habitacionais, as associações particulares, as igrejas (particularmente), as escolas públicas e privadas, as universidades, e muitos outros órgãos que congregam comunidades devem se unir, com vistas a uma conscientização profunda em demanda para conseguir a paz mundial; entretanto, de uma vez por todas, os contras sumam da face da terra e realmente se concretizem os ideais de um paraíso que sempre se desejou ter aqui no mundo. Só a união dos povos é que congregará os irmãos, e se possa clamar bem alto: não, à violência! E paz aos homens de boa vontade.

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