O PERFIL DE UM LEADER
BIBLIOTECA VIRTUAL de Derecho, Economía y Ciencias Sociales

 

ECONOMIA, POLÍTICA E SOCIEDADE

Luiz Gonzaga de Sousa

 

 

Esta página muestra parte del texto pero sin formato.

Puede bajarse el libro completo en PDF comprimido ZIP (209 páginas, 736 kb) pulsando aquí

 

 

 

 

O PERFIL DE UM LEADER

 

            A missão do ser humano aqui na terra é muito diversa, pois de tudo se pratica dentro dos contactos do homem com o próprio homem. A missão mais importante e de excelso significado é a de liderar como Fez Jesus Cristo, Karl Marx, Buda, Brahma, Abraham Lincoln, Fidel Castro, Mao Tse Tung, Lech Walessa, e muitos e muitos outros que ficaram na história. Liderar é a arte de congregar ao redor de si as mais diferentes idéias em torno de uma só, a do leader. Não que imponha, mas que una todas, numa consensual. leader convoca e invoca todos ao seu lado e, a partir de então, tudo gira em seu redor, na mais completa harmonia política, fanática ou mística. A história relata muito bem a formação e a perpetuação de um leader .

            A formação de uma liderança muitas vezes começa na escola e ali mesmo morre. Outras vezes ela prolifera e se perpetua para sempre no seio de muitas gerações, pregando seus pensamentos e arrebatando multidões em busca de seus princípios cientificamente bem estruturados. Jesus Cristo, indubitavelmente, foi a maior liderança que pairou neste mundo. Há quase dois mil anos e suas palavras dirigem os destinos de milhares de milhões de habitantes do planeta terra e se perpetuarão até os fins dos séculos dos séculos. Karl MARX (1867) conseguiu reverter a história das ciências políticas e econômicas há cem anos. Muitos outros arrebatam multidões seguindo suas pregações de fé e de fidelidade. Uma liderança é uma iluminação divina, com poucos contemplados.

            Os escritos são as provas de que uma liderança vai se perpetuar para sempre no seio dos fanáticos, dos cientistas ou dos políticos. Alguns se perpetuaram na poesia, outros na política, outros nas pregações religiosas e alguns mais nas seitas fanáticas que proliferaram no mundo inteiro. A verdade, é que os leaders são poucos e iluminados na busca de um mundo melhor. É o incansável procurador das verdades que o mundo não lhe dá. E como buscá-las? Somente as forças de um povo mostrarão os caminhos para conseguí-las e assim fizeram as maiores lideranças que habitaram este mundo. Não pensem que só existem lideranças para o bem. Os protagonistas do mal têm os seus princípios e os cumprem fielmente, como Lampião, os guerrilheiros e muitos outros.

            No Brasil, houve grandes lideranças, tanto no mundo da literatura como da economia e da política. Na literatura, figuras ilustres participaram do acervo bibliográfico da história nacional, tal como Gilberto Freire, Jorge Amado, Humberto de Campos, Castro Alves, Carlos Drummond de Andrade e muitos outros escritores famosos. Na política, grandes oradores arrastaram multidões, como Alcides Carneiro, Miguel Arraes, Leonel Brizola e Getúlio Vargas. Entretanto, na economia, nomes brilhantes estão na galeria de famosos homens da arte de administrar a coisa pública como Celso Furtado, Eugênio Gudin, Mário Henrique Simonsen, Roberto Campos, Conceição Tavares, Delfim Neto e uma lista farta de pessoas ilustres no campo da ciência econômica.

            Essas pessoas fizeram e fazem a história do Brasil de hoje e do amanhã, com seus trabalhos que merecem destaques no acervo intelectual de homens que lideram posições e defedem pontos de vista que foram aceitos pela classe pensante da época. Ainda mais, a Paraíba lançou ao mundo uma plêiade de grandes leaders que nunca se apagarão das páginas da história do Estado da Paraíba, tais como José Lins do Rêgo, José Américo de Almeida, Augusto dos Anjos, Pedro Américo, Argemiro de Figuerêdo e finalmente, alguns da juventude cotidiana que vem despontando, não só como leaders, mas como um mito na história daqueles que arrastaram multidões, na eloquência de seus discursos e na beleza de suas poesias à Castro Alves e Augusto dos Anjos dos Anjos.

            Fala-se de Ronaldo José da Cunha Lima. Ele nasceu em Guarabira, cidade muito próxima da capital do Estado da Paraíba. Desde pequeno já exercia um alto poder de liderar seus colegas nas escolas primárias que frequentou. Contudo, seu maior desempenho de leader foi nos movimentos estudantis no Colégio Estadual da Prata quando fazia seus estudos secundaristas. Nesta época, Ronaldo já desenvolvia seus discursos inflamados e congregando ao seu redor grande multidão de adeptos aos seus estilos românticos de conversar com seu semelhante. Filho de Demóstenes Cunha Lima e Nenzinha Cunha Lima, Ronaldo nunca escondeu o seu amor por seus genitores que lhe deram a vida e purificaram a alma de gratidão, de fraternidade e de calma.

            Como romântico, Ronaldo sempre procurou enfeitiçar os amantes da arte literária na poesia. Neste tempo de colegial, os encontros poéticos foram o seu "hobby" e o linguajar afinado em cantar o amor e decifrar a natureza constituíram os bate-papos de quem sonha. Já nesta época, Ronaldo era o porta-voz de seu coração com os cantos e encantos que seus adeptos armazenavam. Era a rapidez de seu raciocínio que brincava com as palavras que só um artista da literatura podia jogar. Foi neste momento que despontou o poeta, o leaders, congregando ao seu lado toda uma juventude que lia os clássicos das letras e discutia o aprimoramento de um intelecto superdotado de poucos privilegiados que canta os sonhos e penetra no infinito do transcendental.

            Ronaldo sacudiu a Paraíba na literatura e assegurou a sua vereança na política, pois era sua gente que exigia de seu novo leader, e isto aconteceu em 1959, quando foi eleito pela primeira vez, numa consagração de seu poder de falar a linguagem do povo. Estava consolidado o novo leaders, quando foi Deputado Estadual por duas legislaturas, quer dizer, em 1962, com reeleição em 1966, sem muito esforço. Ronaldo já era mito que seu povo consagrava, até que em 1967 consegue sacudir Campina Grande com sua mensagem política e poética nas praças públicas, duelando com violeiros afamados do Nordeste e até mesmo com o famoso cantor folclórico do Rio Grande do Sul, Teixeirinha. Foi o delírio que o seu povo nunca esqueceu e ainda hoje perdura.

            Na campanha para Prefeito de Campina Grande, em 1968, Ronaldo foi eleito, mas só assumiu por poucos dias. Foi o dedo de um ganancioso quem lhe arrebatou seu mandato e Ronaldo foi cassado e deposto como comunista para honra e glória de sua poesia. No exílio, Ronaldo brilhou muito mais. Trabalhou como advogado e brilhou também. Participou de um programa de televisão, respondendo sobre Augusto dos Anjos, chegou ao seu ápice, pois, foi o "Céu é o Limite" de J. Silvestre em 1970, quem deslimitou o céu e lhe abriu o espaço sideral para a glória de um mito que a Paraíba jamais conheceu. Não era Ronaldo, o Prefeito, mas, nascia o mais perfeito poeta conhecedor de Augusto dos Anjos e de si próprio como poeta e intelectual da literatura.

            O tempo passou e, em 1982, o povo delirou com a volta de Ronaldo José da Cunha Lima às fileiras da política do MDB, quando facilmente foi eleito, contra tudo e contra todos os potentosos homens do poder que queriam lhe arrastar sua popularidade de maior leader municipal. Foi eleito. Trabalha incansavelmente pelo município. Todavia, seu maior sonho seria governar o Estado da Paraíba, quando por falta de estrutura não conseguiu ser indicado pelo partido para ser seu candidato. Já pensa nas eleições de 1990, não vai ser muito diferente das eleições passadas, pois a participação do Prefeito Ronaldo da Cunha Lima no Diretório Regional do PMDB ainda é mínima, sem perspectivas de melhorar, tendo em vista que este trabalho é longo, lento e o poeta ainda não começou.

            Ronaldo é um mito. Por mais defeitos que tenha, consegue suplantar com a sua popularidade e poder de invocação carismática. Entretanto, o que se passa com a política é bem diferente. O fanatismo popular não se conta, para as decisões de cúpula diretoriana. O povo não pesa na escolha interna do partido, na busca de escolher qual será o candidato para qualquer pleito. O que realmente conta são as armações políticas. É ter votos no Diretório dentro de um esquema bem montado, estudado e seguro. Sem esta participação no Diretório, nenhum pretendente sairá candidato, porque, do jeito que se deve ter voto no meio popular, é necessário também saber armar esquema para assegurar uma participação nas fileiras da estrutura maior do partido.

            Ronaldo é mais do que um mito. É um semi-deus dos paraibanos. É um homem carismático. Ninguém consegue ter raiva do homem, do semi-deus. No entanto, dentro das hostes políticas, Ronaldo não pode esperar por voto de povo, sem a devida liderança no partido. Deve esquecer desse populismo e partir para armar esquema nas fileiras de um partido. O povo o tem como um ídolo e Ronaldo quer corresponder a esta situação. Por isto, é preciso criar estratégias políticas. Cercar-se de lideranças e criar situações com um trabalho fecundo por este povo que tanto o quer como seu leader maior. Ronaldo hoje é um Frei Damião da Paraíba. É um Antonio Conselheiro do Estado. E é um homem que tem um poder indecifrável de arrebatar ao seu redor o povo paraibano de todas as idades. Por isso, Ronaldo é um ídolo ou um leaders?

Grupo EUMEDNET de la Universidad de Málaga Mensajes cristianos

Venta, Reparación y Liberación de Teléfonos Móviles