Partido do Movimento Democrático Brasileiro
BIBLIOTECA VIRTUAL de Derecho, Economía y Ciencias Sociales

 

ECONOMIA, POLÍTICA E SOCIEDADE

Luiz Gonzaga de Sousa

 

 

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POLÍTICA & PODER

 

            O Partido do Movimento Democrático Brasileiro - PMDB sempre tem levantado as bandeiras mais conseqüentes na luta pela democracia e isto lhe custou muito esforço, persistência e perseverança. Conseguiram-se muitas vitórias e espaços. Mas não se deve esquecer que o pouco que se conseguiu, foi sob torturas, terrorismos e, sobretudo, muito sangue e sofrimentos. Quem não se lembra dos quebra-quebras de 1962-63 e 64 contra a ditadura americana no território brasileiro? Quem não se lembra das grandes passeatas contra as multinacionais que se apoderavam da economia doméstica? E quem não se lembra dos desaparecimentos dos companheiros que lideravam as oposições em busca de um país independente do imperialismo internacional?

            Tudo isto que se presenciou em 1962-63 e 64, foi sempre o PMDB que esteve à frente. Não se esqueça que os mobilizadores desta batalha foram do PMDB. Daí, conseguiu-se a abertura política que se tem hoje. E isto foi com as lutas pela anistia aos presos políticos, o abrandamento da Lei de Segurança Nacional, o sepultamento do Colégio Eleitoral, as lutas pelas diretas já, a volta da atuação livre dos sindicatos dos trabalhadores, o recuo de algumas medidas que viriam de encontro aos interesses do povo brasileiro e, acima de tudo, a convocação da Assembléia Nacional Constituinte, mesmo com os transtornos que ela atravessa para proporcionar bons princípios aos seus filhos. O importante é que se avançou, e se avançou o bastante para repelir as atrocidades que o próprio PMDB hoje em dia pratica.

            Quando da derrota de Maluf, subiu ao poder a Aliança Democrática com Tancredo Neves e José Sarney. Tancredo morreu, Sarney assumiu e assumiu se dizendo peemdebista, quando na verdade, a sua camisa de pedesista nunca foi tirada e arquivada. Vieram as crises e se intensificaram, mas a culpa nunca ficou com o outro lado da Aliança Democrática, somente o PMDB é que assumiu sempre os graves problemas que o país enfrenta. É preciso mudar essa imagem e partir para assumir a verdadeira face partidária. O PMDB é luta, pois não se vai abdicar de tantos anos de dedicação e labuta pelo malfadado retrato de um partido que, derrotado, quer acabar de uma vez por todas com a fortaleza imbatível de um partido que mudou o pensamento do país e restabeleceu a democracia.

            Com as lutas nacionais, o PMDB da Paraíba participou acirradamente das conquistas empreendidas pelos companheiros de toda a frente de oposição que se formou neste país. Mas, lastimavelmente, as lideranças do partido firmaram pacto com o PDS e PFL, quando das eleições para Prefeito de João Pessoa, tentando continuar a Aliança Democrática no estado. E o partido continua desrespeitando seus princípios, coligando-se com quem não deve, em busca, não se sabe do quê. O PMDB é um partido autêntico que não precisa demandar lideranças fascistas de qualquer outro partido, para assumirem os cargos majoritários, pois os companheiros partidários são suficientemente preparados para congregar em torno de si os mais importantes leaders de base, das fileiras do partido.

            A partir das eleições para Prefeito da Capital do Estado, o PMDB tem demonstrado sua fragilidade, sua incapacidade de liderar as mentes mais conseqüentes da Paraíba. Além disto, a campanha para governador do Estado, que teria como candidato natural o Senador Humberto Lucena, foi simplesmente pressionada pela oligarquia latifundiária, para uma abdicação sumária de sua posição de ser o governador dos paraibanos, em favor do então Deputado Federal Tarcísio de Miranda Burity. Essa foi mais uma queda que passou o PMDB, sem se ouvirem as bases do partido, que só servem para fazer pichações, entregar panfletos e gritar viva nos pés dos palanques em tempos de comícios de campanha.

            O PMDB elegeu para o governo do Estado da Paraíba, esse senhor que de tão boa vontade queria desenvolver o Estado, e este partido desejava ver seus leaders na esfera governamental para fazerem as suas mudanças tão proclamadas pelo partido, mas isto não aconteceu. O Governador usou sua mesma política de alguns anos atras quando fora governador pelo PDS. Os cargos chave do estado ficaram com irmãos, parentes próximos e amigos que o sucedera depois de 1990, inclusive pedesistas e pefelistas que lutaram ferozmente contra os candidatos do PMDB. Com isto, deixam-se frustradas as pretensões do partido em implementar sua política sincera de democratização e de apoio a todos os setores da economia do estado, na certeza de que só idéias avançadas podem tirar a Paraíba de tal nível de pobreza em que está montada.

            Hoje o PMDB não é aquele das convocações das praças públicas. Chegou lá e não teve condições de assumir suas pretensões tão sonhadas pelas suas lideranças estaduais. Não é verdade que as veredas que as Autoridades do estado trilham, são caminhos traçados pelo PMDB. O PMDB é o poder que não assumiu, pois de todos os problemas que os governos estadual e federal praticam é o PMDB o culpado, e isto não se deve aceitar. O PMDB que se conhece é aquele que enfrentava tudo e todos na busca da democracia, coisa que não acontece nos dias atuais, tendo em vista que se trouxe o governador Tarcísio Burity para o partido, na esperança de se ter um lutador leal e sincero, depara-se com sua drástica opinião de fundar um novo partido para lhe dar sustentáculo, e na verdade, fortalece o Partido Liberal para o abrigar no futuro próximo.

            Não se deve aceitar essa idéia de continuar com a famigerada Aliança Democrática. Agora coligação não. Não mais com o PFL e PDS, mas sim com o PL, os mesmos fascistas, oportunistas e truculentos políticos de duas faces. O PMDB não deverá aceitar qualquer tipo de coligação que venha de encontro aos seus princípios. Aceita-se, sim, um PMDB Harmônico e participativo, onde se tenham os cargos pertencentes ao partido que ganhou as eleições de 15 de novembro de 1986 com a maioria que se obteve, e não se viva subjugado a perdedores que querem dar a volta por cima, solapando as ocasiões que se tem de estruturar as atividades econômicas, políticas e sociais, que tanto os paraibanos necessitam. Não deve perseguir ninguém, mas tratá-lo simplesmente como cidadão comum, dentro da situação política da atualidade.

            O que se pretende no contexto atual é uma auto-afirmação do partido, frente aos problemas políticos que o estado e, especialmente o compartimento da Borborema, enfrentam. Sabe-se que no próximo ano, acontecerá a campanha para as prefeituras municipais e, pelo que se tem visto, não existe um perfil traçado pelas candidaturas que irão disputar. O PMDB tem nomes de muitos anos de luta, e de repente, vê-se surgirem outros que nunca pensaram em participar de agremiações políticas, nem tão pouco de partidos políticos. E que PMDB é esse que muito se esforça, mas na hora de se levantarem as bandeiras do partido, em nome de companheiros das hostes da agremiação, buscam-se candidatos avulsos e despreparados para a vida política, não só de hoje, mas do amanhã?

            Não se vê neste momento pichar nomes de A ou de B, mas seriamente meditar que o PMDB é um partido consolidado, e seus filhos ilustres devem assumir as reais bandeiras que sempre pregaram, e inclusive serem pichados como foram, por alguns que, fora da fileiras do partido, cognominavam-nos de comunistas, anarquistas, subversivos e muitos outros apelidos de desagravo que sempre tiveram, e não é agora que se vai entregar a qualquer aventureiro, os destinos dos municípios paraibanos, simplesmente porque têm alguma fortuna. O que faz uma liderança não são recursos financeiros mas, sim, vocação político/partidária. Foi-se o tempo do coronelismo mandatário. O PMDB lutou, sofreu, conseguiu e agora é a vez de quem tem proposta e perfil. O PMDB não é poder, mas poderá sê-lo e isto depende de todos unidos pela causa comum, a luta pela democracia.

            Pois bem. Dentro dos princípios do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, de luta, de participação e de mobilização, vai-se exigir que o partido atue, e atue sem a intromissão de forças exógenas nesta agremiação, tal como o Partido Liberal do Governador Tarcísio Burity. Precisa-se atuar com as bases que tanto deram suporte ás agremiações. Necessita-se sim, do PMDB Jovem, dos sindicatos, das Associações de Base e de Bairro, do Movimentos de Emancipação da Mulher, dos Movimentos de Apoio ao Menor Abandonado, dos Comitês do Partido espalhados por todo o estado e finalmente, de todo o povo paraibano, na busca de soluções aos problemas que o estado enfrenta. O PMDB do Compartimento da Borborema não aceita ditadura de grupos oligárquicos. Ele quer que o Senhor Governador, seja um leader do Partido e não um Senhor emprestado de outra agremiação a serviço do PMDB de vanguarda e tradições democráticas.

            Portanto, esse é o momento para assumir-se uma postura de Partido que sempre foi um grande batalhador pelas reformas que o estado tanto almejou e ainda hoje não alcançou. Luta-se contra a formação do Partido Liberal sob a presidência e organização do Governador Tarcísio Burity. Luta-se pelo PMDB no poder. E, luta-se acima de tudo, para que o PMDB realmente assuma os cargos que são de exclusividade do Partido. Expulsem-se os intrusos oportunistas que só querem se manter no poder e não por em prática os ideais que tanto se defendem e que não se pode mostrar o porque das intransigências. O PMDB é Partido de idealistas e não de grupilhos que ficam de galho em galho na busca de manter seu status quo.

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