FÉ E RAZÃO
BIBLIOTECA VIRTUAL de Derecho, Economía y Ciencias Sociales

 

DEBATE E DISCUSSÖES

Luiz Gonzaga de Sousa

 

 

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FÉ E RAZÃO

Um dos pensamentos religiosos mais polêmicos é a fé, que foi levado pelo lado místico da religião, que muitas pessoas acreditam ser a crença em algo do além, aquilo que se imagina e não pode provar, dentro do crivo da razão, da lógica, da coerência, e de uma reflexão retilínea, como fazem os cientistas da modernidade, que só acreditam naquilo que podem provar com os instrumentos da matéria. Por outro lado, a razão obviamente se conhece pelo saber inteligível, por quem inicia um pensamento, com começo, meio e fim, ao obedecer a uma lógica indescritível, cujo resultado é sempre coerente, inquestionável e sensibilizador, dentro dos conhecimentos que foram levantados na explicação de determinado assunto, que está sendo investigado no momento. Frente a estas dificuldades, é que se pretende investigar as relações que existem entre fé e razão; como é que as pessoas de hoje, século XX, enxergam estes termos; e, será que se entendem os seus verdadeiros significados diante tão grande acervo bibliográfico, e pensamentos que cercam a humanidade que está mais consciente das verdades mais aproximativas.

A fé, é um conceito que é muito utilizado na Bíblia, atribuindo sua prática a JESUS, nas suas prédicas pelos diversos lugares por onde passava, pregando a obediência, o amor ao próximo, como forma de conseguir o reino celestial, pois segundo seus sucessores, Ele dizia que a fé seria a salvação de todos, como que pelo simples fato de crer (aceitar), conseguir-se-ia a pureza infinita de um reino celestial. Na Bíblia tem-se sobre a fé o caso do cego, quando JESUS teria dito

vai, a tua fé te salvou (Marcos); Ó mulher, grande é a tua fé! Faças como desejas (Mateus); E tudo quanto pedirdes com fé, na oração, recebê-lo-eis (Mateus); ao acalmar águas ao dizer: Não tendes fé? (Marcos); quanto ao centurião que O seguia Eu vos digo: Nem em Israel encontrei tão grande fé (Lucas); o caso da pecadora, Salvou-te a tua fé (Lucas).

Estas frases relatam que JESUS as proferia, porém, sem um conceito preciso de qual seria o seu verdadeiro sentido, diante da linguagem popular, tendo em vista que seus seguidores não souberam seu significado, e tomavam-no como sendo, acreditar em algo que não se explica, pensamento extra sensorial, atribuível à divindade.

Sem dúvida alguma, a fé tem relação direta com um processo de introspecção, que vai buscar em seu interior mais profundo o que, na verdade, a pessoa significa para a vida, ao encontrar-se com o seu próprio eu mais puro; daí, dizer-se que este alguém se deparou com o seu Deus, no caso de salientar tudo de bom que esta Criação tem de si para todos, em uma mensagem, ou em uma ação, para com o próximo, e tudo que o cerca. Nesse acreditar tão fervoroso que a pessoa se submete, parece tão fortemente que, por sua livre e espontânea vontade chega-se ao seu lado bom e puro, fazendo com que aconteçam coisas que dificilmente aconteceriam em sua situação normal de aprendizado, em sua vida de encarnado, cujo conhecimento é um pingo d’água no oceano, ao acúmulo secular que se agrega à sabedoria. Na verdade, essa crença tão forte muitas vezes faz curar doenças incuráveis, dado o seu desprendimento da materialidade, chegando a um ponto que ele fisicamente desconhece, entretanto, o subconsciente acusa que é de seu próprio eu que dormita na inconsciência de quem não possui o poder de se ver no ontem, e poder enxergar no seu amanhã, toda aquela orientação necessária para sentir vontade de auto descobrir-se.

Muitas pessoas dizem: acredito (tenho fé) em Deus, e isto acontece! Que dizer conseguir um emprego, receber um dinheiro de alguém que lhe deve, comprar uma casa, arrumar um casamento, receber qualquer dádiva, cujo poder pessoal seria impossível de conseguir tal intento, a isto eles dizem que foi Deus que lhe proporcionou tal ganho ou prazer que ele sozinho não conseguiria com seu poder de persuasão natural. Ora, o que foi que aconteceu neste processo que se atribui a uma fé; como se esse fato acontecesse por milagre que não existe em sua essência, pois, primeiramente foi a busca de seu interior mais profundo, e depois, vinculou-se a algum espírito bom e amigo que estava vibrando naquela sintonia que, ao ver seu petitório, compadeceu-se, e a obra executou-se para o bem do pedinte. A fé metafísica como se pensa não existe. Acreditar no que não existe não leva a nada, e não traz nenhuma vantagem para ninguém, algumas vezes até embaraça a mente de quem pensa desta maneira confusa, ao trazer problemas de neuroses, depressão e até mesmo revolta contra um Deus que a pessoa pensava conseguir a ajuda que estava necessitando e não conseguiu como fomentava em seus desejos impulsivos.

A fé também exerce efeito sobre o corpo físico, quando algumas pessoas têm problemas ou enfermidades incuráveis ou difíceis de curar, cujo pensamento conduzido por uma meditação bem feita, em que a mente está direcionada para a vontade de obtenção de tal mérito, somente o bem é a sua tônica do dia, o resultado esperado chega, e é positivo, para os incrédulos pensarem em milagre ou doação de Deus aos seus seguidores. No entanto, se a mente está preenchida de ódio, de raiva e blasfêmia, a enfermidade cada vez mais aumenta, pois dificilmente se conseguirá a cura tão esperada por quem está em estado terminal ou muito próximo deste estágio, que, diga-se de passagem, desesperador, cuja condenação impreterivelmente chega para levar ao outro estágio da caminhada. O desespero acontece com quem em primeiro lugar ainda está na fase infantil dos conhecimentos da eternidade; em seguindo, por quem já cresceu e encaminhou seu aprendizado à vaidade, cobiça, inveja, ganância, transformando a mente em ódio, raiva, e todo tipo de inferioridade, e maledicência que adquire no confronto matéria versus espírito.

Tudo que atribuem a JESUS, segundo seus mensageiros, é verdade, ao considerar que, Ele nunca mandou ninguém acreditar, ou ter fé no além, no inexistente, em um futuro imprevisível, mas inclinou seus ensinamentos para o conhece-te a ti mesmo, em buscar em teu interior a causa de tudo que ti cerca, e não existirá dor, nem tão pouco ranger de dentes, mas a convicção plena de que és Deus e podes fazer mais do que Ele. A fé está justamente aí nesta simples frase, de conteúdo inquantificável pelos meios disponíveis ao ser humano, pela falta de sabedoria que todos prescindem, frente á realidade cósmico-universal do pensamento espiritual da consciência divina, que não causa medo, nem tão pouco força, a que se siga intransigentemente a sua realidade. A fé é sabedoria universal que todos adquirem no perpassar dos tempos, considerando-se a palingênese secular que todos estão submetidos pela obra da criação, que criou a tudo com tanto amor, perfeição, e doou à humanidade para que viva feliz, na prática de um dia a dia cheio de paz e encanto, tomando tudo como aprendizado à aquisição de sua liberdade.

Já quanto à razão, idealiza-se algo totalmente diferente da fé, considerando-se que, imagina-se a fé como o aceitar algo de maneira axiomática, e muitos têm feito tal coisa, sem entender como se processa no complexo da dinâmica da criação divina, que todos devem saber como funciona a engrenagem de tudo que foi criado, todavia, não se consegue entendê-la num passe de mágica sem o mínimo de esforço pelo inquiridor. No entanto, a razão é algo pensado, medido e simulado em verificação, como acontece com os cientistas que buscam a verdade, analisando o ponto de vista dos participantes de sua amostra, procurando dar homogeneidade ao raciocínio, dentro de um contexto aceito por todos que meditaram tal questão, ao chegar a um posicionamento que não pode ser rejeitado. Neste sentido, não se pode aceitar tudo que chegar à mente de qualquer pensador como verdade, sem primeiro passar pelo crivo da lógica, da coerência, e de uma simulação que testifique que aquela idéia tem fundamento; no entanto, todos devem aceitá-la como confiável, porque passa por todas investigações críticas de quem faz ciência, pois, não se deve levar pela mentira de um pensamento ilógico, e contraditório.

A razão está em todos os sentidos de quem vive dentro de um princípio de seriedade, de busca constante pelas verdades a cada instante desta lida, não somente dentro da ciência, mas pelo prima em conhecer o verdadeiro sentido da vida, nem que tenha que ir ao encontro do transcendental, mas que tenha lógica, cujo raciocínio seja coerente para conclusões fidedignas de verdades às mais reais possíveis. Sem dúvida, a razão tem suas falhas, ao considerar que se pode partir de premissas falsas, como é comum em uma sociedade que ainda está distante do sentido real da vida, cuja verdade ainda é dos conhecimentos que cercam o lado positivo da materialidade, esquecendo-se que a palingênese é uma realidade incontestável por quem já enxerga bem além dos seus sentidos. Esse raciocínio tem acompanhado a ciência por muitos séculos, cujo tempo descobriu que a verdade pura ainda está por descobrir, devido a complexidade da evolução dos mundos, e as diferenças existentes entre todos os sobreviventes do planeta, mesmo os desencarnados, que precisam se descobrir, para caminhar e conseguir a luz eterna para iluminação de seu próprio eu, e todos que o seguem.

Para melhor caracterizar o que se entende por razão, faz-se necessário algum conhecimento adicional para proporcionar uma maior intimidade com o que se entende pela utilização da razão no seu sentido mais correto, e não se fazer apologia nem a uma fé misteriosa, nem tão pouco ao princípio do raciocínio e da lógica, como explica F. H. H:

A razão não é só uma das faculdades do ser humano que ajudam a compreender o porque das coisas, senão que há de ser uma atitude interior de como enfocar a vida, ao dizer, que razão e raciocínio devem caminhar unidas. A razão não é uma situação limite onde apenas se têm duas opções, ter a razão ou deixar de tê-la, senão que é algo muito mais amplo como que há de fazer entender o que é justo, do que não o é. Chegar a ser uma pessoa razoável, é algo que aglutina diferentes aspectos na personalidade, como por exemplo é o não se deixar levar pelas aparências, saber chegar ao fundo das questões, considerar mais que os fatos as intenções, ser paciente para poder observar e estudar as questões em toda sua amplitude e sobretudo está imbuído de um sentimento de compreensão e de estimação das pessoas .

Assim, é que deve processar a razão, frente à fé que as pessoas exercem de forma descontrolada, todavia, a razão deve ser considerada pelo prisma de uma discussão racional, ao demandar uma coerência real quanto aos seus resultados que devem ser positivos.

Entretanto, na multiplicidade dos conhecimentos seculares, a mente humana se impregna dos mais diversos tipos de aprendizados, e experiências das mais díspares possíveis, que formula pensamentos falsos querendo chegar a conclusões verdadeiras, cuja formulação não passou pelo crivo da verificação de que a primeira premissa seria falsa, não chegando a um veredicto de coisas certas, e incontestes. A preocupação em busca da verdade é que preocupa a todos que almejam compreender a vida em todos os sentidos, quanto a ciência em si mesma, e quanto a filosofia que busca conhecer o transcendental, não do lado místico, mas com provas verdadeiras, de acordo com a metodologia na compreensão da aceitação ou não daquele fato. De acordo com a filosofia, pode-se partir de uma acepção falsa e chegar a uma conclusão verdadeira, ou vice-versa, ou então de uma verdadeira chegar para uma outra verdadeira, que é o que se espera normalmente da observação de um mundo tão complexo, e de transmissão de conhecimentos errados de um século a outro, de pessoa a pessoa sem nenhuma validade para o mundo real.

O apego à verdade é tão grande que as pessoas confundem a razão com auto-suficiência, com orgulho, com vaidade, com diletantismo, e uma série de sinônimos que, ao invés de elucidar tal questionamento, muitas vezes obscurece, não proporcionando condições de enxergar um pouco além de seus parcos conhecimentos que culminariam com a verdade, que é a busca de tudo que almejam conhecer na vida. O cientificismo em excesso, cega, ao indicar que a sua verdade se resume a números, ou algum método seco que não abre o raciocínio para uma visão mais extensa quanto ao perceber que o universo é maior do que se pensa, entretanto a amostra, se por acaso quiser tomar como representatividade, não se teria uma verdade contemplativa no sentido da própria ciência. Desde quando se têm notícias de que o homem usa a razão, quanto a tudo que o cerca, sacrificou-se na busca de compreender tudo que a natureza proporciona aos seus filhos, como o calor, o sol, a água, a terra, para onde se vai depois da morte, de onde se vem quando o nascer, seu porque e quem criou tudo isto de maneira tão eficiente, cujo homem não compreende.

A razão faz parte do processo evolutivo da humanidade que a cada instante se aprende um pouco, freqüentemente com os erros que são persistentes, cujas pessoas não percebem que o erro é o maior aprendizado que todos têm, até de maneira inconsciente, pois somente o subconsciente é quem recebe as informações, e lentamente vai liberando para mostrar a fulano que ele errou, ou mesmo aquilo não dá certo, e não dá. Quando isto acontece, normalmente chamam de raciocínio, de pensamento que os neurônios misturam as informações, chegando a conclusão de que isso aqui dá certo, ou não dá certo, quando a voz da experiência secular mostrou que a verdade que ele buscava, já estava armazenada no seu acúmulo de conhecimentos que não se explica numa só vida. Quem pensar um pouquinho mais sobre a vida, vai dá de cara com uma só, isto é, viver quarenta ou sessenta anos, pois não há condições de armazenar tantos conhecimentos, como se observa em grandes intelectuais e cientistas que se enveredaram pela sistematização do saber comprovado, bem como de fanáticos que não estudaram, mas acham que sabem tudo que não se explica.

Frente a isto, não se pode dizer que a fé é algo transcendental, ao ter que acreditar no inexistente, como uma criação mental de mentes prodigiosas, que se pensa criar do nada, algo que está na fantasia de alguém, no entanto, existe ponto que a mente humana ainda não justificou o por que da inventividade de alguém de maneira inexplicável, cuja ciência formal não proporciona justificativa plausível sobre tal fato. O que acontece é o mesmo com a ciência que muitos enaltecem tanto, sem entender os seus limites e os seus alcances que muitas vezes prejudicam um raciocínio criativo, inovador e que, na verdade, indica o verdadeiro caminho que todos devem seguir, cuja ciência muitas vezes tolhe as descobertas à visão material daqueles que só enxergam com os sentidos da matéria. A explicação para tudo isto é fácil de perceber, é a incredulidade de muitos em seu poder de ver distante, e a falta de entendimento da teoria da palingênese que os cientistas não querem saber que é uma realidade, todavia, os exemplos são constantes, e não refutam uma verdade que não é mística, nem tão pouco religiosa, no sentido pejorativo.

Finalmente, a fé é a consciência de vidas pretéritas, cujo acúmulo de conhecimentos vai aos poucos se abrindo ao seu proprietário, como algo que já sabe com firmeza, e não precisa da ciência quantitativa, experimentarista, para mostrar que tal coisa existe, ou tal fato acontece dessa ou daquela maneira, pois a sua verdade já conhece e que pode por em prática, como fazem os místicos que muitas vezes são analfabetos. Ao se combinar a razão sem métrica, com a fé que é uma sabedoria que ninguém sabe de onde vem, porém, que contribui para elucidar muitos fatos que a metodologia científica não conseguiu explicação com tanta clareza e simplicidade, que não precisa de sofisticação intelectual para mostrar que as coisas acontecem dessa ou daquela maneira. Em resumo, a fé é uma consciência acumulada, e a razão é a utilização da mente dentro dos princípios de justificativa e comprovação de uma realidade que os cientistas tentam compreender somente com os conhecimentos de uma atualidade, que não dá suporte para sentir a grandiosidade de Deus ou do Criador de tudo que existe para usufruto de todos.

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