ANALOGIA ENTRE MARX E JESUS
BIBLIOTECA VIRTUAL de Derecho, Economía y Ciencias Sociales

 

DEBATE E DISCUSSÖES

Luiz Gonzaga de Sousa

 

 

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ANALOGIA ENTRE MARX E JESUS

Muitos vultos tiveram sua participação na história de forma inconfundível, uns com requinte de maldade, e outros de extrema bondade; quanto aos de maldades a humanidade tem rejeitado e expulsado de seu meio, e no que respeita aos de bondade, dependendo da maneira como estão cultuados, são venerados, idolatrados, até usados como símbolo de proteção pelo poder e à fé transcendental, coisa que às vezes ajuda, outras prejudica. Com este preâmbulo, objetiva-se neste pequeno artigo comentar um pouco sobre a vida de dois personagens de grande importância para a geração de alguns povos; claro, colocando sobre o lado positivo, ou que serve de orientação para um direcionamento da humanidade, como foram, ou são MARX e JESUS, resguardadas as suas devidas proporções. No que concerne a MARX (1867), sem dúvida ele teve sua atuação na orientação da humanidade depois do século XIX, cuja sua vida foi sob perseguição, de sofrimento e ostracismo, devido sua posição de conscientizador de intelectuais, e dos trabalhadores; porém JESUS (33 d. C.), também passou pelo mesmo processo, só que a história somente coloca o seu lado angelical, de pureza, e aí se diferencia de MARX, o agitador popular.

O cientista social, e político MARX (1818-83) possui duas faces que têm fundamental importância no pensamento da humanidade, isto quanto a uma fomentação às guerras, em empunhar armas, ao aumentar o ódio contra o seu irmão; pari passu com o seu lado de maior significado para a evolução dos povos, está a de conscientização, em busca de sua sabedoria, e na descoberta de seu próprio Deus para sua evolução. Desta forma, tem-se o MARX político de levantamento de massas que fez discursos inflamados, e escreveu sobre o modo do bom viver dos cidadãos de seu tempo, que serve de parâmetro para os do futuro, e aí está o filósofo de uma visão inconfundível de quem quer orientar o seu povo a um mundo de justiça, de paz, de compreensão, e felicidade, como dizem que fez JESUS o CRISTO. Aí é que se encontra uma correlação muito forte entre o MARX conscientizador, orientador, e libertador de um povo; e, o JESUS que também dizem ter pensamentos semelhantes, ao passar seus últimos três anos de labuta, com vistas a passar para seus súditos um mundo de encanto, de pureza, de luz e de perfeição infinita na construção de tudo que cerca a todos.

Um primeiro ponto que se deve coloca, é que Marx buscava um mundo perfeito, onde não existisse exploração do homem pelo homem, cujo mundo seria o paraíso celestial, de cooperação, de fraternidade, de trabalho conjunto para todos que estivessem na mesma labuta de conscientização, e de justiça entre amigos que conviviam em igual atividade na construção de um mundo igualitário de produção conjunta para todos. Com isto tem-se em MARX (1867) que

o comunismo como perfeito naturalismo, identifica-se com o humanismo, e como perfeito humanismo, identifica-se com o naturalismo; ele é a autêntica solução do conflito entre o homem e a natureza e entre o homem e o homem - a verdadeira solução do conflito entre a existência e essência, entre objetivação e afirmação de si, entre liberdade e necessidade, entre o indivíduo e a espécie. O comunismo é o enigma da história resolvido, e sabe que o é .

De forma clara e objetiva é uma atitude de orientação aos povos trabalhadores que não entendiam como poder viver bem, com todos os irmãos unidos, numa atividade conjunta de sabedoria, que não se aprende por osmose, mas com ajuda de intelectuais que se integram nesta luta de conscientização.

Como se ver objetivamente, o filósofo Karl MARX tinha grande preocupação com a humanidade quanto a subserviência, cuja Igreja (comandantes religiosos) de sua época, que estava(m) atrelado(s) ao sistema de dominação e poder pregava(m) a obediência, à servidão, pois, o pagamento de tanto sofrimento e dor, seria o ganho de um paraíso celestial, no entanto, as dificuldades da vida sempre estavam crescendo e o sistema explorando impiedosamente. Assim sendo, MARX (1867) mostrava que

a essência humana não é uma abstração inerente ao indivíduo tomado isoladamente. Na sua realidade, ela é o conjunto das relações sociais. (...) Uma revolução social (...) é portadora de um caráter de universalidade, porque constitui um protesto do homem contra sua vida inumana ... A sociedade, da qual o indivíduo recusa enfim ser separado, representa a verdadeira natureza social do homem, sua própria natureza humana .

Frente a isto, os participantes do mundo teriam que se libertar de sua ignorância, lutar para que o mundo fosse cada vez melhor, mas dentro de uma labuta pela sobrevivência, contra o poder do capital que seria a forma inumana de perseguição, e domínio do homem pelo homem.

Com o transcorrer do tempo, os homens assimilaram muito, em todos os sentidos, no que respeita à filosofia, à religião, à ciência propriamente dita, à biologia, à mecânica, à física, enfim a tudo que pode pensar; e, mostrar como se construir, dentro de um prisma dinâmico, a edificação de uma realidade, no entanto, esqueceram de compreender a idéia real das relações humanas em pé de igualdade de uns para com os outros. Justificando este ponto de vista, MARX (1867) observa que

até agora, os homens formaram sempre idéias falsas sobre si mesmos, sobre aquilo que são ou deveriam ser. Organizaram as suas relações mútuas em função das representações de Deus, do homem normal, etc., que aceitavam. Estes produtos do seu cérebro acabaram por os dominar; apesar de criadores, inclinaram-se perante as suas próprias criações .

Esta assertiva mostra que o ser humano sempre se levou pelo imprecionismo, tentando entender o extra-sensorial, o transcendental, profetizado por algum místico ou visionário, Ao se entregar a algo desconhecido o controle, ou a solução dos problemas que são de cunho particulares.

Diante o exposto, não se quer dizer que MARX foi contra a religiosidade de cada um, nem tão pouco de qualquer grupo social; todavia, orientou para que as pessoas tomassem consciência de seu eu, de sua participação na política, na religião, ou qualquer posição que exigisse raciocínio, coerência e lógica em seus atos, que exigem sabedoria em termos práticos, e em termos de conhecimentos que precisa adquirir. Por isso, MARX (1987) escreveu que

a concorrência isola os indivíduos uns dos outros, não apenas os burgueses, mas também, e mais ainda, os proletários, se bem que os concentre. É por este motivo que decorre sempre um longo período antes que estes indivíduos se possam unir, abstraindo do fato de que - se se pretender que a sua união não seja puramente local - este exige previamente a construção dos meios necessários, pela grande indústria, tais como as grandes cidades industriais e as comunicações rápidas e baratas, razões por que só depois de longas lutas se torna possível vencer qualquer força organizada com indivíduos isolados e vivendo em condições que recriam quotidianamente este isolamento .

Assim, os diferenciais entre os indivíduos fazem com as pessoas se mostrem mais céticas, mais competitivas por uma posição social, umas em detrimento das outras, sem a mínima condição de uma irmanização entre os seres humanos.

De igual modo, um cidadão nascido em Belém, que dizem ter vivido algum tempo atrás, que os intelectuais tomaram seu nascimento como o marco zero, para os tempos modernos, cujo nome é JESUS, o CRISTO, dizem ter se preocupado com a maneira como vivia a sociedade, especificamente quanto a maneira de pensar de seus contemporâneos quanto a compreensão de seu próprio interior, pois atribuem a MARCOS (Ano 65 - 70) um de seus amigos, que JESUS teria dito,

escutai: o semeador saiu a semear. Enquanto semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho e vieram as aves e comeram-na. Outra caiu em terreno pedregoso onde não havia muita terra e logo brotou por não ter profundidade de terra: mas, quando o sol se ergueu, foi queimada e, por não ter raiz, secou. Outra caiu em espinhos, e os espinhos cresceram, sufocaram-na e não deu fruto. Outra caiu em terra boa e, crescendo e vicejando, deu fruto e produziu a trinta, a sessenta e a cem por um. E acrescentou: Quem tem ouvido para ouvir, oiça! .

Isto denota com muita clareza, a preocupação desta abnegada história, o processo de sabedoria que todos teriam que observar para conseguir a sua auto-libertação no processo evolutivo da humanidade, como luta própria de cada um em busca de sua conscientização.

Para mostrar melhor o trabalho de JESUS, procurando orientar a todos quanto a um amanhã promissor, sem preocupação, libertados de doenças, participando da criação com mais firmeza, tem-se uma citação atribuída a MATEUS (Ano 70) ao explicar uma mensagem de seu Líder quando disse

vós o sal da terra! Ora, se o sal se corromper, com que se há de salgar? Não serve para mais nada, senão para ser lançado fora e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo: Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem se acende a candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas sim em cima do velador, e assim alumia a todos os que estão em casa. Brilhe a vossa luz diante dos homens de modo que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem vosso Pai, que está nos Céus! .

Todavia, não se pode viver por todo o tempo, sob a tutela intelectual de alguém que está no mesmo nível de aprendizado que os demais, sem esquecer que todos aprendem uns com os outros, na observância de tudo quer bom, quer ruim, que todos têm no processo de conscientização para a compreensão do mundo, isto é a iluminação de tudo pelo que falou JESUS, como colocado por este contador de causo, em seu relato.

Para justificar melhor o trabalho de JESUS na época em que dizem que esteve encarnado, não se pode deixar de lado a participação de LUCAS (Ano 54-56) quando contou o que JESUS teria dito aos seus companheiros, e seria o seguinte:

porque me chamais: Senhor, Senhor, e não fazeis o que Eu digo? Mostrar-vos-ei a quem é semelhante todo aquele que vem ter Comigo, escuta as Minhas palavras e as põe em prática. É semelhante a um homem que construiu uma casa: Cavou, aprofundou e assentou os alicerces sobre a rocha. Sobreveio uma inundação, a torrente arremessou-se com violência contra aquela casa e não pode abalá-la por ter sido bem construída. Mas aquele que as ouve e não as põe em prática é semelhante a um homem que construiu uma casa sobre a terra, sem alicerces. A torrente arremessou-se contra ela e, imediatamente, se desmoronou. E foi grande a ruína daquela casa! .

Por este prisma, JESUS explicou que todos seriam iguais em todos os sentidos, e para tanto, deveriam trabalhar, na compreensão de tudo que o cerca, assim como usar a sabedoria para o bem-estar da humanidade, que necessita criar a sua própria iluminação, com humildade, perseverança, e volição quanto ao amanhã.

Numa última conclamação bíblica, quanto ao trabalho do Líder dos cristãos, que tinha, ou tem objetivo de orientar a todos, quanto aos seus afazeres aqui no planeta, e talvez em outras vibrações, é imprescindível a participação de JOÃO (Ano 45-46) quando mostrou um comentário de JESUS ao colocar esta passagem:

e quando o encontraram, do outro lado do mar, disseram-lhe: Rabbi, quando chegaste aqui? JESUS respondeu-lhes: Em verdade, em verdade vos digo: Vós procurais-me, não porque vistes milagres, mas porque comestes dos pães e ficastes saciados. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que dura até a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará; pois a Este é que o Pai, o próprio Deus, marcou com o Seu selo. Disseram-lhe então: Que devemos fazer para executar as obras de Deus? Respondeu-lhes JESUS: A obra de Deus é esta: Que acrediteis n’Aquele que Ele enviou .

Com mais esta mensagem, verifica-se a compreensão de JESUS para com todos, não demonstrando e nem tão pouco incitando a que todos peguem em armas para lutar contra o seu patrão, mas conscientizando com o exemplo, e paciência para vencer na evolução das práticas, e das idéias.

Com estas justificativas, observa-se a presença de JESUS como um profeta que esteve no planeta terra em um determinado período do tempo, de tal forma que os cientistas historiadores delimitaram os tempos em antes e depois deste grande Líder, que foi o marco divisor dos tempos, dando início a tudo em uma nova era, cujo princípio religioso, tornou-se um ato político, que culminou com sua morte na cruz. Segundo seus companheiros de caminhada, esse grande Homem estava totalmente fora de sua época, numa pregação da lei do amor; na busca da confraternização entre os povos; em obediência aos princípios que levariam ao aprendizado daqueles que necessitavam conhecer a verdade, numa aquisição sublime da sabedoria divina. A história relata claramente a humildade deste jovem, que dizem que nunca agrediu a alguém, e ensinava a todos a obediência às autoridades legalmente constituídas, onde a exploração era muito forte, devido a escravidão que existia naquela sociedade, que não conhecia a lei do amor, do altruísmo, e do progresso da humanidade, pelo esforço de cada um para evolução de todos.

No entanto, no século XIX, Karl MARX contestou a maneira como os religiosos conduziam ou orientavam seus fiéis, quanto ao comportamento que todos deveriam ter diante seus semelhantes, numa libertação que não deveriam existir exploradores, nem explorados; nem patrão, nem operários, cuja justiça seria o princípio básico em todas variáveis econômicas e sociais, que são as que mais discriminam, e estigmatizam os indefesos. Não se almeja levantar aqui o MARX raivoso, odioso, insuflador de massas, agitador popular, que implementou em muitos a negatividade contra tudo e contra todos, quando discutia nas reuniões do Partido Comunista (PC), que objetivava uma sociedade justa, com a participação de todos nas decisões behaviouristas de todo o planeta. Frente a isto, ele conclamou aos seus seguidores, especificamente os trabalhadores, que seriam os diretamente envolvidos no processo, a se unirem para uma aplicação mais direta da justiça numa eliminação por completo da pobreza, de um relacionamento injusto entre castas e páreas que a sociedade ainda conserva no transcorrer dos anos, e séculos.

Neste sentido, guardadas as devidas proporções, e técnicas de ensinamento para a humanidade JESUS e MARX deram grande contribuição para a melhora do comportamento dos povos que não entenderam como utilizar tais pensamentos na libertação de toda uma geração que ainda sofre a sua falta de consciência, a sua prisão pela ignorância do bem que está nas mensagens desses grandes homens que as gerações receberam. Como sempre se deve tomar o lado bom das pessoas ou dos ensinamentos, que estão direcionados a esses Mestres, que contribuíram de maneira exemplar para que todos conseguissem o reino celestial, não de lazer e ociosidade, nem tão pouco de contemplação e meditação sem sentido; mas, com objetivo de um trabalho crescente em busca da pureza infinita. Finalmente, não se deve esquecer os esforços desses, e de tantos homens devotados, que deram suas vidas em prol da humanidade, que lentamente começa sentir a veracidade dos ensinamentos que legaram com tanto amor, aos que necessitam conhecer a luz, fraternidade, amor, sobretudo, a grandiosidade de um Criador Maior, que sempre teve, e tem paciência com as suas criaturas.

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