EDUCAÇÃO PARA A MORTE
BIBLIOTECA VIRTUAL de Derecho, Economía y Ciencias Sociales

 

DEBATE E DISCUSSÖES

Luiz Gonzaga de Sousa

 

 

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EDUCAÇÃO PARA A MORTE

Quando se fala em educação para a morte, deve-se pensar de imediato, no que significa educação. Deve-se ficar claro que educar significa aprender; significa tomar conhecimento, e significa, sobretudo, tomar consciência da realidade da vida. Educar é refletir o porque de tantos problemas e dificuldades que os seres humanos se envolvem a cada instante sem saber as suas causas, e origens. Por isso, é importante que as pessoas procurem aprender a sua situação na vida, o porque de sua estupidez, o porque de seu nervosismo, o porque da busca incessante pelas coisas materiais, e muitos outros fatores que se desejam desnecessariamente, somente para cumprir uma vaidade desta vida, pois, isto tem uma resposta clara sobre tantos impropérios que se praticam.

Quase sempre se educa para a vida material, isto é, para os instantes em que se passa aqui na terra, entretanto, deve-se levar em consideração que a educação deve servir para a vida eterna. A educação para a vida material vai servir para a sobrevivência terrena, e fomentar a vaidade que existe nos seres humanos do mundo físico. A educação deve ter um sentido mais profundo, isto significa dizer, educar para satisfazer a vida de maneira geral, isto é, a física e a espiritual; entretanto, deve existir o entrelaçamento entre as duas vidas, porque, uma sem a outra não existe. Assim sendo, o ser humano deve se educar não para se apresentar a uma sociedade, mas para entender o porque de sua existência e, daí, procurar progredir rumo à perfeição.

A pessoa consciente de suas atribuições como ser humano, está contribuindo para a sua evolução, e de muitas outras que precisam de seu concurso, não somente de maneira intelectual, mas, principalmente, de maneira espiritual, que é o objetivo fundamental da existência terrena. A palingenesia tem essa finalidade, que é, a de por em prática os ensinamentos ou a educação que adquiriu ao longo da vida ou das existências, com leituras, com observações e, sobretudo, com conselhos que a espiritualidade boa oferece todos os dias. Quando se vai dormir, os espíritos protetores aproximam-se para uma conversa amigável sobre a sua situação real, e orientam para os dias que advirão, porém algumas vezes, foge-se desta realidade, com vergonha, ou medo de sentir a sua realidade.

Conscientes da vida, fica muito mais fácil de controlar as maledicências que se praticam no cotidiano, buscando sempre conhecer cada vez mais o seu semelhante, na sua altura ou na sua inferioridade, não querendo sobressair como melhores, e nem reprimir os que não alcançaram algum grau de evolução. O importante é que se pratique a simplicidade, cumprindo cada um seus deveres, tentando ser caritativos para com os demais, para que se possa realmente conviver com uma vida de sabedoria para com as coisas da vida real, que é a vida espiritual. Inegavelmente, é preciso muito esforço, muita abnegação, e muita luta, para dirimir de dentro de si, todas as negatividades que têm dentro de seu ego, que não foi ninguém que colocou lá dentro, mas foi a própria pessoa que fomentou dentro do próprio ser.

Conhecer as dificuldades dos outros, é saber que qualquer impropério que alguém lhe dirija, não lhe causa prejuízo, nem tão pouco lhe traz dificuldades; todavia, proporciona-lhe mais coragem para vencer, na compreensão da pequenez do irmão, que não conheceu ainda a realidade de seu próprio eu. Não se deve jogar pedras naqueles que são violentos, oferte-lhes flores, dê-lhes carinho e, se não puder apertar a sua mão, para lhe mostrar o bem, ore para que possa amainar o seu coração, em busca da verdade divina. Esse irmão precisa de se conhecer a si mesmo, como disse SOCRATES (469-399 a.C) e conhecendo a si, iluminando-se, está também crescendo com muitos outros que estão abaixo de seu grau de sofrimento e dor, pois, se a pessoa não poder elevar o seu irmão, nunca procure denegrir a sua imagem, e o seu progresso.

Assim, quantas pessoas conclamam a pena de morte! Quantas pessoas jogam pedras nos homossexuais! Quantas pessoas insultam as prostitutas! Quantas pessoas exaltam os assassinos na lavagem de sua honra! Quantas pessoas empurram seu irmão ao lixo! Isto constitui ignorância do bem. Isto caracteriza a falta de conhecimento da realidade espiritual. Isto significa falta de educação para a vida, é preciso demolir este estado de coisas, para buscar uma convivência com a vida real; com a pureza do coração; com o compreender aos demais, e sentir que a vida é doação; é compreensão, e é, sobretudo, alegria e trabalho. É tudo isto que educa o ser humano para a morte, isto é, o retorno à real vida, pois a educação mostra que, com a morte não existe dor, e nem tão pouco sofrimento.

A morte não existe tal como apregoam as crendices populares, de que é uma pessoa ou ser de machado nas mãos, que vem de encontro ao irmão que expira e, com um objeto cortante, tira a vida daquele que está em agonia. A morte é somente uma passagem da vida material para a vida espiritual, onde os espíritas e espiritualistas designam de desencarne; deixar ou se libertar do corpo material que lhe serviu para por em prática muitos conhecimentos que adquiriu na vida espiritual e em vidas passadas. A morte é o reencontro do espírito com o seu real ambiente de vivência na labuta constante de aperfeiçoamento, ao eliminar os miasmas que adquiriu nas diversas vidas materiais que passou, através de conselhos, estudos e orientações dos de melhores graus em evolução.

Deste modo, deve-se educar para a morte? Sim e não. Sim, quando se pensa que a morte traz dores e sofrimentos, cuja verdade, não se encontra nestes parâmetros; entretanto, deve-se educar para a vida eterna, eliminando as maledicências de seu ego e, por conseqüência, ter-se-á uma morte consciente, por estar desprendido das coisas materiais. Deve-se educar para a morte? Não, porque a educação que se deve ter, é, e será sempre, a educação para a vida, sem a recompensa de que a morte deva ser sem dor. A morte é uma conseqüência de se estar vivendo num corpo físico, com todas as vicissitudes da vida material, onde as pessoas se apegam às benesses aparentes de um mundo de provas e expiações. Portanto, não se deve esperar a morte; deve-se viver, e tudo de bom que se faz nesta vida, trará boas conseqüências para quem se comportou desta forma.

Quando se fala em educação para a morte, presume-se imediatamente que a morte é algo perceptível, degradante que se tem que fazer alguma coisa para se safar de tal ato, mas se esquece de que a morte, é algo como se alimentar, sair para as festas e trabalhar. Não é preciso temer a morte, é necessário trabalhar para a vida, evoluir mais, limpar as maldades que estão dentro de si e procurar ajudar, na medida do possível, àqueles que são menores e porque não dizer, os maiores, com exemplo de vontade, de indulgência e de caridade. Quando se tem conseguido algum grau de evolução; quando se tem entendido as dificuldades dos outros; quando se tem sentido o desejo de crescer e multiplicar, a morte não existirá, e a passagem de uma vida à outra não terá transtornos.

Educar para a morte, é o dia-a-dia nas ruas, em contato com todos os níveis de sentimentos, nas faces dos irmãos que não entendem e não entenderam ainda a lei do amor, da caridade e da fraternidade. É nas ruas onde se exercita a humildade, a simplicidade, a compreensão e a resignação, para com o próprio ser, frente àqueles que ainda são ignorantes do bem, e que precisam de uma ajuda sincera e amável. É nas ruas onde estão as prostitutas, que não são cumprimentadas como um ser irmão, pois aqueles que se acham com uma certa intelectualidade e classe social mais elevada, olha com desdém, com animosidade, e arrogância, onde a religiosidade está em abraçá-las para a vida, nunca fazer com que não existam aquelas que não tiveram formação de uma vida cristã.

Educar para a morte é o dia-a-dia com os marginais (pivetes, homossexuais, ladrões, bêbados, etc,.), não convivendo com aquele tipo de situação em que eles se encontram, mas procurando mostrar-lhes o verdadeiro caminho de amor que devem seguir. Essa situação patológica em que se encontram esses irmãos, decorre de uma complexidade tão grande, que não se pode aquilatar a sua magnitude, cuja situação criada pela sociedade, esses irmãos ajudaram a construir desta forma, e alimentam constantemente esta situação; pois, quem sabe se eles não abusaram de uma situação de bem viver, com as vidas anteriores? É preciso ser caridosos para com todos esses irmãos em todos os instantes, para que se possa melhorar esse mundo, e aí está o processo de educação da vida.

Educar para a morte é o dia-a-dia convivendo com a esposa ou marido, com o filho ou filha problemática, com a mãe ou pai que não soube criar bem, os seus rebentos e toda irmandade mais próxima que está num mesmo ciclo, com objetivo de se aturarem e melhorarem. É neste convívio que se procura eliminar tudo de mal que está dentro de cada um; isto é, quem não tem um pouquinho de arrogância dentro de si? Quem não tem um pouquinho de orgulho dentro de si? Quem não tem um pouquinho de inveja dentro de si? Quem não tem um pouquinho de ciúmes dentro de si, e quem ainda não está marcado com qualquer grau de perversidade dentro de seu ego? A eliminação de tudo isto é o objetivo maior de todos aqueles que vieram e vem ainda, ao planeta terra.

Assim sendo, aí está o objetivo da encarnação num planeta de provas e expiações; aí está o real sentido da morte, pois tudo que tem começo, deverá ter fim, mas, um fim de uma etapa que muitas vezes não se cumpriu como deveria. Desta forma, a morte constitui um pesadelo, uma tortura, para aqueles que são apegados aos bens materiais dessa fase da vida; contudo, em verdade, as dores são insuportáveis, porque todo tipo de sentimento material lhe bate naquele instante, e esse retrospecto deixa o ser eivado de angústia e sofrimento. A educação transforma todos estes sentimentos em realidade e deixa o ser humano conhecedor de sua real vida, entretanto, a morte passa a ser uma convivência, e nunca só um processo de educação para tal fato.

Frente a isto, deve-se perguntar: existem vantagens quanto à educação para a morte? Quais são? Poder-se-ia pensar de maneira diferente, tal como foi colocado ao longo deste pensamento (ensaio). Não se deve pensar em tirar vantagens em nada, pois as coisas acontecem e neste acontecimento, os logros vão aparecendo, não como contra-partida, mas, como resultado de tudo de bom que foi feito ao longo da trajetória da vida. A educação traz mil vantagens, porque conscientiza, orienta, ensina, e corrige os defeitos que não se percebem tão claramente na visão do mundo material. Todavia, este processo de educação conduz a uma consciência da vida e, por conseqüência, o conceito de morte será plenamente eliminado do dicionário daqueles que conhecem o verdadeiro objetivo das encarnações e do progresso do ser humano.

Da mesma forma como se colocam as vantagens do conhecimento da morte; poder-se-ia pensar nas desvantagens desse processo. Existem algumas? Quais são? Para as pessoas conscientes da real vida espiritual, não existem desvantagens da educação para a morte; entretanto, para os materialistas, talvez haja desvantagens por tal educação, já que a morte é um sacrifício. Do mesmo modo que os materialistas, os ignorantes do bem, os que se encontram no abc do mundo espiritual podem pensar em desvantagens em estudá-la, ou se educar para a vida, pois não querem se libertar de toda maledicência que está impregnada em seu ego, em seu interior. Por isso, é preciso tentar reverter o pensamento desses irmãos para que possam entender o caminho do bem, e busquem caminhar rumo ao seu engrandecimento.

Finalmente, não se deve temer a morte. Deve-se buscar a vida. Vida com doação de amor. Vida com prática do bem. E vida florida de paz, e encantada com o perfume das rosas. Lute-se para engrandecer a vida, cujo paraíso de beleza encanta a todos, mas poucos buscam-no com intransigência e fervor. Em muitos irmãos não há o desprendimento das coisas materiais. A paz da Pureza é para todos, entretanto, é preciso que se trabalhe incansavelmente para que se possa conseguir este ambiente de luz, de engrandecimento e felicidade, que se encontra à disposição de todos. Parta para ajudar, e nunca jogar pedras naqueles que não entendem o caminho da verdade e da vida. As mãos dadas engrandecem, e as mãos soltas se perdem no infinito da ignorância, e da arrogância dos prepotentes que não conhecem nada da vida, nem da material, e nem tão pouco da espiritual.

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