Luiz Gonzaga de Sousa
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POR UMA NOVA CONSCIÊNCIA
Nos fins de séculos começam aparecer modismos que devem ser vistos com muito cuidado, e com espírito de muita observação sobre tais fatos, isto é, tirar o que há de bom em todos esses movimentos. Sem sombra de dúvida, o fim do século XX aparece com o modismo da busca interior, quer dizer, da compreensão do seu próprio eu, tal como já disse SÓCRATES a mais ou menos 469-399 anos antes de CRISTO: nosce te ipsum. Isto é muito bom e é perigoso, porque uma busca frustrada leva a complicações bem maiores do que se esperava, tendo em vista que conhecer um interior cheio de máculas, de inferioridades, de cegueiras, e muitas outras coisas mais de ignorância do bem, conduz a que a pessoa tente um esconderijo, cuja dor de cabeça começa a palpitar mais cedo.
O que de bom se pode extrair dos movimentos espiritualistas nos tempos modernos? Por que queremos conhecer o outro lado da vida? Será a curiosidade que está falando mais alto? Ou, será que o desconhecido sempre é palpitante e entusiasmador? A essas perguntas, e mais algumas outras que surgirão, é que, vai-se tentar emitir alguns juízos de valor, que é de fundamental importância para aqueles que querem conhecer o esotérico, sem uma preocupação consistente de seus objetivos para com a vida. É isto que se observa na realidade atual, quando se trata de uma atividade séria com o ocultismo, ao se trabalhar com as diversas religiões, ou seitas do mundo atual, isto é, espiritismo, umbandismo, esoterismo, e alguns outros grupos que buscam conhecer a sua realidade virtual.
Os líderes geralmente conhecem os princípios desta realidade, possuem alguns preceitos básicos, e procuram buscar alguns amigos que tenham alguma tendência a participarem daquele desejo de conhecer a vida, pois, até aí, pode-se dizer que a coisa funciona, tendo em vista que não há nenhum envolvimento daqueles que precisam conhecer a sua real situação. Entretanto, quando esse movimento começa a congregar uma irmandade bem maior, e que os preparos não atingiram o âmago de cada participante, a complicação, ou os efeitos são fatais, com resultados inesperados, algumas vezes, conduzindo ao revés. As respostas estão no dia a dia da humanidade, através do fanatismo, dos sectarismos, das seitas inexperientes, e da falta de controle sobre o seu interior.
Os sapientes homens da realidade virtual devem ter muito cuidado com aqueles que estão sob a sua orientação, porque o desconhecido é muito fascinante, mas, pode tornar-se muito feio, quando o interior de cada pessoa começa a mostrar a realidade de cada um. Não obstante, o passado geralmente dói, ao considerar que a vida é uma eterna construção que traz momentos bons, e marcas dolorosas de instantes não muito distantes, quando o processo de construção não foi bem alicerçado com o cimento e a caliça da paciência e resignação de um ser que busca a perfeição. Olhar o passado é sentir o que de errado se fez, para tentar melhorar com muita força e coragem, é não se intimidar com a sombra escura que talvez traga revolta, desespero, e aí está o perigo de conhecer-se a si mesmo, sem uma base concreta de seu interior.
A busca do eu é a procura pela sobrevivência, é o atrelamento a uma religião quer seja budista, umbandista, católica, protestante, etc, e é uma compreensão do mundo que o cerca. Os católicos pregam uma convivência pacífica, os protestantes fazem a mesma coisa, outras seitas esotéricas também comungam desse objetivo, que é, o de serem todos irmãos. É importante saber que ninguém quer aparecer para ser bonzinho para ninguém, mas, ter contribuído para que a humanidade desenvolva o seu lado realista do ser. Entretanto, é este ponto que todos procuram neste planeta, mesmo que seja por caminhos diferentes, utilizando o seu nível de evolução, ou de entendimento da realidade divina, cuja ignorância do bem não deixa que se perceba com facilidade.
Por mais que se queira esconder, a realidade científica sempre procurou compreender essa atuação divina, ou cósmica, desde quando começou a discussão do certo e do errado, do que é bom e do que é mau, da alegria e da dor e por fim todos os contrários que existem no firmamento. Muito antes de CRISTO já se pensava desta forma, só que o nível intelectual e espiritual dos seres viventes não dava condições de que pudessem compreender esse universo com tanta facilidade. Hoje, as descobertas foram acontecendo, as condições cósmicas se modificando, e a humanidade percebendo a necessidade de relacionamento melhor entre as pessoas, na família e entre as famílias, é que, o desejo cada vez maior foi incutindo em cada pessoa, o afã de se conhecer melhor.
O que se observa em muitas das pessoas que vão de encontro ao desconhecido, é que a curiosidade fala em primeiro lugar, ou em casos especiais, a dor e o sofrimento, são peças fortes nesta busca. Será importante caminhar por esta senda? Dir-se-ia que não, porém, mais cedo ou mais tarde, as pessoas têm que compreender estes fatos, ou esta realidade e, que dirige cada ser humano, pois, as leis da natureza são perfeitas e ninguém foge delas, em nenhum momento. Assim, por que não se busca de livre e espontânea vontade a compreensão da vida, do ambiente onde se vive? É fácil de ver que o passado mal vivido dói e muito, entretanto, muita gente ainda quer saber quem foi num instante longínquo, ou perto. Isto não é importante, porque nem sempre se foi bom no passado.
É necessário compreender que o instante vivido tem fundamental importância na mudança de tudo que se praticou até hoje, não tendo ciência deste momento como necessário na reenergização do corpo, ou de horas salutares em que se sente muito bem e saudável, para que pensar como viver o futuro, sem miticismo e misticismo! Daí, percebe-se claramente o sentido real da nova consciência, da nova era e do novo século, que é está pronto para receber aqueles que souberam entender o seu passado, e construir o seu futuro, com doação de amor, utilização da fraternidade, ao serem sobretudo, irmãos. A nova consciência não tem objetivo único de revelar aos desinformados, aos superdotados, mas, àqueles que têm a missão de compreender a situação dos demais, e dedica-se ao objetivo da ajuda mútua.
Nova consciência é sentir a vida, tal como ela é, na percepção aos demais, tal como são, na sua ignorância do bem, na sua pequenez espiritual, na sua vida materializada e sem perspectiva de futuro, devido a sua pouca visão prospectiva. A nova consciência é uma libertação de seu astral inferior, e uma presença constante no entendimento de que você é, não uma verdade virtual, porém, a realidade da vida. A nova consciência é o futuro no presente, tendo como lema o amor, a paz e a prosperidade entre todos que buscam o encontro com Deus que é a pureza maior, a sublimidade perfeita, e a perfeição por excelência. Finalmente, a nova consciência é o cogito ergo sum, é o raciocínio, é o pensar que todos são iguais perante Deus como criação de todos para viver com fraternidade e muito amor.
Sempre se teve prenúncio na busca do transcendental, quando se sente a presença daqueles que querem conhecer o além de sua consciência, tanto material quanto espiritual. Mera curiosidade. Desejo de sentir o além, mas, sem as devidas bases de uma realidade de Deus tal como se sentem todos os instantes nas pessoas, nos animais e nas plantas. Procurar conhecer o divino é entrar em contato com a construção do universo; todavia, as energias para quem a busca, devem estar em sintonia com as de quem recebe, na pureza de sua vibração e no viver de seu dia a dia. Assim sendo, é preciso que, não somente, haja um trabalho que envolva os irmãos do mundo material que ainda estão vivos, sobretudo, para aqueles que já se foram e precisam da ajuda daqueles que têm condições de executar tal tarefa.
É necessário que se saia das tiragens de livros e revistas esotéricas, místicas e psicológicas sobre o outro lado da vida e se dê de corpo e alma para aqueles que estão necessitados, e não têm condições de pagar altos preços por tais brochuras, que não atingem a todos do planeta. Por isto, mais salutar é uma consciência aos miseráveis da favela, dos asientamientos marginales, dos mocambos, das palafitas, e dos sítios pobres, onde a fome campeia com muita dor e sofrimento, sem medida e desproporcional. Apologia aos mitos deve ser coisa do passado, é fundamental fazer apologia à vida, às coisas divinas, e não endeusar alguém por qualquer prodígio, pois, se isto acontece é obra de Deus e não de um ser humano, ou espiritual qualquer individualizado, como se faz normalmente com irmãos encarregados de trabalhos sérios aqui no mundo.
Em resumo, o mundo precisa de uma ação mais forte, frente àqueles que querem se encontrar para começar a entender a vida real, duradoura e infinita, tal como Deus criou, dentro de sua perfeição e pureza. Fundamental, faz-se necessário que espíritas, católicos, protestantes, umbandistas e as diversas seitas que existem possam dar as mãos, procurando a unicidade dos povos, para a pureza da alma e o engrandecimento do espírito. A busca da nova consciência é uma tentativa dessa união que dentro de seu limite espiritual, todos chegarão um dia a um encontro final, que lenta, ou rapidamente, buscam a sua evolução até chegar à condição de Deus, na linguagem coloquial, o Pai todo poderoso que nunca abandonou seus filhos; porém, eles O abandonaram por coisas pequenas e efêmeras do planeta terra.