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Keynes em Cambridge 1932-1935
Mario Gómez Olivares

2.         As lições de Keynes em Cambridge: Da Teoria Monetária da Produção á Teoria Geral.

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25 de Novembro de 1935

Na séptima lição, em 25 de Novembro de 1935, Keynes continua  a expor a sua teoria da taxa de juro, recapitulando as razões que o levam a refutar a teoria clásica da taxa de juro[1],  apresentando a sua teoria de preferência pela liquidez e as motivações dessa.

Nesta lição a diferência da anterior,  Keynes asocia  a  incerteza quanto ao futuro da taxa de juro ao motivo especulação: “ The speculative motive does not merely depend  on general economic activity and level of money income. It  is due to different views held on balance in the market on future of rates of interest.  If  Consols rise,  the  risk  of  them subsequently  falling  is  increased ( or people  take  that view) and yield is diminished[2]“. O motivo precaução depende  do nível do rendimento e do estado da informação,  pelo que as operações de mercado aberto são possíveis por existirem  fenómenos psicológicos.

Uma mudança repentina de M fará com que seja absorvida por  motivos especulativos e só depois terá efeitos sobre o  rendimento. O motivo especulação opera de maneira mais  fluida se as pessãos são mais diferentes, i.e. se as expectativas de diferentes agentes são diferentes. Se as pessõas  fossem mais parecidas que diferentes poderiam produzir‑se  mudanças repentinas mais facilmente. Por exemplo, se uma  mudança na informação, afecta todo o mundo da mesma maneira,  as mudanças nos preços são discontínuas. Tomando em  consideração os tres motivos reafirmados nesta lição então  chamando L a função de liquidez psicológica, teremos:

M = L1(Y) + L²®,   onde Y é o rendimento e R a taxa de juro.  A  função L está dividida para os motivos 1 e 2 em L1 e motivo  3 em L².  A teoria quantitativa negligencia L² considendo  apenas L1,  pelo  que M=Y/V( V = velocidade rendimento do  dinheiro).

A relação entre M e L² é precária porque o sistema bancário  tem uma inclinação para negociar apenas ouro e bilhetes de tesouro de curto prazo(tres meses), o que implica que as  taxas de longo prazo são afectadas apenas indirectamente[3].

No final da lição Keynes parece dar uma outra explicação para a taxa de juro. A taxa de juro é a recompensa à escasez  do capital: “ capital goods are not productive because they occupy  time, rather  it  is  because  process  occupy  time  that the capital goods have to be kept scarce rather than because it is productive.. a process that involved time is produc­tive not because it involves time but because it has to be  scarce enough to yield a premium equal to the rate of interest[4]“. Os proprietários do capital deveriam recibir apenas o  custo de produzir o capital.


 

[1] Nas notas de Tarsis aparecem diagramas  em que a poupança e  o   investimento  associadas com um dado nível do  rendimento  variam   com a taxa de juro. Isto resulta, provavelmente, da exposição da   teoria  da taxa de juro clássica por parte de Keynes,  que  nessa  data estava discutindo com Harrod este problema, resultando desse   processo  de  discussão  o único diagrama da  Teoria  Geral.  Ver   Keynes J.M., JMKCW, vol. XIII, p. 553 e vol. VII, p. 180.

[2] Idem, p. 177.

[3] A recomendação de Keynes é que se o sistema bancário  negocia‑  se títulos e obrigações com diferentes maturidade poderia afectar   a  taxa de juro de longo prazo, no sentido que indicou no  ´Trea­tise´, veja‑se ponto 3.3., particularmente as operaçSes de merca­do aberto ´au outrance´.

[4] Idem, p. 179.