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Keynes em Cambridge 1932-1935
Mario Gómez Olivares

2.         As lições de Keynes em Cambridge: Da Teoria Monetária da Produção á Teoria Geral.

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15 de Outubro de 1934

 

As lições começaram a 15 de Outubro, sendo as primeiras  notas o conteúdo da versão final do brevíssimo capítulo I da  Teoria Geral. Visto Keynes ir a realizar uma crítica aos  economistas clássicos, era importante saber quem eram estes:  a escola de Ricardo e Say, Marshall, Edgeworth e Pigou.

A teoria clássica da determinação do volume dos recursos disponíveis empregáveis não foi desenvolvida masi ela é  obvia. A teoria baseia‑se em dois postulados, alias explica­do como na lição de 1933 e como aparecem na versão final. O  interesante são as rstrições na validade dos postulados  admitidos pela teoria. Referente aos postulado 1 e 2, as  qualificações são a) a quantidade do produto marginal difere se se refere a uma situação de curto ou longo período e, b)  a igualdade entende‑se ser condicionada pelas imperfecções nos mercados; existem retardos temporais e fricções, falhas  na organização e imperfecções na concorrência, tais como  combinações ou acções colectivas dos sindicatos. Essa teoria  reconhece o desemprego voluntário e fricccional, também o  sazonal ou casual. Os dois postulados dão lugar àquilo que  hoje comunmente se ensina em todos os manuais: a  determinação do emprego neo‑clássico. O aumento do emprego  apenas é possível se: a) aumenta a productividade marginal  do trabalho, b) se disminue a desutilidade do trabalho e, c)  se aumentam os preços dos bens não‑salariais em relação aos preços dos bens salariais do que resulte um aumento da  procura das pessõas não‑asalariadas de bens não‑salariais em  relação aos bens salariais. Evidentemente Keynes rejeita o  segundo postulado, admitindo que as pessoas se mantém  a trabalhar aos salários actuais. A teoria clássica apenas  pode admitir que as não reduções do salário real são fruto  das accções combinadas dos sindicatos. A evidência da  situação de 1932 nos EEUU, onde procedeu‑se a reduzir os salários monetários, permite concluir que por essa via não  se reduz o desemprego. O arguemento de Keynes reproduz a  segunda objecção que levanta relativamente ao segundo postulado, nomeadamente, que os trabalhadores podem determinar o salário real através da negociação de diferentes salários nominais e por essa via mudar o salário real. Os asalariados como um todo não podem fazer isso porque eles decidem do seu salário nominal, e se os salários descem, descem os preços,  deixando a salário real unafectado. Não existe nenhuma força  que faza com que os salário real iguale a desutilidade  marginal do trabalho. O problema está na separação entre a  teoria do valor e da distribuição e a teoria da moeda, i.e.,  na deficiência na teoria clássica da taxa de juro.