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Keynes em Cambridge 1932-1935
Mario Gómez Olivares

2.         As lições de Keynes em Cambridge: Da Teoria Monetária da Produção á Teoria Geral.

 

7 de Novembro de 1932

Na quinta ‘lecture‘ em 7 de Novembro de 1932, Keynes continua o tema anterior ligado ao problema da determinação dos preços dos activos, numa linha de raciocínio que o levará a teoria da eficiência marginal do capital. O problema para Keynes é: qual é a relação entre a taxa de juro e o preço de um activo. Um activo tem um fluxo de quase-rendas prospectivas durante o seu período de vida. Em cada momento o mercado tem uma estimativa das futuras quase-rendas, depreciadas pelo grau de risco e desconta­das pela taxa de juro, esta é equacionada com a dívida, i.e., a dívida é similarmente acumulada. A taxa de juro fixa o valor presente das quase-rendas prospectivas. Se o preço de um activo excede o custo de produção, existe um incentivo para a produção de um bem de investimento, o contrário, o contrário.

O volume de investimento é uma função do custo de produção, da taxa de juro e do fluxo de quase-rendas. Se o custo de produção é constante, as mudanças no volume de investimento dependem de se as quase-rendas estão caindo mais rapidamente que a queda da taxa de juro. O investimento crescerá se as quase-rendas estão crescendo mais rapidamente que a taxa de juro. Keynes ataca a teoria tradicional. Esta teoria sustém que uma mais elevada taxa de juro favorece a poupança, uma taxa mais baixa favorece o investimento. Uma taxa de juro mais alta estimu­la as  ‘schedules‘ individuais para o surplus, ou o estado geral de preferência temporal. Conhecendo os rendimentos e o nível dos preços para cada indivíduo, dada a preferência temporal, para cada nível da taxa de juro, existe uma quantidade que será dis­pendiada e uma quantidade que será excedente(poupada). Se o estado de preferência temporal permanece imutável, diz Keynes, então a quantidade de um determinado rendimento que um determina­do indivíduo irá gastar será maior se a taxa de juro é maior, mais não significa que a quantidade de surplus será menor..” a high rate of interest will diminish the amount of surplus even though it will increase the proportions of income devoted to surplus[1]“. O juro é um fenômeno monetário[2].


 

[1] Idem, p. 71.

[2] Keynes avança a crítica relativamente à confusão entre juro e quase renda, que atribui a Marshall, aparece posteriormente na Teoria geral, como sendo produto da diferencia entre uma economia monetária e uma economia de troca real. Keynes levanta o paradoxo de uma economia em que a taxa de juro está elevada, o investimen­to é baixo a pesar de boas quasi-rendas prospectivas, por causa da taxa de juro internacional, i.e. a poupança está inutilizada.