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Keynes em Cambridge 1932-1935
Mario Gómez Olivares

2.         As lições de Keynes em Cambridge: Da Teoria Monetária da Produção á Teoria Geral.

 

17 de Outubro de 1932

Na segunda lição de 17 de Outubro de 1932, Keynes levanta a questão: o que determina o volume de output numa econo­mia monetária?. Parte-se da hipótese de que principalmente o volume de output e de emprego dependem das decisões dos empresários e que se trata de uma economia de concorrência livre. Se os lucros crescem isto estimulará os empresários aumentar a produção. A sua curva de oferta é função dos lucros, mais do que os custos; no caso de um empresário individual é a mesma coisa( oferta e procura não estão correlacionadas, a sua curva de oferta afectada por uma modificação dos custos não provoca uma mudança na forma da curva de procura), mas no caso da economia como um todo, as mudanças no emprego alteram a curva de procura, existe uma correlação entre a curva de procura total como as mudanças no emprego. Keynes procede a seguir a um conjunto de definições.

Por output corrente O, Keynes define output líquido, i.e., output bruto menos depreciações no capital. O output líquido que tem um valor monetário E‘, que constitue a receita bruta dos empresários e o rendimento dos factores de produção. Das vendas líquidas(‘sales proceeds‘), os empresários tem que pagar os custos de produção: os custos variáveis, os custos fixos( ‘contractual‘) e os ‘entrepreneurs inducement‘. Portanto os custos de produção são a soma destes três itens. Se as vendas líquidas excedem os custos de produção, o empresário terá um surplus chamado lucro líquido ou ‘windfall profit‘, Q. No equilíbrio Q = 0, se Q e positivo ou negativo, o empresário irá a rever a escala do seu output.

As despesas( ‘outgoings‘) são iguais a custos variáveis e custos fixos. Receitas menos despesas são iguais aos lucros brutos; estes menos ‘inducement‘ são iguais aos lucros líquidos. As despesas do ponto de vista dos receptores, são iguais aos rendimentos correntes da comunidade. O rendimento dos empresários é igual aos seus lucros brutos. Assim, o rendimento agregado é igual a soma dos custos e dos lucros dos empresários que igualam as vendas líquidas do output corrente. O rendimento e igual aos custos variáveis, os custos fixos e os lucros brutos. E‘= E + Q. No ‘Treatise‘ E‘= E; Keynes diferencia entre rendimen­to total E‘ e o rendimento dos factores de produção (salários, rendas). Do ponto de vista dos que dispendiam E‘ é igual à despe­sa no output corrente. Se E‘< E, então Q é negativo e o empresário( representativo no sentido de Marshall) terá perdas, i.e. , a existência de lucros para o empresário depende da despe­sa ser maior ou menor que o rendimento. Mas para a comunidade  como um todo a despesa e o rendimento deverão ser iguais.

As despesas são relativas às vendas líquidas do output corrente e não incluem toda a troca de bens que tem lugar. Quando a troca toma lugar entre bens e moeda no caso desses bens existi­rem ao início e no fim do período, então Keynes chama a essa troca de permuta(‘swaps‘). A troca total inclue então despesa e permutas. Relativamente às permutas a distribuição de bens e de moeda é afectada, mas despesa implica a compra do output cor­rente. Se as vendas líquidas do output corrente são menos que os gastos dos empresários, os membros da comunidade tem mais dinhei­ro e os produtores menos. Se se ignoram as permutas, é possível ver que os membros da comunidade têm mais dinheiro e os empresários menos dinheiro.” Those who looks at the total quanti­ty of money, even if we could obtain a division of money balances between the community and entrepreneur,(and observed changes in the distribution of money balances, we must face the fact that) we could not necessary observe disbursement deficiencies because we could not distinguish (the effect of the) swaps. These inaccu­racies man that the changes in the distribution of money balances give no information regarding profits. The question whether or not people will alter their cash holding will depends on a dif­ferent set of considerations: Liquidity preferences[1]. Isto signif­ica que se um indivíduo pode ter a libertade de mudar a quanti­dade de dinheiro que deseja manter, para o conjunto de indivíduos, a quantidade agregada de dinheiro que desejam manter é igual a quantidade agregada que os bancos criam.


 

[1] Idem, p. 58.