¿Buscas otro libro?
Buscalo aquí:
Amazon Logo





 

 

Pulse aquí para acceder al índice general del libro.

Esta página muestra solo parte del texto, y puede carecer de formato, notas, fórmulas, esquemas, tablas o gráficos.
Pulse aquí para bajarse el libro completo en formato DOC (270 páginas, 1600 Kb)

Economia Industrial
Luiz Gonzaga de Sousa


 

CAPÍTULO VI

 

CRIAÇÃO DE DEMANDA POR BENS

 

 

            Não se pode falar de investimento sem se referir ao que diz respeito á demanda por bens visto que a procura por produtos indica a demanda global existente quanto a consumo e investimento numa economia, entretanto, para se conseguir atingir a esta demanda é necessário, muitas vezes, implementar algum artifício que leve a conseguir participação nesta demanda potencial, isto é, fazer gastos com propaganda, promoções, enfim usar a mídia para aumentar o seu quinhão no mercado. Não se consegue incrementar demanda sem gastos efetivos em investimentos que proporcionem condições de que o consumidor se interesse pelo produto que está sendo comercializado e nas condições do nível de assalariamento do consumidor que participa das classes sociais, quer seja média, baixa, ou alta, pois somente a psicologia explica como conhecer as aptidões de cada membro da sociedade. Neste sentido, é que se procura entender a relação existente entre a demanda agregada e o nível de investimento que o mercado exige para ter-se efetivada a lei de SAY (1803), quer dizer, produzir e encontrar uma demanda já pronta para ser efetivada.

            Numa economia industrial de muitos produtos e com uma população extremamente complexa, fica difícil de fazer uma produção desconhecida, ou até mesmo, uma produção mesmo conhecida, mas não fazendo parte dos costumes em que esta sociedade está inserida, pois é necessário implementar alguma coisa que faça dinamizar o consumo da população e, isto é feito pelos gastos em Pesquisa e Desenvolvimento. Com uma campanha de investimento em técnicas que visam aumentar a demanda potencial é salutar para que se criem novos hábitos de consumo, ou até mesmo melhore a produção existente desde que possam se utilizar as potencialidades regionais, ou até mesmo locais, na busca de que todos os industriais, pequenos ou grandes tenham a sua participação no mercado. A psicologia está aí para indicar a maneira como se chegar ao consumidor carente de consumismo e que não conhece o seu consumo adequado, assim como os preços concernentes a cada mercadoria, dada a competição desleal que acontece no dia a dia do mundo concorrencial, daí a questão de um consumo irreal, porque o real mesmo é a compra.

            Com a globalização da economia nos dois últimos séculos, a produção gerada tem sido direcionada para os diversos pontos do globo, tanto no que respeita á venda de mercadorias, como na implantação de industrias para exploração das condições naturais de determinada localidade, aumentando as condições de vida local, assim como fazendo melhorar a situação econômica ambiental. Segundo KINDLEBERGER[1]

os mercados podem crescer através de aumentos da renda real da população de uma área, o que lhe possibilita comprar mais. Nos locais em que os mercados têm âmbito mundial, esta mudança e as de gosto são os únicos de se expandir a procura. Mas na ausência destes dois fatores, e, historicamente, da maior importância nos produtos em que o mercado já é mundial, os mercados crescem por causa da melhoria nos transportes e na comunicação.

Para tal, o investimento deve ser direcionado, com objetivo de proporcionar condições de que o desenvolvimento dinamize um mercado consumidor local ou não, sem sacrificar o mercado de trabalho, nem tão pouco os pequenos e médios/pequenos industriais que tentam sobreviver com sua produção tradicional.

            No dia a dia, vê-se a mídia invadir os lares de Norte a Sul e de Leste a Oeste do país de qualquer nação, com objetivo de vender seus produtos, suas mercadorias que são produzidas e algumas vezes desconhecidas, ou que sejam conhecidas, mas que precisam implementar a sua participação no mercado dentro do processo de concorrência normal na estrutura capitalista, envolvendo qualidade e poder de competição num sistema oligopolista. A formação da demanda inicia-se ao se ligar o televisor, ou o rádio, ou comprar um jornal, ou qualquer uma outra forma de mostrar ao consumidor que determinado produto existe, ou que ele é melhor do que seu competidor, assim como se criam fantasias para que esse produto seja aceito pela sociedade e dê condições de crescimento industrial e da própria empresa fabricante. Todo este processo de utilizar a psicologia mercadológica para conseguir mercado envolve custos que implicam em altos investimentos que vão aumentar o processo de circulação e, da renda nacional, em cuja característica está o conceito e definição de investimento por excelência, cujo empresário sem poder de competição não tem condições de participar.

            Entrementes, a coisa mais difícil para o empresário é a formação de demanda, mesmo sabendo que ela se encontra insatisfeita e é por isso que os industriais estão investindo pesadamente na psicologia mercadológica para fomentar um tipo de demanda que está latente no inconsciente dos consumidores que ainda não se alertaram para tal fato e são levados compulsivamente pela propaganda em seu consumo. Além do mais, existem regiões que não têm aptidão ao consumo por algum tipo de mercadoria, cuja publicidade intensiva incentiva a que se posse a utilizar produtos que não participam de seus hábitos e costumes, abandonando as condições próprias de sua região, que tem toda uma estrutura diferente daqueles produtos que agora avança no mercado. Portanto, a demanda de mercado deve ser um fator fundamental no trabalho dos empresários que almejam participar do processo de comercialização no mercado, com a utilização ou não das aptidões vocacionais de cada região, considerando-se também o clima e a produtividade da terra quanto a sua produção natural, ou importada para suprir a demanda interna.


 

[1] Charles Poor KINDLEBERGER. Desenvolvimento Econômico. São Paulo, Editora McGraw-Hill, 1976, p. 161.

 

 

Volver al ÍNDICE

Volver a LIBROS GRATIS DE ECONOMÍA

Volver a la ENCICLOPEDIA DE ECONOMÍA EMVI

Google
 
Web eumed.net