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Economia Industrial
Luiz Gonzaga de Sousa


 

CAPÍTULO VI

 

A FUNÇÃO DO FINANCIAMENTO

 

 

            Para compreender o processo de financiamento de um investimento parte-se inicialmente das condições individuais do investidor, isto é, se os desprendimentos são com recursos próprios em sua totalidade, ou se são misturados, quer dizer, parte de recursos próprios e parte de recursos de terceiros com vendas de ações da empresa, ou captação de empréstimos a bancos nacionais ou internacionais que financiam tais tipos de investimentos, para se efetuarem tais financiamentos. É importante levantar a situação econômico-financeira da empresa para o caso de ser uma empresa já estabelecida, ou um tipo de projeto se for um empreendimento que vise a implantação de uma indústria, pois a concessão desses financiamentos deve ser pautada sobre a base dos retornos que devem gerar. É por isso que é importante um estudo meticuloso das variáveis que envolvem um financiamento para que não haja inviabilidade e se houver, decorre de fatores surgidos a posteriori que independerão das condições econômicas e sociais levantadas nos estudos anteriores.

            Para que uma empresa busque financiamento para efetivar um determinado investimento industrial faz-se necessário que se conheçam as fontes de recursos disponíveis para tais empreendimentos, tais como bancos oficiais, bancos privados, bancos de fomentos, caixas econômicas, instituições financeiras outras e a possibilidade de captação de recursos no mercado financeiro de outros países que ajudam no desenvolvimento nacional. Existem três formas de se conseguirem recursos para financiamento de investimentos, a saber: a) podem recorrer a dinheiros (ou valores mobiliários) acumulados a partir de lucros retidos; b) ou provisões para depreciação de anos anteriores; c) podem obter poupanças do setor das unidades familiares através de empréstimo direto; d) ou pela venda de novas emissões de ações; e) ou ainda, indiretamente, por meio de companhias de seguros, caixas econômicas, fundos de pensão, etc, e f) podem fazer empréstimos em bancos comerciais. Essas são as formas mais comuns de se conseguirem financiar projetos de investimentos que visem melhorar as condições econômicas da indústria que tente o seu crescimento no médio ou longo prazo.

            Para precisar melhor o conceito de financiamento, quanto á questão dos investimentos, considerando que a maioria dos projetos é executado com recursos alheios, ou empréstimos a bancos de fomento, tem-se a definição de UNGER[1] que explica que

o financiamento de um investimento consiste na sua realização mediante um empréstimo correspondente a uma fração do montante a ser investido. Neste caso, diminui então o valor a ser gasto pela própria empresa, mas em compensação aumentam as despesas financeiras em virtude dos juros monetários.

Nisto já existe um elemento complicador, que são os pagamentos feitos a terceiros, cuja situação mercadológica não favorece aos pequenos e médios industriais, até mesmo comprometendo o capital de grandes indústrias, que é o motor dinamizador da industrialização como um todo, sem menosprezar a importância das micros e pequenas empresas, que são as salva guardas das crises que dificultam o bom andamento das indústrias, que são as protagonistas da dinâmica econômica industrial.

            Isto posto, o mercado financeiro leva em consideração para efetuar os empréstimos, ou as concessões de financiamento ao setor industrial, ou a qualquer empreendimento, a taxa de juros, estipulada pela correlação de forças entre a oferta e a demanda por recursos no mercado financeiro, isto é, o mercado de capitais, onde compradores e vendedores de ações se encontram para negociarem ações das empresas. Neste encontro surge a taxa de juros que pode cair ou subir de cotação, de acordo com a oferta e demanda, todavia, ela é contrastada com a taxa interna de retorno de um projeto, ou a eficiência marginal do capital ou investimento para verificar se é viável a captação desses recursos que o industrial necessita para tal fim, se a eficiência marginal de investimento for maior do que a taxa de juros, o investimento é viável. Em suma, o mercado financeiro é de fundamental importância para dinamizar a economia industrial, se considerar que alguns projetos não têm condições de serem efetivados sem a participação de recursos externos aos seus proprietários, dado o seu porte de financiamento.

            Quanto á questão do financiamento que as indústrias recorrem para implementarem a sua produção, é importante que se coloque que o tamanho da empresa é fundamental para se verificar quem tem mais facilidades na obtenção de tais benefícios para dinamizar a sua produção, claro que a relação é diretamente proporcional. É por esta ótica que entra a questão da pequena e da grande empresa neste processo, pois não existem condições das pequenas indústrias obterem tais financiamentos, contudo as grandes indústrias encontram as portas dos bancos de fomento sempre abertas ao seu dispor, sem qualquer imposição. Assim sendo, é notória a dificuldade que passa a pequena empresa, ao considerar que todos os custos de produção ou não são implementados com recursos próprios, que constitui um capital pequeno, quase sem condições de implementar uma competição, mesmo com os pequenos. Por outro lado, toda uma estrutura bancária se encontra aberta ao grande capital, alimentando uma competição inter grandes e causando falências ás pequenas e médias empresas, que não têm a quem recorrer nas suas dificuldades de captação de recursos.


 

[1] Thomas UNGER. Princípios de Gestão Econômica da Empresa. São Paulo, McGraw-hill do Brasil, 1976, p. 96.


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