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Economia Industrial
Luiz Gonzaga de Sousa


 

CAPÍTULO III

 

A DINÂMICA DA CONCORRÊNCIA

 

 

          A interdependência justifica claramente a questão oligopolista, ou como se dá a concorrência, cuja economia industrial no mundo moderno está solidificada numa estrutura de uma economia concentrada, quer dizer, poucos industriais participando do processo produtivo, ditando as suas normas, num fomento ás estratégias de seu perfil de atuação e num trabalhar com vistas a não deixar que outra indústria participe. Essa situação diz respeito ao processo competitivo, em que a interrelação é muito forte e o poder concentrador é mais forte ainda, devido á filosofia monopolista ser o princípio básico para quem deseja segurança e eliminação dos riscos. A concorrência, quando se espera que seja pelo prisma da competição perfeita, eis o que surge, devido ao poder de monopolização que a diferenciação do produto oferece, para tornar uma concorrência desleal e antiética pelo lado da moral humana.

          As técnicas de concorrência industrial são muitas, porém as mais importantes e usadas são: a) a diferenciação do produto, b) a prática de promoção, c) a fixação de out-doors, d) a utilização de brindes, e) técnica de publicidade e muitas outras formas que fazem com que consigam incrementar demanda. Tudo isto faz com que, os custos médios aumentem e a produção, por conseqüência, aparece numa localização aquém de uma quantidade produtiva que esteja numa estrutura de mercado que trabalhe em competição perfeita, é o excesso de capacidade industrial. Uma faixa da sociedade, neste sentido, pode ganhar com preços melhores na prática da competição. Sem dúvida, perde pelo aumento dos recursos ociosos na economia, cujos preços baixos são somente uma aparência que na realidade não acontece a alocação eficiente dos recursos escassos da nação, ou região.

            Inegavelmente, a competição da forma como acontece extrapola o simples ato de participar do mercado. No entanto, apropria-se de formas desleais de expulsão daqueles que são indigestos no processo de acumulação e que precisam ser eliminados de um mercado que quer crescer mais rapidamente. Assim sendo, ZOBER[1] analisando as leis antitrustes e a comercialização, coloca que a

área de mercado para a competição aceitável inclui os produtos substitutos nas indústrias rivais. Assim, dois ou mais produtos ou duas ou mais áreas, devem ser combinadas, se uma queda apreciável no preço de um produto, ou de uma área, leva quantidade relativamente grande de compradores para outros produtos ou áreas. Para esse propósito, a área pode ser internacional, nacional, regional ou local. Vários fatores são considerados na identificação de uma competição aceitável, (...).

Justamente, é desta forma que atuam os oligopolistas para a sua manutenção no processo comercial, pois as áreas onde o acesso é mais fácil aos maiores lucros, os industriais atuam com bastante habilidade na imposição de barreiras para que seu poder monopolístico se perpetue.

          Com a intensidade da concorrência industrial, nos diversos recantos da terra, tem-se aumentado absurdamente a participação monopolista na produção e comercialização industrial, mesmo que seja de forma indireta, com a formação espúria dos cartéis, dos conluios, que culminam com os trustes que são competidores disfarçados de um atuante monopólio concentrador. A competição existe de fato, todavia, a atuação de uma economia desigual faz com que surjam as economias de escalas nas grandes indústrias, aumentando cada vez mais o intervalo entre a grande e a pequena empresa que luta pela sobrevivência no mercado, mesmo que seu poder de concorrência seja infinitamente pequeno. Esse aumento decorre do progresso tecnológico que beneficia as grandes indústrias, pela facilidade que existe em Pesquisa e Desenvolvimento, que gera novos produtos ou facilidades que façam diminuir seus custos médios da produção industrial, pois os pequenos não têm condições de investimentos nestes tipos de melhora produtiva. 

          Portanto, a concorrência industrial deve ser muito bem analisada, numa investigação atenciosa do desempenho de cada empresa, quanto ao seu crescimento, forma de investimento, rentabilidade e diferenças de preços, para que não haja matança proposital ás pequenas indústrias que a economia necessita para o processo competitivo. O importante não é que alguém deixe de participar do mercado competitivo, como querem os grandes monopólios, mas que participe, com o objetivo de que todos ganhem no processo de desenvolvimento que alimenta os ganhos sociais para que todos vivam harmonicamente de acordo com a sua situação. Em suma, a competição industrial é muito importante, dentro de certos limites, porém ela deve ter sua participação dentro do princípio do engrandecimento nacional de todos seus atuantes, cuja sociedade deve ser a única ganhadora no processo de evolução da industrialização como um todo.

 


 

[1] Martin ZOBER. Administração Mercadológica. São Paulo, Universidade de São Paulo, 1971, p. 443.

 


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