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Economia Industrial
Luiz Gonzaga de Sousa


 

CAPÍTULO I

 

A DINAMIZAÇÃO DA TECNOLOGIA

 

 

            A tecnologia é um fator primordial numa estrutura industrial, tendo em vista que é, a maneira como se faz a coisa, um estado d`arte, pois sem a tecnologia nada é confeccionado, ao se considerar que ela é o saber por excelência, é o conhecimento  de como se trabalhar na manufatura. Muitas pessoas não conhecem o significado real de tecnologia, confundindo-a com um progresso tecnológico e avanço da técnica, que desde os pequeninos agricultores até as grandes corporações têm tecnologia igualmente, entretanto, uma é avançada tecnologicamente mais do que a outra. Isto é de fundamental importância ao conhecimento daqueles que fazem investigações no campo da estrutura industrial, ao considerar a multiplicidade de produtos gerados e a diversidade de fábricas existentes.

            É interessante colocar que, num parque industrial avançado, a tecnologia já não é aquela de fábrica pequena tradicional, onde a técnica passa como se fosse herança de pai para filho, mas os avanços tecnológicos são constantes pela diversidade de produtos gerados e pelas criatividades que são comuns nos tempos modernos, com vistas á competição frenética. Observe que numa dimensão tal qual a do Brasil, as regiões têm tecnologias diferenciadas, algumas com certo progresso e outras com avanços extremamente pequenos, e aí está a importância de se conhecer a tecnologia regional e por empresa, para uma compreensão mais contundente da estrutura industrial. A política adotada na industrialização regional deve seguir os parâmetros naturais de cada região que, por sua vez, estão ligadas com as condições próprias de cada localidade quanto o desenvolvimento ou subdesenvolvimento.

            As diferentes regiões do mundo e até mesmo de um país particular comportam tecnologias distintas, por causa de desenvolvimentos tardios e com isto tem-se em DURÁN[1] que

sem prender a um esboço da natureza do problema, a experiência recente mostra que em um extremo do espectro encontram-se países que têm logrado superar no curso de poucos decênios os obstáculos á convergência de renda e produtividade com o mundo desenvolvido e, no outro, os  que ainda não conseguiram identificar o mecanismo para livrar-se das amarras do atraso relativo e absoluto. Os primeiros estão preocupados em gerar suas próprias fontes de inovação e mudança tecnológica e consolidar a marcha para atividades com cada vez mais valor agregado. Os segundos devem ainda experimentar com formas socialmente viáveis de progresso institucional e social, identificar atividades sustentáveis que permitam acumular recursos em uma economia aberta, para a mudança estrutural. As economias de recente abertura e os países em transição operam em níveis totalmente diferentes, que exigem mudanças profundas em seu regime econômico, orientação estratégica e vinculação com o mercado mundial.

É isso que precisam as regiões pobres ou que avançam muito lentamente tentando o seu desenvolvimento utilizando política de industrialização, primando-se pelo uso das condições locais de sustentabilidade, em termos de mão-de-obra, e do uso de matérias-primas internas na região.

            A questão da tecnologia é de fundamental importância, tendo em vista que o país, como um todo, está dividido em indústrias de diversos tamanhos, isto é, micro, pequena, média e grande indústria, conseqüentemente com tecnologias diferenciadas que devem ser levadas em consideração. As grandes indústrias têm mais acesso a alta tecnologia do que as pequenas, mas isto não significa dizer que aquelas são mais desenvolvidas tecnologicamente do que estas, porque nem sempre isto acontece com freqüência, pois, tecnologia avançada vai depender da atuação empresarial e sua aversão ou não, ao risco. Uma questão tecnológica também importante é quanto à questão regional, porém, regiões pobres são mais factíveis a fracas tecnologias e regiões ricas a melhores técnicas existentes.

            Assim, para melhor compreender a participação da tecnologia na industrialização, nada melhor do que a colaboração de GERSCHENKRON[2], quando mostra quer

a industrialização sempre pareceu tanto mais promissora quanto maior fosse o acúmulo de inovações tecnológicas que o país atrasado pudesse obter de outros mais adiantados. A tecnologia emprestada, tanto e tão perfeitamente ressaltada por VEBLEN, era um dos fatores primordiais para assegurar um ritmo acelerado de desenvolvimento em um país atrasado que estivesse entrando no estágio de industrialização.

Isto demonstra a necessidade de uma implementação de políticas que visem melhorar o nível tecnológico do Nordeste e do Norte do país, que vive numa grande disparidade tecnológica com as regiões desenvolvidas da nação.


 

[1] Clemente Ruiz DURÁN. Mejores Prácticas para el Desarrollo Industrial Local. Revista El Mercado de Valores. Octubre 2000, p. 28.

[2] GERSCHENKRON, A  Economic Backwardness in Historical Perspective. Harward, Cambridge, Mass., 1962, pp. 8/9.


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