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Economia Industrial
Luiz Gonzaga de Sousa


 

CAPÍTULO I

 

A IMPORTÂNCIA LOCACIONAL

 

 

            A questão da regionalização é de fundamental importância quanto a uma estruturação industrial, ao considerar que num país e, em especial em país de extensão continental, onde existem regiões pobres, medianas e ricas, uma política de regionalização é muito importante no processo de industrialização do país. As regiões ao serem formalmente habitadas, isto é, o processo de vivência nestes locais dentro da nação, recebeu os novos trabalhadores e industriais, com a sua formação industrial, e com a sua qualificação de trabalho a desempenhar, como o caso dos alemães, dos italianos, dos holandeses, dos franceses e de alguns outros que vieram viver no país. Cada localidade dessa reservou para seus filhos adotivos, que buscavam outras plagas, as condições de trabalho que eram desempenhadas em suas terras de origem, daí cada região investigada conviveu com sua aptidão, de acordo com as condições laborais de cada trabalhador que chegava.

            As diferenças existentes entre as diversas regiões de um país, especificamente se ele tem dimensões continentais, necessita de uma investigação mais detalhada para uma dinamização de sua industrialização, pois diz SANÉN[1] que

o desenvolvimento regional mantém essencialmente suas características de concentração econômica e populacional nas regiões tradicionais que se conformaram desde os anos setenta, não obstante que se apresentam mudanças a nível intraregional, produto da abertura econômica e da orientação externa da economia estas mudanças não foram suficientemente importantes como para alterar os problemas estruturais do desenvolvimento regional e urbano. As mudanças foram essencialmente no dinamismo das economias regionais; a zona centro cresce muito lentamente, ainda que ao norte se desempenha como a região de crescimento econômico mais dinâmico e ao sul se desenvolve de maneira tradicional.

O processo de concentração por si só já proporciona condições de uma implementação industrial que faça diversificar as opções para que o consumidor possa usufruir as aptidões regionais e algumas vantagens concorrenciais.

            Inegavelmente a problemática da regionalização vista pelo lado da extensão industrial, para o caso brasileiro, observa-se em SOUSA[2] que,

o Nordeste precisa redefinir sua política de fomento industrial sob diretriz tal que procure produzir aquilo que interesse ás diferentes faixas regionais e de consumidores. É necessário diversificar os artigos finais produzidos, tanto em tipo quanto em padrão, a fim de que se possa reduzir a pesada carga de importação, quer do Sul quer do exterior, tanto de produtos destinados ás classes de renda mais altas como, sobretudo, de artigos destinados aos consumidores de menor poder aquisitivo.

Com isto se tem, uma noção da problemática industrial na região Nordeste e Norte do país, que deve redirecionar uma política econômica em termos de indústria, de acordo com as aptidões internas de cada região ou de cada estado.

            Ao levantar a questão da regionalização industrial, verifica-se o caso do Nordeste Brasileiro e o Sudeste do país, cada qual com o seu grau de desenvolvimento. Entretanto, todos cooperando para o crescimento nacional com produção, emprego de mão-de-obra e transferência de tecnologia para a economia global. Como se sabe, o nordeste é uma região pobre, com uma industrialização incipiente, com poucas altas e muitas baixas em seu processo evolutivo, enquanto o Sudoeste, como São Paulo, a industrialização é sempre crescente, com o ciclo normal da alimentação capitalista, que está sempre inovando e inventando para o seu crescimento. Por outro lado, existem as regiões que ainda não experimentaram o processo de industrialização em qualquer nível, apenas vivendo num clima de indústria totalmente arcaica e sem perspectivas.

            Ao se observar um país de extensão continental, devem se considerar alguns pontos importantes, quanto a um setor industrial que cresce e se desenvolve de maneira homogênea. Neste sentido, explanam os técnicos do BNB[3] que,

supondo-se os fatores locacionais como força de atração, a sua influência sobre a atividade industrial se exerce, na prática, de dois modos distintos: 1) no sentido de orientar as indústrias para aqueles planos geográficos em que variações nos custos de transportes ou nos custos de processo industrial sejam mais vantajosas para as empresas; 2) no sentido de aglomerar ou de dispersar a atividade industrial dentro do espaço geográfico.

Este ponto é fundamental para que as perdas sejam minimizadas dentro da distribuição industrial em regiões diferentes.

            Claramente, tem-se que um país muito grande, seja dividido em regiões que causam problemas quanto a uma melhor distribuição industrial, dadas as próprias condições locais de mão-de-obra, de matérias-primas e alguns outros fatores de produção envolvidos no processo. Assim sendo, os técnicos do ETENE[4] delineiam que o

(...) esclarecimento da ação empresarial envolveria, na prática e de um modo tanto ou quanto empírico, duas categorias de escolhas e decisões: 1) que tipos de indústrias podem ser instaladas ou expandidas, economicamente, numa região; 2) que regiões, em geral, ou que áreas, dentro de uma região, oferecem melhores condições locacionais.

É esse um dos grandes problemas que envolvem o processo de decisão que alguém tomaria para suprir os critérios de uma localização ótima nas diversas regiões.

            É neste clima que os governos que têm passado pela administração do país, têm se preocupado com as desigualdades que existem na industrialização geral, tal como a região Norte, Noroeste e Nordeste, que têm uma industrialização incipiente e, até mesmo, interiormente desigual. Nisto vem a concessão de isenções e subsídios que são colocados á disposição daqueles que desejam implantar suas indústrias nas localidades, onde a industrialização não chegou, e se chegou, caminha muito lenta. Programas têm surgido, mas não têm levado a contento os devidos objetivos que são propostos para uma dinamização da economia industrial nacional que caminha sem objetivos de, na verdade, buscar uma utilização dos recursos regionais e fomentar suas aptidões de produção.


 

[1] Normand Eduardo Asuad SANÉN. Transformaciones Económicas de la Ciudad de México e su Región en  los Inícios del Siglo XXI: Perspectivas y Políticas.  Revista El Mercado de Valores. Octubre 2000, p. 97.

[2] João Gonçalves de SOUSA. O Nordeste Brasileiro. Uma Experiência de Desenvolvimento Regional. Banco do Nordeste do Brasil, Fortaleza, 1979, p. 294.

[3] Banco do Nordeste do Brasil, Escritório Técnico de Estudos (ETENE), Manual de Localização Industrial: Tentativa de Adequação da Teoria á Realidade. APEC, Fortaleza, 1968, p. 10.

[4] Banco do Nordeste do Brasil, Escritório Técnico de Estudos (ETENE), Manual de Localização Industrial: Tentativa de Adequação da Teoria á Realidade. APEC, Fortaleza, 1968, p. 15.


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