¿Buscas otro libro?
Buscalo aquí:
Amazon Logo





 

 

Globalización, Inversiones Extranjeras y Desarrollo en América Latina

Mario Gómez Olivares y Cezar Guedes
 

 

Pulse aquí para acceder al índice general del libro.

Pulse aquí y tendrá el texto completo en formato DOC comprimido ZIP (217 páginas 943 Kb)

 a

     

3. O que não funciona no Consenso de Washington

INTRODUÇÃO

A maioria dos países latino-americanos tem hoje uma economia aberta, que é a receita para o crescimento econômico emanada da situação internacional gerada posteriormente a caída do bloco soviético. A economia da América Latina cresceu a partir dos anos 90 a taxas superiores a da média mundial, processo iniciado em meados dos anos oitenta , depois de uma mudança substancial em seu modelo econômico, caracterizado pela instalação de uma economia de mercado, implicando numa transformação social radical com a total privatização das atividades econômicas e uma maior inserção na economia mundial com recursos do capital estrangeiro.

A instalação dessa economia de mercado abarcou paulatinamente todas as atividades econômicas produtivas e serviços: a saúde, a educação, a seguridade social, as infra-estruturas, comunicações, passando uma parte substantiva da propriedade estatal a capitais privado nacionais ou estrangeiros.

Este processo, liderado politicamente pelos governos latino-americanos que surgiram em seguida ao período ditatorial que caracterizou a cena política dos anos 60 até meados dos anos 80, foi apoiado por todos os setores empresariais pela direita política e econômicas. Daí resultou um processo de modernização das forças produtivas, reorientando a atividade econômica ao desenvolvimento de condições que permitisse transformar o país exportador de bens primários e manufaturados em uma base tecnológica mais avançada.

O velho projeto industrializante desenvolvimentista foi abandonado, provocando por conseqüência e de maneira deliberada uma destruição de setores industriais construídos pelo estado ou apoiado por este nas décadas anteriores: a indústria siderúrgica, química, metal-mecânica, têxtil e calçadista.

Uma política desindustrializante, liderada pelo capital financeiro, reorientou o investimento a setores que construíssem a base das chamadas exportações não-tradicionais e ao mesmo tempo se abria a economia ao capital estrangeiro nos mercados de bens não transacionados no mercado externo. Novas explorações de riquezas tradicionais foram entregues em concessão ou a propriedade direta de capitais estrangeiros ou nacionais .

O setor financeiro sofreu alterações importantes: a privatização dos bancos e seguradoras nacionais, a abertura aos bancos internacionais, a utilização de novos recursos financeiros resultantes da privatização de setores da seguridade social e sobretudo com o recurso ao crédito internacional privado.

As famílias alteraram substancialmente a estrutura de seus gastos, passando os rendimentos disponíveis a integrar os gastos de saúde e educação, agora privatizados e uma parte importante de produtos de consumo importados, suscetíveis de variação com a política cambial e monetária. As empresas sobreviventes do choque monetário e financeiro ou das manobras de combate à hiperinflação foram obrigadas a repensar sua demanda em função do mercado mundial. A política de redução do estado, eliminou substancialmente suas funções sociais, tendo sido levada a cabo uma política orçamentária sob o lema ortodoxo da sound finance , praticando-se apenas uma política de subsidiariedade por sugestão dos conselheiros vindos do norte.

A distribuição do rendimento nacional apostou, sobretudo na derrama através do aumento do PIB, aumentando bruscamente as desigualdades entre os setores sociais do país. Diminuiu qualitativa e quantitativamente a parte do trabalho no rendimento nacional, seja pela queda do salário real, como pelo movimento cíclico de emprego-desemprego, excluindo uma parte importante da população ao acesso de bens públicos tradicionais, como saúde, educação e previdência social e deixando a tradicional classe média, suporte dos regimes democráticos tradicionais, em situação de empobrecimento e desequilíbrio.

Embora seja verdade que o novo modelo de desenvolvimento tenha trazido mudanças substanciais num projeto de modernização produtiva, renovando a agricultura, a pesca, a mineração e setores de serviços, também é verdade que as economias destes países são mais vulneráveis a flutuações e vaivens da economia mundial, da demanda externa, dos movimentos financeiros, da vontade do capital estrangeiro que se instalou nos setores tradicionais, novos serviços e nos setores financeiros, porém sua fraqueza é que sobretudo não consegue evitar a deterioração dos termos de troca, da balança comercial e de serviços, obrigando a uma política cambial ativa e sobretudo aumentando a dívida externa, o que origina tenções permanentes que se refletem na política cambial.


Volver al índice de Globalización, Inversiones Extranjeras y Desarrollo en América Latina

Volver a "Libros Gratis de Economía"

Volver a la "Enciclopedia y Biblioteca de Economía EMVI"


Google
 
Web eumed.net