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Globalización, Inversiones Extranjeras y Desarrollo en América Latina

Mario Gómez Olivares y Cezar Guedes
 

 

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2. O IDE no Brasil: Os anos noventa e a participação ibérica.

2.1 A economia brasileira e as transformações nos anos 90.

Historicamente, a modernidade e/ou a inovação na periferia veio pelo comércio internacional, através da importação de bens de consumo e bens de capital, sendo, portanto um movimento restrito, longe de estar assegurado endogenamente.(Guedes e Cardoso, 1999).

A formação e o desenvolvimento da indústria no Brasil ocorreu num momento histórico em que as economias dos países capitalistas hegemônicos já se havia configurado como uma realidade técnica e financeira bastante complexa em torno das atividades urbano-industriais. Aos países atrasados, ingressantes no processo de industrialização, cabia a difícil tarefa de superar barreiras de natureza tecnológica e econômico-financeira, já que as empresas nacionais existentes não cumpriam as exigências tecnológicas necessárias, nem o setor exportador e os bancos privados haviam criado um esquema de financiamento que desse suporte a grandes blocos de investimento em novos setores industriais.

Depois de 1930, especialmente após a década de cinqüenta, no período identificado como de industrialização por substituição de importações, o Estado no Brasil como em alguns outros países de capitalismo tardio, foi o elo central na construção dos esquemas de financiamento, na articulação dos grandes blocos de investimento e na instalação da infra-estrutura básica. Ao assumir o papel de principal agente na “montagem” do capitalismo, o Estado teve de mobilizar recursos internos e externos, incluindo a negociação com empresas estrangeiras, mapeando o espaço a ser ocupado entre estas e as nacionais (Guedes, 1998). Desta forma, apesar do Estado participar como acionista majoritário em segmentos importantes (energia, comunicações, mineração, aço, infra-estrutura e finanças de longo prazo), havia o espaço do capital privado nacional e das empresas transnacionais (ETs). Quando comparamos a importância relativa dos investimentos externos na indústria de transformação instalada no Brasil ao final dos anos setenta, 32 % da produção e 23 % do emprego pertencem a empresas transnacionais, conferindo ao Brasil uma posição de destaque entre as economias mais internacionalizadas do mundo. A predominância das ETs se deu nas áreas intensivas em tecnologia: mais da metade da sua produção na indústria brasileira está em material elétrico, de transporte, farmacêutica e química. (Gonçalves, 1991)

O processo de industrialização por substituição de importações esgotou-se ao final dos anos setenta e representa no Brasil um caso limite, pois teve um êxito com poucos paralelos no que diz respeito à montagem de uma matriz industrial integrada e diferenciada, no padrão da segunda revolução industrial. Mais que isso, ao longo deste período a industrialização formou um mercado nacional unificado e articulou as diferentes regiões (Guedes e Natal, 1998).

Com o choque dos juros e o segundo choque do petróleo em 1979, os anos oitenta anunciaram a crise cambial que se explicitou inicialmente a partir da moratória mexicana em 1982. Além disso, a globalização das finanças e a emergência de um novo paradigma tecnológico evidenciaram a forma desfavorável assumida pela inserção do Brasil na economia mundial. Na verdade tratava-se de algo mais profundo: o modelo de desenvolvimento havia se esgotado.

Depois de crescer até o fim dos anos setenta como poucas economias no mundo, o Brasil entra numa fase de desestabilização macroeconômica nos anos oitenta (dívida externa, contas pública e inflação). Apesar das dificuldades a economia brasileira se manteve entre as maiores do mundo (11º Produto Interno Bruto (PIB) em dólares correntes e 9º pela paridade do poder de compra). Para efeito de comparação, a tabela I apresenta os países de maior população no mundo com o respectivo PIB e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O salto no valor do PIB a dólares correntes para o PIB pela paridade do poder de compra na maior parte dos “países emergentes” ajuda a entender como é atrativo o preço dos ativos nas economias destes países. Além disso, no caso das privatizações, boa parte das operações foi feita com as empresas já saneadas e subavaliadas. Quer dizer, aquisição quase sempre implica em ganhos de capital ou valorização dos ativos.

Nos anos noventa, instaura-se um processo de liberação comercial, cambial e financeiro iniciado no governo Collor e consolidada no governo Fernando Henrique Cardoso. É aí que se aprofunda o processo de privatizações e o ingresso do investimento externo estrangeiro; um novo modelo de desenvolvimento tomava forma.


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