¿Buscas otro libro?
Buscalo aquí:
Amazon Logo





 

 

Globalización, Inversiones Extranjeras y Desarrollo en América Latina

Mario Gómez Olivares y Cezar Guedes
 

 

Pulse aquí para acceder al índice general del libro.

Pulse aquí y tendrá el texto completo en formato DOC comprimido ZIP (217 páginas 943 Kb)

 a

      4. Migrações européias de capitais: o regresso das caravelas ao Brasil

Cezar Guedes

Apresentação

Ao iniciar-se a última década do século passado, as relações econômicas luso e hispano-brasileiras pareciam ter atingido seu ponto mais baixo desde sempre. Os números de comercio, investimento e as migrações, tinham importância residual sem que nada indicasse uma recuperação.

Em março de 1991, com inspiração explicita na União Européia, é criado o Mercosul pelo Tratado de Assunção, firmado entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Chile (1996) e Bolívia (1997) assumiram o "status" de países associados. Este conjunto de países forma o subcontinente conhecido como Cone Sul.

Em 1992 com a participação do Canadá, Estados Unidos e México é constituído o North American Free Trade Area (NAFTA) e em 1994, durante a I Cúpula das Américas, realizada em Miami com a representação dos 34 países americanos (exceção apenas de Cuba), constitui-se a Área de Livre Comercio das Américas (ALCA). O objetivo era a criação de uma área de livre comercio do Alasca a Terra do Fogo.

Os primeiros anos da década passada chegavam mesmo a sugerir uma maior introspecção das economias do continente americano, inclusive com aprofundamento dos vínculos de comercio e investimento estadunidense no único espaço em que ainda não eram hegemônicos, o Cone Sul. Os Estados Unidos são o principal investidor na América Latina quando considerados isoladamente. Entretanto, tendo em conta questões históricas e as lógicas espaciais, no Cone Sul os vínculos com a União Européia são predominantes.

Na Europa, os anos oitenta marcam um salto nos entendimentos conducentes à União Européia e em 1986, o Ato Único Europeu decidiu que a comunidade formaria um verdadeiro mercado único, no qual as mercadorias, as pessoas e os capitais circulariam livremente. Nesse mesmo ano Portugal e Espanha ingressam na comunidade. A partir daí reafirma-se uma crescente integração nas economias ibéricas e destas com os fluxos de comercio e investimento no continente europeu.

Tudo indicava um aprofundamento das economias em seus “espaços naturais”, mas o movimento que se deu na economia brasileira e mundial ao longo dos anos noventa trouxe uma série de novidades, criando novos fenômenos em termos dos fluxos de capitais, tanto pelo volume envolvido quanto à sua origem e destinação, indicando novos perfis e estratégias nos movimentos de capitais.

No caso brasileiro o que merece destaque é um novo quadro criado pela estabilização monetária, a abertura comercial e financeira, as reformas institucionais e as privatizações. Houve também aceleração do processo de endividamento externo e interno. Simultaneamente, em meados dos anos noventa, as empresas portuguesas e espanholas (estas com antecedência), partem para um agressivo processo de internacionalização através do investimento direto estrangeiro (IDE) com uma lógica seletiva; ao contrário dos demais países da UE, a maior parte do IDE ibérico dirige-se à América Latina (caso espanhol) e para o Brasil (caso português). Ao considerarmos o fluxo de investimentos externo no período 1996/2001, observamos que os ibéricos são os principais investidores superando o conjunto do IDE dos demais países da União Européia e dos EUA. Um retorno das caravelas e dos galeões pelo ciberespaço, em grande parte acionado por elos mais profundos do passado e da língua comum.

O objetivo principal do artigo é analisar o salto destes investimentos a partir de meados dos anos noventa, sublinhando o caso dos investimentos portugueses dirigidos para o Brasil. Para tanto, além desta apresentação e dos comentários finais, o artigo está dividido em duas partes. Na primeira analisamos a estrutura e o tecido empresarial da economia portuguesa para entender sua inserção na Europa e na economia mundial, buscando explicar o descolamento de seu comercio e investimento externo. Na segunda parte, apresentamos o quadro mais geral do IDE no Brasil, destacando o caso português e procurando avançar no entendimento da sua especificidade. A partir de meados dos anos noventa, além de um crescimento acelerado, a maior parte do IDE passou a ser direcionado ao segmento dos serviços e para a comprar de ativos já existentes. Ambas as características representam novidades que devem ser entendidas à luz do novo modelo de desenvolvimento implantado no Brasil na década passada e sua articulação com a estratégia seletiva das empresas ibéricas que tem no Brasil seu principal destino.


Volver al índice de Globalización, Inversiones Extranjeras y Desarrollo en América Latina

Volver a "Libros Gratis de Economía"

Volver a la "Enciclopedia y Biblioteca de Economía EMVI"


Google
 
Web eumed.net