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Globalización,
Inversiones Extranjeras y Desarrollo en América Latina
Mario Gómez Olivares y Cezar Guedes
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2. Investimento das Grandes Empresas Ibéricas na América Latina
Mario Gómez Olivares
Cezar Guedes
Introdução
A partir dos anos oitenta a economia mundial passa por um processo de transformações marcado pela desregulação financeira e pelas privatizações. Desde então, o aprofundamento da globalização ou da mundialização pode ser verificado em suas dimensões comerciais, financeiras e produtivas. Esse processo confunde-se com a expansão das empresas transnacionais e multinacionais, adquirindo um concentrado peso financeiro que aumenta a liquidez internacional e a procura de lucros de curto prazo (Scherer, 1998).
O surgimento de mercados emergentes num clima de liberação dos mercados internos, está articulado com uma procura de adaptação ao novo engenho de desenvolvimento de viés neo-liberal, que permite canalizar meios financeiros adicionais ao crescimento dos novos mercados abertos ao investimento estrangeiro e a uma nova inserção internacional (Olivares, 2001).
Nos anos noventa, particularmente depois de 1995, o investimento de empresas portuguesas no Brasil ganha destaque, tendo a partir de 1996 ultrapassado a Espanha como o principal destino do investimento directo português no estrangeiro. Desde então as empresa portuguesas ocupam uma posição cimeira no ranking dos investimentos externos no Brasil.
Nesse artigo sustentamos que, ao contrário de uma lógica própria, esta tendência dos investimento externo de empresas portuguesas se inscreve numa lógica ibérica seguindo uma estratégia iniciada pelas grandes empresas espanholas nos anos oitenta em relação à América Latina, particularmente no Cone Sul, subcontinente que abrange Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai. Nessa perspectiva, o que confere singularidade a essa lógica ibérica empresarial possui três aspectos predominantes que serão explorados neste artigo.
A primeira característica reside no facto de que, ao contrário dos demais países que fazem parte da Tríade, os grupos económicos portugueses dirigem a maior parte de seus investimentos para fora dos países componentes da Tríade ou, numa visão mais alargada, dos países que compõem a OCDE.
A segunda característica diz respeito ao perfil dos investimentos, situados predominantemente na área dos serviços ligados ao mercado interno, sendo portanto em segmentos não transaccionáveis.
Por fim, a terceira característica dos investimentos das grandes empresas ibéricas é que eles estão destinados a países de expressão e cultura ibéricas, o que implica em sinergias nada desprezíveis como a língua, que reduz os custos de transacção dos operadores e outros elos menos visíveis mas também importantes, como a empatia.
Além desta apresentação e dos comentários finais, o artigo está estruturado em duas secções: na primeira analisamos a situação de Portugal no quadro mais geral da economia europeia e mundial e na segunda abordamos o investimento estrangeiro directo na América Latina, destacando o caso das grandes empresas ibéricas e sua lógica de expansão.
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