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Globalización, Inversiones Extranjeras y Desarrollo en América Latina

Mario Gómez Olivares y Cezar Guedes
 

 

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Conclusões

1. Uma das características dos investimentos directos estrangeiros na década de 1990 na América Latina é o facto de se dirigiram sobretudo à compra de activos existentes e não redundaram num aumento da capacidade instalada dos mercados nacionais. Procurou-se, em primeiro lugar, a compra de empresas públicas e depois a aquisição de grandes empresas privadas nacionais. Em particular, em certos sectores aumentou a capacidade instalada, como no caso da industria automóvel e extractiva assim como alguns serviços públicos. Da mesma forma, modernizaram-se os serviços financeiros, mas o seu impacto é muito menor que o financiamento de novas instalações.

2. A mudança de paradigma de desenvolvimento económico que se processa em América Latina, a qual coloca acento na criação de mercados competitivos, abertos ao exterior e na base da propriedade privada, tem permitido oportunidades tanto para os investimentos ibéricos, como para o investimento directo em geral, num processo único e não repetível de privatizações - investimentos. Consequência dessa mudança são as privatizações em todos os sectores económicos, empresa a empresa, incluindo a abertura ao investimento directo e financeiro, procurando a modernização económica e um maior crescimento económico. Embora a sustentabilidade dos investimentos resulte das possibilidades de financiamento num sistema mais móvel internacionalmente, ele é dirigido à compra de activos com vistas à modernização de empresas e alargamento no contexto nacional da lógica de acumulação do mercado externo. Podemos ver esta abordagem no caso de sectores chaves de países latino-americanos, que permite às grandes empresas espanholas colocarem-se rapidamente no contexto latino-americano do mercado energético, telecomunicações, financeiro, servindo como plataforma para mercados mais vastos como o brasileiro, que aparece com mais atraso na abertura ao capital estrangeiro.

3. A fragilidade competitiva da indústria portuguesa tradicional, têxtil e calçado, por exemplo, impede a sua exportação para América Latina. Os novos sectores de exportação mais dinâmicos, como automóvel e componentes electrónicos, estão inseridos numa óptica de comércio intraindustrial e obedecem a um padrão de comércio multinacional, podendo, contudo, dar lugar a nichos de mercado de exportação, como é o caso dos moldes e dos componentes da indústria automóvel. É preciso levar isto em consideração quando se relaciona o comércio externo, com a lógica de investimento e quando comparamos com o padrão de inserção e de investimento das empresas líderes na Europa. A lógica do investimento português, e de certo modo também do espanhol, é o do aproveitar as potencialidades de um mercado crescente na América Latina em sectores desnacionalizados e privatizados numa estratégia de controlo do mercado interno baseado em bens não transaccionáveis. Nesse sentido, os investimentos portugueses no exterior, assim como os espanhóis, estão ligados a produtos destinados ao mercado interno de procura estável e crescente, ligados sobretudo a serviços ou a áreas como a produção de energia, infra-estruturas urbanas, comunicações e comércio. Algumas vezes, os portugueses encontram-se em aliança com os espanhóis, partilhando mercados, numa óptica de Tordesillas. As necessidades sentidas por parte dos países da América Latina são de maior crescimento de capital e de formação bruta de capital mais acelerados, na procura de um motor de crescimento económico mais acelerado, aproximando-se do interesse das grandes companhias ibéricas que se expandem à procura de mercados de cultura similar, menor risco e maiores lucros.


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