CARLOS GOMES
RELAÇÕES DE PRODUÇÃO
Denominam-se relações de produção o conjunto das relações que grupos ou classes estabelecem entre si no decorrer do processo produtivo e que se concretizam através da actividade económica. A intervenção do homem na produção não é isolada, antes, reveste um carácter social
As relações de produção transformam-se com a alteração e desenvolvimento das forças produtivas a que estão organicamente ligadas e, por sua vez, agem sobre o desenvolvimento dessas mesmas forças. Constituem-se de acordo com a forma assumida pelos diferentes modos de produção, assentam no tipo dominante da propriedade dos meios de produção, na cooperação entre os membros da sociedade e na divisão do trabalho entre eles. Ao produzir os bens necessários à vida, os homens criam determinadas relações espontâneas, independentes da sua vontade e consciência, que correspondem às etapas de desenvolvimento das forças produtivas.
Na sociedade comunitária, os homens obtêm em conjunto os meios de existência necessários, constituindo uma colectividade de trabalho fechada. À medida que se desenvolvem novos instrumentos de trabalho, surge a divisão do trabalho e, com ela, o intercâmbio entre os diversos ramos e unidades de produção.
Numa determinada fase do desenvolvimento das forças produtivas e da produção mercantil, os meios de produção e de distribuição ficam concentrados nas mãos de alguns membros da sociedade. A partir de então o processo de produção só se concretiza quando os proprietários desses meios e os produtores estabelecem entre si determinadas relações.
A mecanização e a automatização
múltiplas, tendem a concentrar num todo complexos económicos que abarcam
amplos espaços globais, provocando profundas alterações nas relações
económicas.
Um dos objectivos do socialismo é transformar os meios de produção em
propriedade colectiva, motivando nova alteração nas relações de produção.