CARLOS GOMES
MATÉRIAS-PRIMAS
As matérias-primas, já utilizadas na economia recolectora, mantiveram-se sem grande alteração. Com a evolução da agricultura foi necessário obter maior quantidade dessas matérias-primas e melhorar a sua qualidade. As aplicações da pedra, da madeira, da pele dos animais, dos ossos ou dos chifres diversificaram-se permitindo a manufactura de novos utensílios de uso doméstico e de instrumentos de trabalho necessários ao amanho das terras ou produção de artefactos. O grande avanço da olaria e o aparecimento generalizado da cerâmica teve como consequência a extracção de argila em grandes quantidades.
As plantas e os animais, ao serem domesticados e criados, transformam-se
de objectos naturais em matérias-primas, com a germinação provocada e a
reprodução vegetativa. Por sua vez, as novas matérias de origem animal ou
vegetal dão lugar a produtos derivados, tais como: as sementes, os
tubérculos, as estacas, os grão de trigo ou de milho, os ovos, o leite,
etc.
Com a domesticação dos animais começaram a ser utilizados o pêlo da ovelha
e da cabra. A lã substituiu o couro, que perdeu a sua importância no
fabrico de vestuário. A cultura do linho motivou o aparecimento duma nova
matéria-prima a utilizar na produção de vestuário.
No fabrico de objectos decorativos ou mágicos foi preferido o âmbar,
resina fossilizada, transparente, que deve a sua importância às suas
propriedades electromagnéticas, conhecidas mas, como é evidente, não
compreendidas.