Este texto forma parte del libro
Memorias de Economia
de Luis Gonzaga da Sousa
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UM BREVE RETROSPECTO

 

 

 

Depois deste levantamento e discussão que foram executados com muita paciência e vontade de levar ao leitor alguns conhecimentos importantes para uma compreensão da sociedade, que vive dentro de uma situação de desigualdade, desajuste e sem rumo, precisa-se extrair alguns pontos fundamentais neste complexo de aprendizado e percepção. Os artigos que compõe esta coletânea são um trabalho simples para que todos tenham condições de perceber a sua participação nesta história que o mundo vive e precisa ser interpretada à luz da convivência de uns com os outros, bem como compreendendo também o passado para explicar o futuro. Os seres humanos têm a mania de querer condenar a tudo e a todos, sem procurar entender o que está por traz de tudo isto que acontece no dia-a-dia dos que estão trabalhando neste processo; pois, todos participam da evolução ou involução da humanidade em que está envolvido, e não compreende o porque de sua ligação neste contexto.

Nestes estudos foram levantados alguns pontos que devem ser considerados na compreensão da sociedade moderna, assim como em termos de expectativas de uma melhora no relacionamento quanto à economia e aos movimentos políticos que estão em constante fluxo de debate e mais debate no que respeita ao problema das desigualdades sociais. São temas discutidos pelos diversos ângulos de enxergar a sociedade quer seja pela ótica política, quer quanto o ponto de vista sociológico, contudo essas maneiras de ver, levam a que as soluções tenham uma convergência que procure minorar a situação daqueles que precisam de urgência em suas questões. Com isto, aprendeu-se muito com as dificuldades sociais que pairam na nação com a discussão sobre o Estado, a pobreza, o problema populacional, e muitos outros problemas que degradam a sociedade, e pode se ver nestes ensaios as tristezas que envolvem o país que vive de maneira desregrada.

Assim, extraíram-se também algumas conclusões importantes quanto as crises nacionais depois do governo militar e os programas que vêm surgindo e até o momento sem eficácia, devido as implicações não estarem de acordo com um programa que precisa de política e calma para se ter a possibilidade de que dê certo, como está acontecendo com o Plano Fernando Henrique Cardoso. O estudo destes planos ensinou bastante a estrutura da economia brasileira, o porque dos planos não terem dado certo, e como convivem os economistas e o governo, bem como a população quanto ao desenrolar de um plano qualquer que tenta ajustar a situação econômica do país. As crises foram acumulativas e com as falhas dos planos, essa taxa cresceu muito mais rapidamente causando os desajustamentos que esses planos teriam a missão de eliminá-los para uma estabilidade, e conseguir-se o bem-estar esperado por uma população massacrada pelos desníveis da economia que caminha sem rumo.

Os desajustes econômicos que a economia brindava, trouxe alguns pacotes que o governo implementou para aumentar ainda mais, a depauperização da classe média que sumia da estratificação social, cuja vivência dava suporte a um semi-equilíbrio ao sistema econômico, por não ser rico convicto e nem tão pouco pobre por excelência. Frente a isto, surgiram as falências das micro-empresas e isto só não foi total porque o governo as anistiou, dando uma folga para suportarem os desgastes de um empréstimo compulsório para financiar os gastos governamentais, agravando muito mais a situação econômica do país em termos de suas contas sociais. Ao ratificar esta conjuntura, esta coletânea investigou todos estes fatos e tentou mostrar a sociedade, a posição real existente na economia e algumas soluções imprescindíveis para explicarem o melhor caminho que a sociedade brasileira deveria seguir para conseguir a estabilidade que seu povo tanto esperava.

Com este trabalho, pode-se conhecer a situação dos integrantes na sociedade atual e, especialmente, aquele que vive de seu emprego doméstico que é um emprego normal como qualquer um outro, mas é sempre explorado pelos excessos de trabalho e baixo pagamento efetivado, sem direito a férias, a décimo terceiro e aos benefícios da previdência social. Com isto, puderam se fazer algumas comparações sobre a realidade do mercado de trabalho com algumas teorias que já foram trabalhadas por cientistas famosos que investigaram estes assuntos e chegaram a algumas conclusões de fundamental importância para a sociedade dos tempos modernos. Além disto, tem-se uma visão mesmo que superficial da pobreza que envolve a nação e, em especial, o Nordeste brasileiro com a pobreza no campo e os bolsões de miséria que acompanham as favelas de ponta a ponta do país, como nos grandes centros, isto é, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Recife e muitos outros estados.

Alguns estudos sobre movimentação comunitária foram levantados para se verificar a aceitabilidade ou não dos planos do governo e até que ponto a sociedade estaria mobilizada para aceitar estas programações que tinham o objetivo de estabilidade econômica; e, constatou-se que as esperanças da população estavam cada vez mais se esvaziando. Neste sentido, tiveram-se as crises penetrando na estrutura populacional, no complexo religioso, além da crise dentro da economia, causando um distúrbio muito grande em todas as estratificações sociais, mexendo com a conscientização de um povo pacato que vive em busca de seu bem-estar econômico e social. Abordou-se também, a questão do desemprego existente na atualidade, como reflexo da crise que ataca bem de perto os jovens que vivem na ânsia de ter a sua atividade, que também afeta o mercado de trabalho dos negros que têm uma história de muito sacrifício e poucos ganhos no processo evolutivo.

Entrementes, as crises econômicas atingiram também a ecologia aqui retratada pela situação em que a industrialização adentrou na fauna e na flora, trazendo distúrbios nunca vistos no ecossistema nacional, com as derrubadas das matas, as matanças dos animais e as poluições que transcorrem todos os dias. Esta coletânea dá a oportunidade de conhecer as dificuldades que a ecologia passa, quando alerta para uma conscientização das dificuldades do planeta, onde quem mais sofre com isto tudo é a estrutura da composição florestal que envolve o mundo. É importante colocar que a poluição dos rios e lagos, e até mesmo do ar, com os detritos que são levados à atmosfera fazem com que as condições da terra e do ar mudem abruptamente dando lugar a uma acumulação de problemas difíceis de solução, cujas autoridades governamentais não têm o mínimo de interesse em resolvê-los.

Os artigos que tiveram a preocupação de mostrar a situação do Nordeste juntamente com a participação do Estado, dão uma idéia importante sobre os problemas dessa região no contexto brasileiro, o porque de todos eles, e as dificuldades que essa região atravessa ao longo da história, bem como das cidades do interior que precisam de maiores atenções por parte das autoridades governamentais. Esses trabalhos mostraram que a preocupação com a região não é nova e tudo tem sido feito para que esses problemas  nordestinos fossem cada vez menores, porque dizem alguns cientistas que a pobreza no campo não decorre da falta d'água, consequentemente de falta de produção e de recursos. Sem dúvida, que os recursos que foram alocados na região nordestina foram desviados, não diria somente por corrupção e desmando; sobretudo talvez, para quaisquer outros tipos de obras que não fossem necessários; no momento, para suprirem alguns compromissos pessoais de algum apaniguado político que ajudou a eleger em campanha eleitoral.

Também Pode se ver a situação populacional da nação com os seus progressos e crises; no entanto, isto tem influência muito grande na situação econômica do país, alastrando a miséria e proliferando a pobreza na cidade desde as mais pobres às mais ricas, tipo São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e muitas outras importantes no país. Os bolsões de miséria são decorrentes do aumento populacional que tem acontecido nos últimos tempos, onde a população é controlada, não por ordem judicial, ou constitucional; mas, pelas próprias condições das famílias constituídas, que buscam não proliferar a população com ante-conceptivos. Viu-se que isto não fez eliminar as dificuldades que as nações subdesenvolvidas passam, porque a pobreza continua, e até mesmo se elastecendo, como se acompanha pelos noticiários, com as ruas invadidas pelos mendigos, pobreza na juventude pedinte, e porque não dizer na delinqüência do dia-a-dia.

Porém, quando do levantamento dos dados históricos ou não, pode-se investigar a situação evolutiva do agave no Brasil, no Nordeste e na Paraíba, assim como a problemática da seca que atormenta a todos que sentem a falta d'água, não somente para o cotidiano doméstico, mas para a agricultura e indústria. A história relata fatos importantes para a compreensão sobre a utilização do agave e até mesmo a sua perda de valor frente à utilização do sintético, causando problemas para aquelas regiões que viviam da cultura deste produto campesino. Da mesma forma, pode-se aprender muito com a relação existente entre a movimentação do comércio frente aos Planos que os governos implementaram ao sair do regime militar, que prometia tudo; e, em verdade, não aconteceu nada de importante para uma mudança nacional, a não ser crises e mais crises.

Outra questão que foi abordada aqui é quanto à educação e desigualdade de renda na estrutura econômica brasileira, tanto do ponto de vista dos participantes dos ocupados, quanto aqueles que estão fazendo parte da população economicamente ativa, cuja concentração de renda é muito forte com aplicação em supérfluos e não na economia propriamente dita. Assim sendo, pode-se constatar o grande diferencial que existe nas diversas classes sociais do país. Num aumentar crescente do nível de pobreza da nação, especificamente do setor rural, que não tem oportunidade de usufruir do processo educacional do país. Pois, como corolário, verifica-se que o diferencial em termos de rendimento monetário entre os que vivem no campo, e os que residem na cidade é muito grande, e sem perspectivas de uma reversão, visto que não existe um programa que favoreça o camponês degredado da sociedade.

Com isto, a fuga do homem do campo para a cidade é muito grande e persistente, aumentando cada vez mais o número dos desempregados como reflexo da falta de condições de sobrevivência no meio rural; e a saída é ir para a cidade mais próxima, ou até mesmo grandes centros para melhorar a sua vida. Por mais que os governos tenham se preocupado com o nível de desemprego no país como um todo, tem relegado o homem do campo, cujo modo de vida não consegue manter a sua prole com educação e saúde para tocar os trabalhos no campo, que é a sua atividade mais imediata, e que sabe fazer com eficiência. Inegavelmente, uma orientação quanto às atividades do homem do campo, em termos de utilização da terra, com eficiência, e numa produção em escala de comercialização compatível com a demanda insatisfeita, poder-se-á eliminar o desemprego, e tornar o país auto suficiente em termos de produção.

A problemática da localização industrial no país indicou na análise que foi implementada uma falta de política que oriente a uma melhor utilização das economias de escala, e absorção de economias de externas no próprio sistema em que estão envolvidos os parques industriais, os clusters, ou outros conglomerados industriais. Um estudo de localização é de fundamental importância para uma viabilização de uma economia industrial eficiente, visto que os custos sociais podem se tornar maiores do que os benefícios que podem advir de uma localização industrial mau feita. As preocupações no país quanto aos malefícios que podem surgir de uma localização inadequada não tem chegado ao seu objetivo; pois, a questão social da localização de indústrias é muito importante; por que os gastos monetários que os governos depreendem são maiores do que os benefícios que possam aparecer deste processo.

Mais uma questão que se tem observado quanto a situação econômica do país, é que o surgimento dos oligopólios da comercialização de mercadorias industriais e agrícolas tem coibido a participação de um mercado livre, e eliminado de forma clara a atuação das feiras livres nas cidades brasileiras. As feiras livres são onde realmente atuam as forças de mercado, com a participação de todos no processo de compra e venda de produtos, cuja barganha, conseguem-se preços condizentes com as condições de todos que estão no mercado efetuando a sua atividade de compra e venda. Verificou-se que, quem mais perde com tudo isto são os agricultores, essencialmente os pequenos que não têm poder de barganha no mercado; pois, os que produzem em grande escala e com produtos de qualidade, é que levam vantagem no processo de competição, entre os próprios grandes agricultores, ou comerciantes de produtos de primeira necessidade. 

Com este trabalho, vê-se a questão da ecologia que foi um grande evento em 1992, tentando buscar uma solução para os problemas das derrubadas das matas, da poluição dos rios e mares, da poluição do ar e da própria localização industrial que traz problemas sérios para as famílias que residem ao seu derredor. O mundo todo acompanhou os trabalhos sobre a ecologia, não como uma tomada de posição, que isto não aconteceu; mas, um processo de conscientização que teve importância fundamental para aqueles que destroem a natureza a troco de nada e não sentem a necessidade de preservação de tudo aquilo que dá vida a todos. Portando, a problemática da ecologia deve sempre estar sendo discutida para que se consolide na consciência de todos que a humanidade depende deste ecossistema que está sendo maltratado em detrimento não somente da fauna e da flora, da mesma forma, com a situação do homem que nela habita e precisa dela para viver e sobreviver.

Em resumo, este trabalho inclui artigos que mostram a realidade do dia-a-dia da sociedade, caracterizando tal como existe e dando abordagem crítica para que as pessoas possam ser tocadas pela crueza dos acontecimentos e a frieza de uma visão que pressione uma perspectiva que proporcione uma visão mais correta a este problema. Geralmente, conhece-se o modus vivendi das pessoas; todavia, não se tenta fazer nada para que se possa melhorar tal situação, conscientizando a todos e atribuindo responsabilidades a quem tem o poder de por em prática os anseios da sociedade. Portanto, essa é uma contribuição tímida sobre a realidade da economia, da política, da sociedade, e porque não dizer da religião em que todos estão submetidos e que precisa modificar toda esta conjuntura em busca do bem-estar de todos os seres humanos do país.